Serviço Social
Artigo: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: layzahhh • 26/3/2014 • 2.008 Palavras (9 Páginas) • 294 Visualizações
atividade interdisciplinar
Memorial do Processo de institucionalização do Serviço Social
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Trabalho Profissional II , Gestão Social ,Serviço Social e terceiro setor e Comunca;’ao a pr[atica do assistente social.
Professores: Selma Frossard , Maria “angela , Rosani Malvezzi , Rodrigo Eduado.
Itabuna
2012
1. Introdução
A expressão Serviço Social foi usada pela primeira vez em 1904 nos Estados Unidos. Os agentes sociais, executores da prática da assistência social, profissionalizaram-se com ênfase na prestação de serviços, denominado SERVIÇO SOCIAL .
Na Europa e Estados Unidos o surgimento do Serviço Social esteve atrelado ao contexto da Revolução Industrial, surgimento e ascensão do capitalismo industrial, entre os séculos XVIII e XIX. Diante das seqüelas sociais impostas por este sistema aos trabalhadores , surgem as práticas assistenciais que serviram como mecanismos de consolidação da hegemonia capitalista .
No Brasil, a profissão de Serviço Social foi regulamentada no ano de 1957, suas primeiras escolas surgiram a partir de 1936 no contexto da industrialização e da exploração de operários, ligada a igreja, de caráter beneficente e caritativo.
No período da ditadura militar, décadas de 70 e 80, os assistentes sociais serviam apenas como executor das políticas sociais. Influenciado pelas idéias de Marx e pelo movimento de reconceituação , o Serviço Social assume uma concepção mudancista, repensa o seu papel na sociedade brasileira, conferindo a esta profissão caráter crítico, político e classista.
Nas décadas 80 e 90, avanços significativos aconteceram, entre estes a promulgação da Constituição Federal de 1988 , e no âmbito do Serviço Social, a elaboração do projeto profissional, destacando o Código de Ética Profissional em 1993, e a Lei de Regulamentação da Profissão .
No contexto atual, o Serviço Social configura-se como uma profissão interventiva, cujo objeto de intervenção são as expressões multifacetadas da questão social que busca diminuir as disparidades sociais , atuando também na gestão e proposição de políticas públicas,
Assim, numa perspectiva histórica, dialética e crítica, este trabalho se propõe a refletir sobre a origem da profissão, os avanços, as demandas atuais e contribuições para o desenvolvimento da profissão.
2. Dimensão histórica do Serviço Social , avanços , contemporaneidade e desafios.
O Serviço Social é uma profissão histórica e decorre das questões capitalistas. Tem seu início atrelado a Revolução Industrial que começou na Inglaterra, século XVIII, alterando as condições de trabalho, trazendo à tona a questão social, expressa no empobrecimento do trabalhador. Neste contexto da Revolução Industrial, o sistema capitalista surgiu como um grande divisor da história das sociedades e das relações entre os homens trazendo consigo uma revolução econômica e social sem precedentes. No capitalismo, o trabalhador passou a vender sua força de trabalho, o seu espaço de trabalho eram as fábricas e uma jornada exploratória e abusiva era determinada pelos patrões, além da submissão destes trabalhadores a tarefas mecanicistas e repetitivas, provocando danos físicos e emocionais, insatisfações e estresses.
As seqüelas do capitalismo eram latentes, os trabalhadores viviam em condições de miséria, insatisfeitos e descontentes organizaram manifestações e lutas por melhores condições de trabalho e de vida , sendo necessário aos burgueses efetuar um controle social capaz de conter essas insatisfações, bem como o aumento acelerado da pobreza. Neste sentido recorre a práticas assistencialistas. Estas práticas sociais e estratégias operacionais serviam a manutenção do projeto hegemônico de domínio de classe imposto pela burguesia. Surgem os primeiros assistentes sociais, enquanto agentes sóciais executores da pratica de assistência social ligados a segmentos religiosos, mais tarde, profissionalizaram-se com ênfase na prestação de serviços, com a denominação de Serviço Social ( MARTINELLI, 1991), sendo esta expressão utilizada pela primeira vez em 1904, nos Estados Unidos. Os burgueses bebiam das idéias de duas escolas: Humanitária e Filantrópica, para o enfrentamento dos problemas, que apesar de possuírem vertentes diferentes , ambas serviram a manutenção da ordem burguesa, controle social e disciplinamento dos trabalhadores.
Dar à prática da assistência social o título de trabalho social mostrava-se útil a burguesia, pois a ajudava a ratificar a idéia, na classe trabalhadora, de que era uma prática criada para atender ao trabalhador e a sua família e de que o agente profissional também era um trabalhador.MARTINELLI,1991,p.109)
No início do século XX o Serviço Social amplia-se a países da Europa e Estados Unidos, tendo a “face do poder, da desigualdade e da exploração capitalista, e não a face do trabalhador. ( MARTINELLI , 1991,P.91) . Vale salientar o protagonismo de Mary Richmond , a qual preocupou-se com a sistematização do conhecimento da Assistência Social , propondo a criação de uma escola com ensino específico , a Escola de Filantropia Aplicada , um marco para a sistematização do Ensino do Serviço Social e seu processo de institucionalização .
Destarte, no Brasil, início do século XIX, paralelo aos acontecimentos da Primeira Guerra Mundial, o processo de industrialização acelerava a expansão das atividades industriais, os trabalhadores da área rural foram atraídos pelos grandes centros, o capitalismo imprimia suas mazelas aumentando a miséria e a pobreza .
A expansão das atividades industriais em grandes centros atrai trabalhadores das áreas rurais que vêem na cidade a possibilidade de rendimentos maiores e melhores recursos nas áreas de educação e saúde ,(ALMANAQUE ABRIL 2001)
Neste contexto, o Serviço Social têm sua base nas obras e instituições que surgiram com o primeiro pós –guerra em um contexto de grandes movimentos operários na luta por melhores condições de vida. Em São Paulo, surge das instituições assistenciais católicas, no Rio de Janeiro, com forte participação do Estado, pela necessidade de um estado regulador das relações sociais , e em razão do antagonismo gerados entre capital e trabalho . A profissão vinculava-se ao aparelho estatal
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