Síntese: Em Busca Das Identidades Profissionais De Educadoras De Crianças Pequenas
Pesquisas Acadêmicas: Síntese: Em Busca Das Identidades Profissionais De Educadoras De Crianças Pequenas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ElisCristinaa • 25/5/2014 • 1.400 Palavras (6 Páginas) • 552 Visualizações
Síntese: Em busca das identidades profissionais de educadoras de crianças pequenas
Para essa análise compreendemos que os desenvolvimentos pessoal, profissional e institucional são indissociáveis e que o estágio no curso de Pedagogia pode representar um eixo de articulação entre a formação de professores em nível superior de crianças pequenas e a formação contínua de educadores em instituições de educação infantil. A abordagem metodológica utilizada é a da pesquisa qualitativa, na forma de pesquisa-ação colaborativa, com narrativas orais e escritas e participação das colaboradoras em grupos de pesquisa/formação.
A formação de professores ocorre em condições determinadas, quando pensamos na educação de crianças pequenas envolve não só considerar a travessias de profissionais de creches para área da educação e o processo de profissionalização docente.
Mais do que explicar, objetivamos compreender os caminhos pelos quais as educadoras de crianças pequenas constroem suas identidades profissionais. Stake (1998) adverte que a validação dos dados é condição fundamental para a aceitação e valorização científica em pesquisa de maneira geral, e, em especial, em pesquisa qualitativa, considerando isso como parte das responsabilidades do investigador, que deverá empreender esforço para reduzir ao mínimo as falsas representações e interpretações.
Para tentar compreender o caminho que as educadoras e professores de crianças pequenas de creches e Pré- escolas, no texto a seguir mostram-se relatos das mesmas, visando aprender algo com suas experiências.
Para Oliveira o estágio de desenvolvimento da carreira começa na fase da sobrevivência, passa pela consolidação e pela renovação até atingir a maturidade. Ressalta ainda que estudos apontem a necessidade de alargamento progressivo do campo ecológico das educadoras. A autora aponta ainda as marcas mais significativas das vozes de educadoras que se põem corajosamente à procura de identidade e autoestima, para ela o desenvolvimento profissional é um processo de pessoas em seus contextos durante a vida e desenvolve partilha, apoio e construção de identidades por meio das comunidades de aprendizagem.
De acordo com Sarmento os períodos de desenvolvimento de adultos correspondem aos períodos de desenvolvimento profissional, isso expressa a importância dos fatores pessoais nesse processo, outra observação bem importante feita por ele diz-se respeito aos saberes profissionais como um processo de construção interativo.
Na Constituição Federal de 1988 é que aparece pela primeira vez no Brasil a expressão educação infantil que são as creches e as pré-escolas e é determinado que nessas duas instituições deve ser vinculado sistemas de ensino. Leis posteriores a essa reforçaram essa decisão, dentre elas a que mais se destaca é o ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente que buscou garantir e proteger direitos para crianças e adolescentes.
A dimensão do trabalho coletivo assume o papel central ao possibilitar a aproximação de educadoras das instituições-campo de estágio com as estagiárias em processos reflexivos comuns, isso contribuiu para transformações nos contextos de trabalhos por meio de uma dinâmica formativa. Uma escola da infância compreendida como instituição que não hierarquiza nem segmenta saberes em sido objeto de destaque em políticas publicas para esse segmento etário em varias partes do mundo.
No Brasil podemos observar várias formas de entendimento em torno da formação de educadores para trabalhar com crianças em instituições infantis. Há vários estudos sobre educadores de crianças, e para os propósitos dessa obra destacam-se as contribuições de alguns autores.
Leite afirma sobre a formação de profissionais leigos de creches como educadores reflexivos uma experiência cujos resultados indicaram que a utilização de determinadas estratégias formativas foram fundamentais na redefinição do papel das educadoras e na possibilidade de serem autoras de suas praticas e tornarem profissionais reflexivas. Já pra Angotti analisa a atuação inicial de professoras de pré-escola e indica três momentos diferenciados (antes, durante e depois). Os resultados da investigação sinalizam a necessidade de redimensionar o papel do conhecimento, no trabalho docente pré-escolar, como condição fundamental para a definição da profissionalidade e do desenvolvimento profissional na educação infantil. Dias concretiza em sua pesquisa sobre os saberes essenciais ao educador da primeira infância e aborda o que denominou protagonistas da educação infantil e ressalta que tal profissional deve apropriar de profundo conhecimento de si próprio e da criança.
Ações integradas entre as áreas de assistência social, saúde e educação e a interação dos serviços seriam bem-vindas se abrigassem uma concepção global da criança como um ser social, cultural e possuidor de diretos e , sobretudo se na relação adulto- criança prevalecesse atitude de confiança.
Em nossa realidade, a educação infantil, qualificada como primeiro degrau da educação básica sugere desafios a ser enfrentados pelas instituições. Acreditar que a educadora de criança pequena seja capaz de exercer a autonomia de seu processo formativo pressupõe mudanças conceituais e de condições objetivas de trabalho com todas as instituições e segmentos diretamente envolvidos com a universidade trazendo e levando questões práticas.
O trabalho direto com as crianças pequenas exige que o educador tenha uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao educador cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla e profissional que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para
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