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Serviço Social

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Por:   •  18/12/2014  •  Seminário  •  458 Palavras (2 Páginas)  •  119 Visualizações

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Raquel Raichelis (2009), Ângela Amaral e Mônica Cesar (2009) apresentam em seus textos a situação do Serviço Social nos espaços sócio-ocupacionais da esfera estatal e das empresas capitalistas a partir da década de 1970 até os anos 2000, em uma conjuntura de reestruturação das forças produtivas e da necessidade tanto do Estado quanto das empresas em darem respostas às necessidades dos desfavorecidos atingidos pelas expressões da questão social. Apresentam ainda as peculiaridades que envolvem a atuação profissional nesses espaços ocupacionais, as influências que o capital exerce sobre o objeto de atuação, como este capital se reinventa para dominar todos os limiares e como os profissionais carecem de adequar sua qualificação para interpretar as realidades postas e intervir de maneira a efetivar a garantia dos direitos das classes subalternas.

Em ambos os contextos, a profissão está inserida na dinâmica da vida social e é fruto das relações contraditórias da sociedade. Porém na esfera estatal, a profissão se legitima na resposta do Estado no processo de regulação e reprodução social através de políticas públicas que se encarregam de oferecer um espaço ocupacional para o Serviço Social, enquanto que nas empresas capitalistas a profissão emerge como resposta dos empresários às exigências da classe trabalhadora a fim de mediar os conflitos entre estes. Nas duas situações, inicialmente o Serviço Social trabalha em um processo pedagógico de orientação de comportamentos afim de adequar os sujeitos para que possam ser reinseridos nas condições adequadas de convivência, assim como, em ambos os casos num processo de interesses contraditórios a profissão deveria atender tanto as demandas dos contratantes - quer fosse o Estado, quer fossem as empresas, uma vez que constituía uma atividade subordinada - como dos usuários de seus serviços. Cabendo-lhes aí um espaço para o pensamento crítico e negação das práticas conservadoras do início da profissão.

Com a perda de força da esfera estatal e a sucessão de muitas transformações societárias, alavancou-se o crescimento do terceiro setor havendo assim uma descentralização das obrigações do Estado quanto as suas responsabilidades. Tanto a esfera estatal quanto as empresas capitalistas difundem o discurso da participação comunitária, da solidariedade social e iniciativa privada das ações sociais. O capital então cria iniciativas para se reestruturar e o exercício profissional passa por uma nova racionalidade técnica e ideopolítica que vai se utilizar de velhas e novas estratégias para assegurar sua legitimidade.

A participação da sociedade civil e dos trabalhadores em prol do bem comum e da produtividade, respectivamente, vão distanciar as lutas coletivas da politização representando a diminuição do alcance de direitos.

Em todo esse processo o assistente social deve assumir um compromisso de se capacitar teórica e tecnicamente para debater e propor ações que efetivem os direitos das classes subalternas através de ações que legitimem o projeto ético-político que orienta a profissão.

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