Serviço Social
Casos: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LUCYGAUCHA • 26/4/2014 • 3.013 Palavras (13 Páginas) • 394 Visualizações
O ASSISTENTE SOCIAL COMO PROFISSIONAL DE PARTICIPAÇÃO:
O Serviço Social vem se modificando e evoluindo junto com o homem. Ao longo dos anos, e desde seu surgimento é uma profissão caracterizada por atenuar as problemáticas da vida social e vem se reconstruindo nas últimas quatro décadas para atuar interventivamente de forma a enfrentar as múltiplas faces da questão social, buscando reduzir as disparidades sociais, transformado em objeto de trabalho do assistente social.
Esta profissão exige de seus profissionais formação técnica, ética e política, orientando-se por uma Lei de Regulamentação Profissional e um Código de ética. Todo esse conhecimento e formação acadêmica proporciona ao estudante a construção teórica da profissão que são fundamentais à formação de sua personalidade profissional onde os critérios teóricos-metodológicos inerentes à profissão estão intrinsicamente correlacionados, assim como em outras profissões, suas questões teórico-práticas que contemplam as dimensões ideológicas e políticas da formação profissional, que devem ser fundamentadas nas questões éticas.
O assistente social é o agente formulador das estratégias necessárias para a elaboração, execução, planejamento e avaliação de políticas públicas, bem como a assessoria a movimentos sociais e populares, dentre outros. Desse modo, percebemos a assistência social como um conjunto de ações que visam a atender as mais variadas demandas sociais, desmificando-se e se afastando da concepção de assistencialismo, caridade ou benevolência, que outrora era carregado, transportando-se para a categoria de Direitos como juramentou a Constituição 1988 que a amparou sob o tripé da Seguridade Social.
Com o passar dos anos o assistente social tem se destacado como o profissional mais qualificado para elaborar e executar políticas de bem-estar social, cabendo ao mesmo promover uma melhor inserção socioeconômica de indivíduos, famílias e grupos nas sociedades em que vivem, buscando nos próprios participantes a solução ou a minimização dos problemas sociais que os afetam. O conhecimento deste profissional está baseado nas técnicas adquiridas ao longo do seu processo de formação, fazendo com que os indivíduos contemplados tornem-se mais independentes, seguros e conscientes das suas próprias capacidades e atitudes, ao contrário dos profissionais pioneiros que,
"Não tinha a criticidade necessária para avaliar as situações e adequar o Serviço Social a estas. A criticidade apareceu aos poucos, não pela avaliação formal das situações em si, mas pela constatação de que os esforços não respondiam aos resultados desejados. Não houve nunca, senão em experiência limitada, um estudo científico avaliador do Serviço Social." (VIEIRA, 1977, p. 156).
Com o decorrer dos anos a prática de assistência social se espalhou por todo o mundo, sendo hoje muito importante para a sociedade como um todo, sendo assim, espera-se uma postura ética do assistente social e tal perspectiva reforça a preocupação com a qualidade dos serviços prestados, bem como o respeito aos usuários, investindo na melhoria dos programas institucionais na rede de abrangência dos serviços públicos, reagindo contra a imposição de impedimentos, como o de seletividade no acesso aos atendimentos. Volta-se para a formulação de propostas, ou contrapropostas, de políticas institucionais criativas e viáveis, que alarguem os horizontes indicados, zelando pela eficácia dos serviços prestados. Enfim, requer uma nova natureza do trabalho profissional, que não recusa as tarefas socialmente atribuídas a este profissional, mas lhes atribui um tratamento teórico-metodológico e ético-político diferenciado.
Se o assistente social trabalha em determinadas condições precárias, sem recursos e/ou apoio, tais contextos revelam a importância do comportamento ético no exercício da profissão para a definição de suas possibilidades de atuação e das estratégias para enfrentamento das forças sociais em confronto, para tanto, a competência teórica é iniludível. Partindo do pressuposto que o homem é um ser social que valora e que a ética social permeia a ética profissional. Esta reflexão é fundamental, porque representa uma tomada de decisão em relação à realidade, uma revisão da realidade na sua totalidade, apontando para alternativas que levem a uma sociedade humana, ao exercício da plena liberdade e ao desaparecimento de formas de alienação e opressão.
Sendo o objetivo desta profissão uma efetiva luta contra as desigualdades sociais, as degradações das condições de vida e das diversas e múltiplas faces da violência em nossa sociedade, exige-se uma atuação crítica e competência teórica dos assistentes sociais de modo que possam desmistificar o cotidiano e suas relações pautadas pela sociedade capitalista, buscando construir estratégias que superem os limites impostos à cidadania, tendo como objetivos a justiça social e a democracia para a melhoria de vida de toda a sociedade, sendo este o objetivo principal dessa tão digna e honrosa profissão.
O assistente social ao estudar, pesquisar e conhecer o mundo e a questão social, a miséria, o desemprego, o avanço da globalização e o crescimento do capitalismo, e etc., quando se depara com a realidade social na prática profissional no seu campo de atuação vê-se frequentemente frustado com o desmando e falta de iniciativa governamental quando o mesmo atua para o Estado, quando percebe a não efetivação das políticas públicas e dos direitos, se vê muitas das vezes impossiblitado sem ver seus esforços e suas lutas sendo constituídas e trazidas para a realidade social, e não ficarem só nas teorias e discursos, já que o mesmo trabalha atuando na realidade social, tentado enfrentá-la, transformá-la e mudá-la.
Pessoas derrotadas pela fome e miséria e muitas vezes distanciadas de seus direitos e marginalizadas por não terem nascido em classes sociais superiores e abastadas tornam-se o público alvo dessa que é a luta do assistente social, uma luta constante para o enfrentamento da pobreza e da exclusão social, onde o profissional deve andar de mãos dadas com os demais colegas de profissão para alcançarem cada vez mais espaço nesse mercado capitalista na busca por direitos sociais, políticos e individuais inerentes a cada ser humano.
A Lei 8.662, de 07 de junho de 1993, sobre a profissão de assistente social em seus 24 artigos, trata das questões que direcionam a atuação do profissional. Com base nisso, torna-se necessário uma postura ética, crítica e interventiva para que se conheça as diretrizes e bases que regem a profissão, para que possa atender aos usuários da melhor forma possível, prestando-lhe
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