Sindrome De Down Na Escola
Casos: Sindrome De Down Na Escola. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Joselea • 30/9/2014 • 833 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
Inclusão de alunos com Síndrome de Down na escola.
Desde que bem acompanhada por uma equipe multidisciplinar, a criança com Síndrome de Down beneficia-se das aulas e da convivência com os colegas na escola regular
O filme brasileiro Colegas, de Marcelo Galvão, que narra a viagem de três jovens com Síndrome de Down em busca de seus sonhos chegou ao cinema. A história é inspiradora e, mais que isso, mostra como o indivíduo com deficiência intelectual pode, sim, ter aspirações e perseguir a sua realização. Sabemos que o primeiro passo nessa direção é dado em casa; o segundo, na escola.
A professora doutora Fernanda Travassos Rodriguez, da PUC-RJ, tem uma vasta experiência com deficiências intelectuais e defende a intervenção precoce - o estímulo praticado em casa pelos pais e auxiliado por profissionais - como fator decisivo no desenvolvimento do indivíduo com Síndrome de Down, que já pode chegar à escola mais preparado para os desafios que estão por vir.
"Sabemos que é um desafio, mas acreditamos que a criança com Síndrome de Down tem condições, sim, de frequentar a escola regular", concorda a fonoaudióloga Viviane Périco, do serviço de inclusão escolar da Apae de São Paulo - é nele que as crianças são auxiliadas no período em que não estão na escola, de forma a facilitar a sua adaptação.
Para a criança com Síndrome de Down, ir à escola é exercer o direito à educação previsto pela Constituição Brasileira - ou seja, o direito que toda criança tem. Na escola, ela desenvolverá as suas potencialidades e, um dia, poderá seguir uma profissão. Além disso, o contato com a garotada da mesma idade é benéfico para todos. "Eu diria que o ganho é mútuo, pois as crianças que estudaram em escolas inclusivas certamente se tonarão adultos mais tolerantes", acredita a fonoaudióloga Viviane Périco. A psicóloga Fernanda Travassos Rodriguez levanta, ainda, outro ponto: "Conviver com o diferente desperta na gente o desejo do autoconhecimento. Se meu amiguinho tem esse ou aquele limite, quais são as minhas limitações? Como posso melhorar?".
O currículo deve ser flexibilizado para a criança com Síndrome de Down, que pode ou não ser acompanhada por um mediador na sala de aula. O aluno também faz provas, mas a sua avaliação é diferente: o professor acompanha as etapas de sua evolução ao longo do ano, sempre o comparando com ele mesmo, dentro de suas potencialidades. Há escolas que preparam portfólios retratando essa evolução. "É importante lembrar que existe, sim, uma deficiência intelectual. O professor deve levar em consideração que a criança não possui um equipamento biológico capaz de competir com os outros alunos de sua idade", enfatiza a psicóloga Fernanda Travassos Rodriguez. Assim como ocorre com crianças com desenvolvimento cognitivo típico, o sistema educacional mais adequado varia conforme o indivíduo, mas escolas com bom histórico na gestão da inclusão são as mais recomendadas.
Como acontece com qualquer outro aluno, o engajamento dos pais no universo escolar beneficia o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. "Os pais devem ser parceiros da escola, levando em consideração que não é possível prever de antemão o quanto e como a criança irá aprender", observa Viviane Périco da APAE de São
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