Taxa De Cambio
Artigos Científicos: Taxa De Cambio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SiviaSayeg • 28/10/2013 • 2.783 Palavras (12 Páginas) • 417 Visualizações
1 - Introdução:
Taxa de câmbio representa o valor de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. Pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país, necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. No Brasil, a moeda estrangeira mais negociada é o dólar, fazendo com que a cotação mais utilizada seja a dessa moeda. As cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central.
A elevação da taxa cambial traz ao mercado financeiro e para a economia geral do país, inúmeros efeitos, que não ocorrem com a taxa estabilizada por longo período. Através deste trabalho iremos analisar os prós e os contras dessa elevação.
2 – Histórico:
No século XVIII, a expansão comercial atingiu escalas nunca antes imaginadas. As políticas deste período compartilhavam a crença de que a riqueza de país era estabelecida pelo acúmulo de ouro e prata, defendendo a ideia de que estes se atrairiam através do aumento das exportações e da limitação das importações. Assim o ouro tornou-se padrão de referência para a fixação da taxa de câmbio.
A problemática envolvendo a taxa cambial deu início a partir da ampliação comercial quando a revolução industrial protagonizou em alguns países, grande desenvolvimento econômico e a estabilidade da taxa cambial tornou-se insustentável.
Devido à globalização do comércio e a interdependência dos países, intensificou-se nos dias de hoje o impacto da taxa de câmbio, atingindo a grande totalidade das nações podendo com isso ocasionar uma crise inflacionária ou cambial em países de grande influência no cenário econômico.
3 – Desenvolvimento:
3.1 – Taxa de câmbio:
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro. Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra. Por exemplo, quando um brasileiro decide viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe dele a moeda nacional e lhe entrega o equivalente em moeda estrangeira.
A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação à outra, dividindo-se em taxa de venda e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (ex: a um importador), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (ex: por um exportador).
A taxa de câmbio é basicamente determinada pela “lei da oferta e da procura”. Se a procura é maior que a oferta, o preço do dólar, em reais, sobe. Se a oferta é maior que a procura, consequentemente, o preço cai. São vários os fatores que podem influenciar a oferta/demanda por dólares, daí a dificuldade que os economistas têm em prever o comportamento da taxa de câmbio.
3.2 – Fatores que interferem na taxa de câmbio:
A economia de um país pode ser estimulada ou desestimulada pela taxa de câmbio, o que afetará na economia interna do país, também nas importações, exportações, investimentos, empréstimos e transferências. As variáveis do mercado de câmbio são complexas e constantes, pois dependem de regras internacionais e não somente de um país. A relação de oferta e demanda de moeda estrangeira existente no país é um dos principais fatores que interferem na taxa de câmbio, ou seja, quanto maior a oferta de moeda estrangeira no país, menor será o valor pago por ele (dólar), ou seja, quando aumenta o fluxo de recursos que vem para o Brasil, aumenta a oferta de moeda estrangeira, o que faz com que haja uma valorização da moeda nacional. Já quanto menor a oferta, ou seja, a demanda maior será o valor pago pela moeda estrangeira, ou seja, quando o fluxo de recursos deixa de vir para o Brasil, diminui a oferta de moeda estrangeira o que faz com que haja uma desvalorização da moeda nacional.
Além da relação oferta/demanda, temos outros fatores que interferem na taxa de câmbio. Entre eles destacam-se:
Crescimento no PIB, ou seja, mesmo que o preço da moeda estrangeira não se altere no mercado de câmbio, uma maior demanda poderá acontecer com o crescimento do PIB em função do crescimento real da economia, fazendo com que a população estejam dispostos a comprar mais produtos, inclusive produtos e serviços de outros países, independente do preço do câmbio.
Nível de preços relativos, ou seja, se não há alteração na taxa de câmbio e o nível de preços relativos no Brasil aumentarem e o nível de preços americanos não apresenta modificação significativa, os brasileiros tendem a comprar mais produtos americanos do que produtos brasileiros. Daí a importância do fator inflação na relação da taxa de câmbio. Se a inflação sobe no Brasil deixando os produtos mais caros e a inflação não sobe nos EUA mantendo os preços, não havendo alteração na taxa cambial vai favorecer a compra de produtos importados dos EUA, podendo favorecer com isso um déficit comercial em virtude do aumento das importações e a redução nas exportações.
3.3 – Política Cambial:
Política cambial é o conjunto de ações e orientações ao dispor do Estado destinado a equilibrar o funcionamento da economia através de alterações das taxas de câmbio e do controle das operações cambiais. É constituída pela administração das taxas (ou taxas múltiplas) de câmbio, pelo controle das operações cambiais, tendo como objetivo central o mercado externo, no sentido de manter equalizado o poder de compra do país em relação aos outros com os quais este mantenha relações de troca.
A política cambial do Brasil está diretamente relacionada com as operações de exportação e importação,
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