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Serviço Social

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Por:   •  20/5/2014  •  1.836 Palavras (8 Páginas)  •  282 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo analisar a necessidade de um ser autônomo e o Serviço Social. A promoção da autonomia passa pela compreensão das estruturas de poder da sociedade e do entendimento de como o poder está socialmente distribuída entre os grupos, portanto, redimensionar o fluxo de poder, ampliando as oportunidades dos indivíduos em diferentes esferas da vida social, faz-se necessário para intensificar as condições de igualdade da autonomia.

A autonomia é o fundamento da dignidade da natureza humana, como então falarmos dela em uma sociedade onde estamos quase que inteiramente determinados socialmente? Como exercer a autonomia neste contexto e como “propiciar” aos usuários dos serviços sociais que a exerçam, quando muitos sequer têm alternativas para escolha? Tratar de tal assunto na prática do Assistente Social não é tarefa fácil (SILVA, 2008, grifo do autor).

2 DESENVOLVIMENTO

O processo de globalização está trazendo profundas transformações para as sociedades contemporâneas. O acelerado desenvolvimento tecnológico e cultural, principalmente na área da comunicação, caracteriza uma nova etapa do capitalismo, contraditória por excelência, que coloca novos desafios para o homem. Cultura, Estado, mundo do trabalho, educação, etc. sofrem as influências de um novo paradigma, devendo-se adequarem ao mesmo. A autonomia é este novo paradigma, privilegiada, tornou-se necessária para a vida numa sociedade.

Ter autonomia... “não é só ser livre para agir como bem se entender, mas, acima de tudo, é se capaz de eleger objetivos e crenças, valorizar-los e sentir-se responsável por suas decisões e por seus atos. [...] constitui a condição mais elementar ou prévia para que o indivíduo possa considerar-se a si mesmo – ou ser considerado por qualquer outro – como capaz de fazer algo e ser responsável por sua ação [...]’’ (Pereira, 2000, p.71).

A autonomia no Serviço Social teve as suas primeiras reflexões em Felix P. Biestek (1960). De acordo com o autor, antes da década de 20, já havia esboços sobre a formulação de um principio de autodeterminação. Os Assistentes Sociais reconheciam que apesar da dependência de seus “clientes”, os mesmos deveriam ser reconhecidos como seres humanos, portadores de direitos inalienáveis dados por Deus para viver a sua própria vida.

Entre os anos de 1920 e 1930, ascendeu no serviço social a discussão sobre o direito do “cliente” de participar ativamente das decisões das decisões e escolhas inerentes á sua vida no tratamento de caso. O homem enquanto autodeterminado foi a crença de que um tratamento de caso teria mais sucesso quando o “cliente” participasse das escolhas sobre sua vida e tomasse suas próprias decisões, percebendo estas como pertenças suas.

Da década de 1930 a 1940, expressões de “auto-ajuda”, “fazer seus próprios planos” e “tomar suas próprias decisões” marcaram a reflexão sobre a prática do Serviço Social. As responsabilidades para fazer planos e tomar decisões eram transferidas do Assistente Social para o “cliente”, isto contribuiu para o crescimento e o desenvolvimento da liberdade do “cliente” auxiliando na maturação da personalidade humana. A discussão neste período era sobre a liberdade da pessoa humana como requisito essencial para a defesa de sua dignidade, esclarecendo, orientando sem coagir.

Nos anos de 1940 a 1950, de acordo com Biestek (1960), a influência da psicologia e da psiquiatria no Serviço Social de casos, incentivando a manutenção do principio da autodeterminação do “cliente” e uma forte influencia da doutrina da igreja católica ( livre arbítrio, o homem cabe escolher entre o bem e o mal).

Em 1960 o Serviço social de caso afirmava: ...” para ajudar eficientemente aos outros , é preciso respeitar a pessoa humana, isto é , o seu estilo de viver a própria vida, de usufruir de liberdade pessoal e política, buscar a felicidade e de procurar valores espirituais que aspira. A aplicação deste princípio significa que os assistentes sócias não devem impor aos clientes seus próprios padrões de comportamento, suas soluções e princípios morais, mas sim conceder ao cliente o direito de ser mesmo e tomas suas decisões.”(HAMILTON, 1958,P.19)

O Serviço Social neste período, segundo autor, baseado no pensamento de Mary Richmond, poderia ser definido como “a arte de ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas”. O maior benefício que o profissional poderia trazer ao seu cliente seria a consciência de que era possível “reformar-se” e “aperfeiçoar-se”. Caberia ao assistente social a tarefa de atuar co mo conselheiro ou terapeuta, mostrando ao cliente novos rumos e perspectivas, mostrar a capacidade do cliente progredir e adaptar-se á realidade, mas sempre deixando que este fosse o divisor.

Em todos os períodos estudados, conforme Guedes (2003ª) vê-se a forte influência da doutrina católica, inspirada no neotomismo, expressa na preocupação fundamental do respeito á dignidade humana.

Na década de 70 podemos encontrar forte influência do Personalismo no Serviço Social, expressado no código de ética do assistente social de 1975. E também na década de 70 e inicio de dos anos 80, encontramos forte influência da Fenomenologia no Serviço Social: ...” para o Serviço social, o principio da autodeterminação é básico e expressa o reconhecimento direito á liberdade do homem, necessário e fundamental, que decorre de sua dignidade

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