TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Sociologia dos Conflitos

Por:   •  20/3/2016  •  Monografia  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  674 Visualizações

Página 1 de 6

CC (IM) ANDRÉA NINO DORNELES NEVES

A INEVITABILIDADE DOS CONFLITOS:

Inevitabilidade do Conflito entre a Grã-Bretanha e a China no século XIX

Trabalho de Sociologia dos Conflitos apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores.

Rio de Janeiro

Escola de Guerra Naval

2015



SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ….............................................................................................................. 3

2 – A TRANSFORMAÇÃO ECONÔMICA NO SÉCULO XIX E A GUERRA DO ÓPIO … 4

3 – INEVITABILIDADE DOS CONFLITOS …...................................................................... 5

4 – CONCLUSÃO …................................................................................................................ 7

      REFERÊNCIAS ….............................................................................................................. 8



1 – INTRODUÇÃO

Os conflitos são fatores de mudança social, para que eles venham acontecer basta que existam opiniões divergentes dentro de um aglomerado social. Ele está ligado à estruturação das relações de poder e de domínio (BALTAZAR, 2007)

O propósito do presente trabalho consiste em confirmar, ou negar, se numa era de múltiplas transformações os conflitos são inevitáveis. Para tanto, o trabalho foi delimitado no tempo e no espaço, sendo a pesquisa realizada nas transformações econômicas ocorridas no século XIX e no estudo da Guerra do Ópio. Para se alcançar este propósito estabelecido, o estudo foi organizado em quatro capítulos, estruturados conforme a seguir.

Após esta introdução, no capítulo um serão abordados a transformação econômica ocorrida com a Primeira Revolução Industrial e a Guerra do Ópio, quais Estados fizeram parte e o motivo aparente da  sua eclosão. No terceiro se fará uma correlação dos acontecimentos do capitulo anterior e,  por fim, no capítulo quatro será apresentada uma breve conclusão.



2 -  A TRANSFORMAÇÃO ECONÔMICA NO SÉCULO XIX E A GUERRA DO ÓPIO

O sistema capitalista passou a ganhar força com a transformação econômica surgida entre os séculos XVIII e XIX  que foi a Primeira Revolução Industrial, a qual iniciou-se na Grã-Bretanha, entre 1760 e 1860. A Revolução consistiu na transformação de uma sociedade agrícola e comercial em outra industrial que se tornou a forma dominante da vida econômica organizada (HEILBRONER, 1962).

Esta Revolução trouxe o desenvolvimento de novas tecnologias que aumentaram a produção de bens de consumo. Isso fez surgirem os excedentes de produção, assim, era necessário encontrar novos mercados consumidores, iniciando, então, a fase do imperialismo britânico.  Essa foi a política adotada pela Grã-Bretanha, no intuito de expandir seus domínios territoriais, culturais e econômicos na Ásia. Nesse período, a Grã-Bretanha liberal, passa a defender a tese da abertura dos mercados à concorrência internacional.

A Primeira Guerra do Ópio (1839-1842) aconteceu durante o imperialismo britânico, foi um conflito internacional e regular, entre a Grã-Bretanha e a China. O ópio era  narcotráficado pelos britânicos para os chineses e o seu consumo ameaçava a estabilidade social e financeira da China, bem como a sáude dos  soldados chineses (SPENCE, 1995).

Em 1939, a China percebe que o consumo do ópio era prejudicial, assim o governo chinês inicia uma forte repressão ao tráfico do ópio. O Imperador mandou confiscar a droga e decretou a prisão de chineses traficantes e a expulsão dos britânicos mercadores.

A Grã-Bretanha reage e declara guerra à China. Esta sai vencida e sofre duars perdas com a assinatura do Tratado de Nanquim, o qual exigia a abertura de cinco portos da China aos estrangeiros, regulava as tarifas do comércio, além de ceder a cidade de Hong Kong, por 150 anos, aos britânicos.

3 -  INEVITABILIDADE DOS CONFLITOS

O objetivo deste capítulo consiste em correlacionar a transformação econômica ocorrida na Primeira Revolução Industrial com a Primeira Guerra do Ópio, a fim de responder se os conflitos são inevitáveis.

A explicação para a eclosão da Primeira Guerra do Ópio foi a queima do estoque britânico da droga. Contudo, essa foi a causalidade direta que parece declinar ao se investigar os episódios  específicos que a precederam. (BONANATE, 2001).

Na época, a China era governada pela Dinastia Qing, a qual percebeu que para melhor contralar a sociedade chinesa e se manter no poder, seria interessante manter uma política que objetivava a ignorânica dos chineses para com a modernidade. Assim, os Qing acentuaram o caráter fechado do país em relação aos estrangeiros (SPENCE, 1995).

A Grã-Bretanha precisava encontrar consumidores para os seus excedentes de produção, neste contexto, a China, país mais populoso da Ásia, despertava a atenção dos britânicos, pois o potencial impacto da demanda chinesa era importante para a sua economia. Porém, o único porto no território chinês aberto aos estrangeiros era o de Cantão, isso dificultava a entrada de produtos britânicos.

Os britânicos apreciavam os produtos chineses, como seda, chá e porcelana, mas os chineses, possuidores de valores diferentes,   não apreciavam os produtos da nova indústria britânica (SPENCE, 1995). Em todas as sociedades pressupõem um determinado acordo geral sobre valores fundamentais, e concamitantemente todas implicam em conflitos (BALTAZAR, 2007).

Na China, entre os conselheiros do Imperador existiam conflitos sobre a questão do ópio. Havia os que defendiam a legalização do seu comércio, e outros consideravam que o  Imperador devia ser ainda mais rigoroso com a questão do ópio (SPENCE, 1995). Para que um conflito se processe, basta que existam opiniões divergentes dentro de um aglomerado social (BALTAZAR, 2007), ou entre dois Estados.

O comércio podia ter promovido a paz entre duas nações, pois quando negociam entre si, tornam-se reciprocamente dependentes se uma tem interesse em comprar e a outra interesse em vender (BONANATE, 2001). Porém, a China não possuía o interesse nos produtos britâncios, com exceção do ópio, único produto que despertava os interesses dos chineses.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.9 Kb)   pdf (241 Kb)   docx (13.8 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com