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TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  9/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.564 Palavras (11 Páginas)  •  374 Visualizações

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Trabalho Completo TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL

TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL

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Categoria: Outras

Enviado por: wanessafranco 30 setembro 2013

Palavras: 2537 | Páginas: 11

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é realizado a partir da literatura sobre o movimento de reconceituação do serviço social. E que procura identificar no Serviço Social do Brasil suas origens e marcas vinculadas a Igreja Católica e os movimentos delas decorrentes, adotando como instrumental de analise o enfoque marxista. E vale ressaltar os componentes básicos do movimento de reconceituação; a critica do Serviço Social tradicional e o esforço de construção de uma teoria e práxis do Serviço Social, em resposta a realidade latino-americano e a luz de um posicionamento ideológico. O movimento de reconceituação é movido pelas pressões sociais e mobilização dos setores populares, historicamente marcado pelas desigualdades de classes e das questões sociais em face ao acumulo do capitalismo. Processo permanente de construção de propostas profissionais em resposta ás exigências sociais. A história do Serviço Social se constitui num processo que articula conservação e renovação.

2. MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Por volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora estivesse vivendo um processo de rompimento com a concepção filantrópica oriunda da tradição católica se via agora calcado no funcionalismo norte-americano.

O fato é que a profissão, tanto em seus primórdios, como nas décadas posteriores estava atrelada aos interesses da classe hegemônica da nação nos diferentes estágios do sistema capitalista em seu desenvolvimento nacional.

Tanto pela influência eclesiológica (onde a igreja pretendia resgatar seu poder e reconquistar privilégios na sociedade), como pela influência do Estado (no período onde cessa a chamada república café-com-leite e, inicia a era Vargas com o processo de industrialização no país) ficava evidente que era atribuído ao Assistente Social um perfil de repressão no lidar dos problemas do operariado a fim de manter a ordem social e distanciá-lo de qualquer contato com a ideologia socialista.

Fato este que se consolidou ainda mais com a adoção do positivismo mencionado no início deste trabalho.

Neste momento havia um profundo interesse dos Estados Unidos em relação aos países da América Latina chegando a oferecer bolsas de estudos aos assistentes sociais brasileiros.

Com isto o assistente social desempenhava um papel de ajustamento do indivíduo ao seu meio social, sustentado por uma visão terapêutica.

Soma-se a isto a ênfase política de aceleração econômica incentivada pela industrialização e modernização capitaneada pelos EUA que tinha como estratégia o desenvolvimento da comunidade a fim de garantir prosperidade, o progresso social e a hegemonia americana.

Portanto podemos concluir que o Serviço Social brasileiro em suas primeiras décadas estava marcado por um vazio no que diz respeito a sua identidade profissional.

Este fato começa a mudar justamente quando o profissional do Serviço Social passa a se identificar mais com a classe dominada.

Tal mudança vem da busca por uma reconceituação do Serviço Social a realidade Latino-americana advindo de encontros sistemáticos promovidos pelos profissionais deste mesmo solo.

Este movimento de reconceituação aproximou-se justamente da teoria tão resistida pela classe dominante: a marxista. Fator que veio dar início ao processo de ruptura com o tradicionalismo profissional, mesmo levando em consideração os vários equívocos e entraves desta nova leitura da profissão.

Este novo tempo abre as portas para a discussão e reflexão originando uma série de documentos que abordaremos a seguir.

Diante da crise global, o serviço social passava por uma profunda decadência macroscópica. A partir daí, surge o início de discussão renovação do serviço social no Brasil, onde a autocracia burguesa estava se organizando, para manter suas práticas dominantes de hegemonia e a partir de então, abriu-se espaço para que os profissionais da área pudessem discutir as novas formas de atuação, num debate crítico para a sua formação profissional.

Com a crise do sistema da ditadura, houve um aumento exorbitante das demandas, sendo necessário por parte do Estado a contratação de novos profissionais para a devida mediação dos conflitos. Neste momento houve um amadurecimento dos profissionais, onde os mesmo já procuravam trabalhar em equipes multidisciplinares.

Com o afastamento da igreja católica, a forma tradicional endogenista de atuação foi se enfraquecendo, criando um fator favorável para que a renovação do serviço social através dos documentos de teorização ganhasse força.

2.1 SEMINARIO DO MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO

O documento de Araxá foi o princípio de discussão teórica, embasado na corrente positivista. Dentro da perspectiva da globalidade, o documento de Araxá se apresenta em dois níveis: micro atuação – essencialmente operacional e a macro atuação – política e planejamento para o desenvolvimento.

O documento de Teresópolis alinhava o serviço social ás demandas da ditadura. Tinha uma linha de pensamento voltada ao projeto autocrático burguês e suas instituições. Cada grupo tem uma função e a função é uma ordem natural, dentro do referencial funcionalista-estruturalista.

O documento de Sumaré foi o auge da crise do modelo positivista na América Latina. Teorias abordadas: cientificismo, fenomenologia e dialética. Foi uma proposta de ajuda psicossocial, onde a ditadura começa a se enfraquecer. Surge neste período a Psicologia Social. O esforço pela validação da profissão teve uma abrangência muito significativa nas discussões.

Dos resultados dos documentos de Sumaré e Alto da Boa Vista, fica claramente evidenciado que o processo de renovação profissional já transitava por outras vias e envolvia outros protagonistas.

A partir das ideias abordadas nos documentos citados acima, ocorreu outra perspectiva no processo de renovação do serviço social que é a reatualização do conservadorismo.

2.2 IMPORTÂNCIA

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