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TRABALHO capital de giro

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Por:   •  7/11/2013  •  Tese  •  4.026 Palavras (17 Páginas)  •  414 Visualizações

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CAPITAL DE GIRO

1. Capital de Giro

Podemos definir que capital de giro são os recursos destinados para compra de mercadorias, financiamento a clientes, despesas administrativas, etc., corresponde à parte do capital utilizado para o financiamento do ativo circulante de uma empresa ou podemos dizer ainda que sejam os recursos exigidos para financiar o ciclo operacional de uma empresa.

O capital de giro requer um esforço muito maior do administrador financeiro, precisa de um acompanhamento permanente, pois continuamente é afetado pelas diversas mudanças enfrentadas pela empresa e produz reflexo na contabilidade.

O estudo do capital de giro é fundamental para o administrador financeiro, porque a empresa precisa recuperar todos os custos e despesas incorridas durante o ciclo operacional e obter o lucro desejado, por meio da venda do produto ou dos serviços prestados. As empresas devem canalizar seus esforços para a administração e solução de problemas relacionados ao capital de giro - uma boa formação e financiamento de estoques, gerenciamento de contas a receber e administração de déficits de caixa.

Quando esse acompanhamento não é feito de forma correta, a empresa começa uma luta pela sobrevivência, acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão de capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo.

Podemos encontrar o capital de giro com a seguinte formula:

CG: ATIVO CIRCULANTE - DESPESAS ANTECIPADAS

As dificuldades de capital de giro, geralmente estão relacionadas com os seguintes fatos:

- Redução de vendas

- Crescimento da inadimplência

- Aumento das despesas financeiras

- aumento dos custos

-Ou alguma combinação dos quatro fatores anteriores

Neste caso, o administrador financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas? O que pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro?

Os tópicos seguintes apresentam algumas alternativas de solução para essas questões.

Formação de reserva financeira

A determinação do volume da reserva financeira levará em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o que aconteceria ao capital de giro se..." poderia ser bastante útil para se formular a estimativa do volume da reserva financeira.

À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros, pois deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a expansão da empresa. Mas com a instabilidade da economia brasileira, a formação de reserva financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo.

Encurtamento do ciclo econômico

Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente.

Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos serviços,

Controle da inadimplência

A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa.

No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a conseqüente diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta situação, a empresa tem pouco controle sobre o problema.

Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas (tanto as vendas a crédito como as vendas faturadas) do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.

Não se endividar a qualquer custo

Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresas utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano) em termos reais, se tornam incompatível com a rentabilidade normal da empresa que é de 15 % ao ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que hoje não custa menos de 2% ao mês em termos reais, é claramente antieconômico.

O administrador tem consciência da inviabilidade do custo financeiro dos financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar tempo, esperando que uma melhora posterior nas condições de mercado da empresa permita pagar o capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação das vendas acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será impraticável.

Alongar o perfil do endividamento

Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até que a empresa se ajuste financeiramente.

Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa.

Reduzir custos

A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas vendas ou à execução de suas operações.

Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível.

Diante

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