Sou Direito
Dissertações: Sou Direito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: natalifases • 17/3/2015 • 731 Palavras (3 Páginas) • 292 Visualizações
Exercício de revisão para a II avaliação
Ordene os seguintes períodos de modo a constituírem um texto coeso e coerente. Em seguida, marque a ordem correta.
( ) Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Expe- rimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
( ) Acho que foi Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de des- pedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía − e daquele tiro brutal que acabou dan- do em si mesmo.
( ) O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos aten- tos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
( ) Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se al- guém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou trinta e dois anos a fio pelo mesmo hall do prédio de seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Não fazia a mínima ideia. Em trinta e dois anos, nunca o viu. Para ser notado, o por- teiro teve que morrer.
a)3,2,1,4
b)2,1,4,3
c)1,3,4,2
d)4,3,2,1
Gabarito (b)
2. Não atendem às exigências da ortografia brasileira:
a)deem, voo, autosserviço
b)heroico, bem-vindo, tranquilo
c)cárie, exército, língua
d)super-homem, inter-racial, auto-peças
e)boia, minissaia, baú
Gabarito (d)
3. Não atendem às normas do novo acordo ortográfico:
a)anti-inflamatório, micro-ondas
b)feiura, quarta-feira, cooperação
c) micro-computador, minimercado
d) antiaéreo, infraestrutura
Gabarito (c)
Texto I
A TERNURA DAS MÃOS
Nelas renasço. Quão corajosas! Prontas para libertar-me de indevidas prisões. Tenho em minhas mãos a cumplicidade de que necessito. Nunca me falharam, gritaram, sim, generosas aleluias. Estiveram diuturnamente atentas, às vezes para acusar, outras
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