TEORIAS SOBRE RAÇA, RACISMO, ETNIA, DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO RACIAL
Por: VanessaT123 • 20/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.270 Palavras (6 Páginas) • 1.286 Visualizações
TEORIAS SOBRE RAÇA, RACISMO, ETNIA, DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO RACIAL
INTRODUÇÃO
Após mais de trezentos anos de escravidão no Brasil, eis que surge uma lei para dar esperança àqueles que foram subjugados por quase quatro séculos. A lei áurea, de 13 de maio de 1888 extinguiu toda e qualquer forma de escravidão no país. Foi um dos marcos mais importantes na história das terras tupiniquins. No entanto, depois da grande celebração da libertação dos negros, algo passou despercebido: não foi instituída uma sequer política pública que desse suporte aos novos cidadãos brasileiros, algo que os inserisse na sociedade. Além disso, após a abolição da escravatura a produção não poderia parar, ou seja, a mão-de-obra antes escravocrata, que não era mais aceitável, precisaria ser substituída, mas ao invés de pagar os ex-escravos pelo seu trabalho o governo preferiu importar mão-de-obra européia, excluindo mais uma vez a população negra. Mesmo livres estes indivíduos não deixaram de ser os marginais – leia-se aqueles que vivem à margem da sociedade. Segundo LIMA, 2010, este processo criou e sustenta o pilar da desigualdade e de exclusão do negro até hoje.
De acordo com GUIMARÃES, 1999 o século passado foi marcado pela subdivisão em raças da espécie humana, identificadas pela localização e caracterizadas morfologicamente pela forma do crânio, cor da pele, formato do nariz e textura do cabelo. Estes conceitos serviram por muito tempo como justificativa do tratamento desigual entre diversos grupos étnicos.
Ainda seguindo LIMA, 2010, as teorias racistas surgiram no Brasil pouco antes de 1888 com o intuito, sobretudo, de continuar a subjugar os indivíduos de cor negra após abolida a escravatura. Estas teorias se apoiavam supostamente em bases científicas difundindo-se então facilmente no imaginário da população, tanto negra que passava a aceitar assim a condição de inferioridade, quanto branca que encontrava fundamentos teóricos para se colocar a parte dos ex-escravos e seus ascendentes, ideais que além de difundidos foram perpetuados na sociedade.
Atualmente sabe-se através de pesquisas científicas que as variações genéticas entre seres humanos é muito pequena, não servindo mais como justificativa para a subdivisão criada pelos próprios indivíduos. Tal constatação tem fundamental importância visto que este mesmo preceito fora usado anteriormente justificando a superioridade da raça branca sobre as demais. Mas apesar de biologicamente superado o conceito de raça permanece no âmago das pessoas. Segundo MUNANGA, 2004, existe um ideal de branqueamento no país, o que torna por muitas vezes difícil definir quem é negro no Brasil. O autor ainda afirma que os conceitos de negro e branco tem muito mais fundamento político, ideológico ou etno-semântico do que biológico.
A miscigenação enorme que existe no Brasil não deveria justificar a discriminação e o preconceito ainda existente, porém ABRAMOWICZ, 2006 diz que o brasileiro vive uma situação inusitada, onde se tem dois discursos presentes: o de que somos um povo único e que o processo de miscigenação gerou uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados; do outro lado é observável no cotidiano as práticas discriminatórias, preconceituosas e racistas com grupos presentes na sociedade, não sendo estes apenas os afro-descendentes.
Mesmo diante de todos os fatos o mito da democracia racial, de que se vive em um país totalmente igualitário em direitos e oportunidades, persiste. As pessoas se fazem cegas frente ao racismo e a discriminação. Seria mesmo tão fácil apagar três séculos da história ou de mudar uma ideologia que perdurou por tanto tempo apenas com a instituição de uma lei? Esta pesquisa qualitativa usa como objeto esta premissa entranhada na sociedade brasileira – de que o racismo não existe.
O presente resumo tem com objetivo elucidar o leitor a cerca dos conceitos de raça, etnia, discriminação e preconceito racial.
METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica foi escolhida como metodologia de estudo para apresentação de explicações e esclarescimentos a respeito de conceitos sócio-históricos envolvendo a desigualdade entre povos de distintas etnias.
A pesquisa bibliográfica é dividida em oito fases, sendo elas: a escolha do tema; elaboração do plano de trabalho; identificação; localização; compilação; fichamento; análise e interpretação; redação (LAKATOS, 2010). Tais fases serviram-se de base para construção deste resumo.
De acordo com Severino (2002), após a escolha do tema e levantamento do problema o passo seguinte é a junção da bibliografia necessária. Livros e artigos publicados foram consultados para obtenção de informações e coleta de dados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com este estudo foi possível notar que a atual situação do negro tem melhorado economicamente e socialmente, mas quando se compara a população branca contra a população negra em intervalos limitados de tempo a pesquisa mostra também que não foi totalmente superada a deseguildade e descriminação, até mesmo se observarmos a necessidade que ainda existe de se debater estes
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