Serviço social

Para o Serviço Social que tem suas origens vinculadas a doutrina da igreja católica, o movimento de reconceituação surge como desdobramento da ação social e da ação católica da igreja. Está relacionado as profundas transformações econômicas e sociais que atravessam a sociedade brasileira.

As primeiras escolas de Serviço Social são fundadas por grupos cristão, onde predominavam alunos de classe média que buscavam o preparo para o exercício remunerado e também gratificação pessoal. O Serviço Social Brasileiro então, procurou apropriar-se da metodologia de trabalho americano e introduziu nos currículos das escolas o serviço social de caso, de grupo, organização social da comunidade.

Os primeiros passos para o movimento de reconceituação, foram movidos pelos impactos das teorias e tentativas desenvolvimentistas. Reconhecia que sua teoria era frágil quanto à compreensão da dinâmica social, das relações de classe, dos grupos sociais e das instituições. Do ponto de vista metodológico, deu-se grande ênfase ao desenvolvimento de comunidade difundido amplamente pela ONU e OEA, através de assistência técnica e projetos, cursos seminários e alcance de ampla literatura. As escolas de Serviço Social, passaram a incluir nos currículos o ensino ao desenvolvimento de comunidade. Grandes projetos foram implantados com o apoio de instituições públicas (SUDENE, SUDAN, SUDESUL) e por iniciativa da igreja católica.

O processo de implantação da política de países da América Latina, revelou uma realidade subdesenvolvida: baixo índice de renda da população, ausência de infra estruturas de saneamento, alto índice de analfabetismo, baixo nível de saúde e de escolaridade. Esses já não eram assuntos de economistas e sociólogos, mas também para técnicos do Serviço Social e para a população em geral. A penetração do marsxismo nas universidades e cotidiano de trabalho bem como a liberdade, resultou ao Serviço Social um recuo quanto à filosofia do desenvolvimento, novas e mais profundas indagações críticas ao Serviço Social tradicional (FALEIROS; 2004)