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Serviço Social

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Por:   •  19/9/2014  •  4.029 Palavras (17 Páginas)  •  194 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O movimento de Reconceituação iniciou-se por volta de 1965, foi um processo de ruptura com o Serviço Social norte-americano. Esse movimento envolveu reelaborações por um grande numero de profissionais na busca de fundamentos, de novos conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo, e também na formulação de novas metodologias que pudessem instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento.

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Em nossa vivência acadêmica, aprendemos que um bom estudo acerca de determinado fato, deve emergir da contextualização histórica, política, econômica, conjuntural e social para melhor compreensão do mesmo. Este trabalho visa, despretensiosamente, explanar a concepção de vários autores no que tange o período de Reconceituação do Serviço Social. Para tanto o grupo sentiu a necessidade de apresentar pontos importantes da história desta profissão no Brasil, antes, durante e após este movimento na busca de produzir um conteúdo baseado no posicionamento dos autores estudados, sem deixar de registrar nossa aprendizagem e compreensão acerca do assunto. Em meados da década de 70, um grupo de assistentes sociais começa a pensar sua prática a partir da vertente instrumental técnico, na busca de alcançar a eficácia de sua ação. Segundo Netto, a partir da década de 80, sob a influência crítica da vertente Marxista, a profissão aponta a “Perspectiva de Intenção de Ruptura” de um profissional engendrado em oriundas perspectivas de atuação. No que tange as concepções acerca da Reconceituação, percebe-se o esforço da profissão em caminhar na perspectiva de sua prática, sendo que esta não é meramente executiva, burocrática subalterna e paliativa, mas sim “desvela a dimensão política”. Concluímos que a intervenção profissional pode contribuir tanto para uma “nova imagem” quanto para “auto-imagem” da profissão, tendo como proposta a defesa dos direitos, proporcionando a transformação de uma nova sociedade, por meio dos projetos societários. Ao fazerem questionamentos sobre a dominação, os profissionais começaram a questionar também sua prática profissional. O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da realidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais. O Serviço Social foi uma das profissões mais impactadas pelos fatos históricos a partir da ditadura, pois sua ação sempre foi colocada sob a tensão da relação capital versus trabalho. De 1960 até hoje se caracteriza movimento de reconceituação. O seu significado foi e é principalmente a ruptura com o conservadorismo e o tradicionalismo do serviço social.

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O positivismo do século XIX originou-se na Inglaterra, o conhecimento humano, à metafísica, à ciência, ao espírito e à natureza, com as relativas conseqüências práticas. Diferencia-se, porém, desses sistemas por um elemento característico: o conceito de vir – a - ser, de evolução, considerada como lei fundamental dos fenômenos empíricos, isto é, de todos os fatos humanos e naturais. O conservadorismo católico que caracterizou os anos iniciais do Serviço Social brasileiro começa, especialmente a partir dos anos 40. O positivismo, enquanto método de análise é uma concepção de mundo, é uma postura diante da realidade social. Esta postura consiste em tomar a objetividade como sendo a realidade social.

A legitimação do profissional, expressa em seu assalariamento e ocupação de um espaço na divisão sócio técnica do trabalho, vai colocar o emergente Serviço Social brasileiro frente à matriz positivista, na perspectiva de ampliar seus referenciais técnicos para a profissão. Este processo, caracterizado pela junção do discurso humanista cristão com o suporte técnico ‐ científico de inspiração na teoria social positivista.

Nem o doutrinarismo, nem o conservadorismo constituem teorias sociais. A doutrina caracteriza ‐ se por ser uma visão de mundo abrangente fundada na fé em dogmas. Constitui ‐ se de um conjunto de princípios e crenças que servem como suporte a um sistema religioso, filosófico, político, entre outros. O conservadorismo como forma de pensamento e experiência prática é resultado de um contra movimento aos avanços da modernidade, e nesse sentido, suas reações são restauradoras e preservadoras, particularmente da ordem capitalista.

No caso do Serviço Social, um primeiro suporte teórico ‐ metodológico necessário à qualificação técnica de sua prática e à sua modernização vai ser buscado na matriz positivista e em sua apreensão manipuladora, instrumental e imediata do ser social. Este horizonte aborda as relações sociais dos indivíduos no plano de suas vivências imediatas, como fatos, como dados, que se apresentam em sua objetividade. O método positivista trabalha com as relações aparentes dos fatos, evolui dentro do já contido e busca a regularidade, as abstrações e as relações invariáveis.

É a perspectiva positivista que restringe a visão de teoria ao âmbito do verificável, da experimentação e da fragmentação. Não aponta para mudanças, senão dentro da ordem

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estabelecida, voltando se antes para ajustes e conservação. Particularmente em sua orientação

funcionalista, esta perspectiva é absorvida pelo Serviço Social, configurando para a profissão propostas de trabalho ajustadoras e um perfil manipulador, voltado para o aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas para a intervenção, com as metodologias de ação.

A profissão assume as inquietações e insatisfações deste momento histórico e direciona seus questionamentos ao Serviço Social tradicional através de um amplo movimento, de um processo de revisão global, em diferentes níveis: teórico, metodológico, operativo e político. Este movimento de renovação que surge no Serviço Social na sociedade latino ‐ americana impõe

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