Sociedade Disciplinar

A sociedade disciplinar e a sociedade de controle

Até aqui vimos análise sobre o poder e a política que privilegiam suas relações com o Estado. Mas existem pensadores que analisam a questão do poder e da política de modo diferente: não dão primazia às relações com o Estado, mas a elementos que estão presentes em todos os momentos de nossas vidas. Entre eles destacamos Michel Foucault e Gilles Deleuze. O Foucault se propôs analisar a sociedade com base na disciplina no cotidiano. Para ele, todas as instituição procuram disciplinar os indivíduos desde que nascem. Diz ele que, além dos aspectos institucionais ou até jurídicos dessas instituições, esse poder desenvolva-se por meio de gestos, atitudes e sabares

A sociedade disciplinar é a que conhecemos desde o séculos XVII. Ela procura organizar grandes meios de confinamentos: a família, a escola, a fábrica, o exército, em alguns casos, o hospital e a prisão. O indivíduo passa de um espaço fechado para outro e não para de recomeçar, pois em cada instituição deve aprender alguma coisa, principalmente a disciplina específica do lugar.

Outra forma de controle contínuo são os “conselho” a respeito a saúde que estão presentes em todas as publicações na televisão e na internet: “não coma isso porque pode engorda ou aumentar o nível de colesterol”, os controles nos alcançam em todos os momentos e lugares, na há um possibilidade de fuga.

O que nos identifica cada vez mais é a senha. Cada um de nós é a penas um número, parte de um banco de dados de amostragem. Quantidade de senhas de que necessitamos para nos relacionar virtualmente com as pessoas ou com instituição é enorme e, sem elas ficamos isolados. Se na sociedade disciplinar há sempre um indivíduo vigiando os outros em varias direções num lugar confiado, na sociedade de controle todos olham para o mesmo lugar.