TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Tcc Da Elisvalda

Artigo: Tcc Da Elisvalda. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/6/2014  •  9.888 Palavras (40 Páginas)  •  621 Visualizações

Página 1 de 40

FATEP - Faculdade Teologia do Estado do Pará

RELAÇÃO FAMILIA E ESCOLA

ELISVALDA MARQUES PIMENTA

Oriximiná - PA

2012

ELISVALDA MARQUES PIMENTA

RELAÇAO ESCOLA E FAMILIA

Trabalho elaborado pela Acadêmica Elisvalda Marques Pimenta, apresentado pela Faculdade Fatep como requisito parcial para obtenção de grau do curso de licenciatura plena em Pedagogia orientada pelo Prof.ª. Luciana Andrade

Oriximiná – Pará

2012

ELISVALDA MARQUES PIMENTA

RELAÇÃO FAMILIA E ESCOLA

ORIENTADORA

_____________________________________________________________________________1º EXAMINADOR

2º EXAMINADOR

DATA______/_________/___________

NOTA FINAL_______(________________________)

AGRADECIMENTO

Oi venho através desde trabalho agradecer todos os dias de minha vida, desde a hora que acordo ate a hora que vou dormir, exercendo as mais diversas funções, desde, mas simples e corriqueiras até as mais elaboradas e que nos exigem mais. Mas, normalmente, o que não damos conta, é que o responsável por todas as funções é o nosso pai Celeste. Sem ele nossa vida não seria possível. Venho também através desde agradecer minha família meus pais João Valdo e Maria Eliz Pimenta e meus irmãos Joao Paulo e Laura, ao meu marido Mauro Jorge Pimentel e meus filhos Elói, Matheus e João Victor Pimentel a eles dedico todos os momentos de Gloria.

“ensinar é marcar um encontro com o outro, acender a mudança de atitudes diante do outro, esse que é alguém especial e demanda do educador uma postura que vai além do saber que ela já traz pronto”. (Prof. Msc. Odnea Quartieri Ferreira Pinheiro)

Este trabalho dedico a todos que me incentivaram com seu apoio, carinho e muitas vezes nos momentos mais difícil dessa caminhada meu principal agradecimento ao nosso Deus que é minha grande fortaleza.

“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; Se é triste ver meninos sem escola, mais triste é vê-los sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem”.

Drummond

SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO......................................................................................................................8

1- FAMÍLIA: INICIO DE TUDO........................................................................................10

1.1ATITUDES QUE AFETAM COMPORTAMENTO.....................................................10

1.2 EDUCAÇÃO FAMILIAR............................................................................................12

2-FAMÍLIA E ESCOLA UMA PROPOSTA DE PARCERIA.........................................13.

2.1. COMO A ESCOLA DEVE AGIR................................................................................13

2.2. COMO A FAMÍLIA DEVE AGIR..............................................................................16.

3 - NOVAS CONFIGURAÇÕES E NOVOS CONCEITOS DE FAMÍLA........................18

4 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ANÁLISE DOS DADOS....................21

4. FAMÍLIA E ESCOLA: SEU PAPEL SOCIAL...............................................................23

4.2 NO BRASIL, A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988) PRECONIZA, EM SEU ARTIGO 277........................................................................................................................23

4.3 A IMPORTANCIA DA PARCERIA FAMILIAE ESCOLA........................................25

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................30

6-REFERENCIAS................................................................................................................32

RESUMO

O presente trabalho tem com objetivo analisar como os problemas familiares podem afetar a aprendizagem e o comportamento dos alunos. Podemos observar que a indisciplina tem a cada dia sido mais comum na sala de aula e com este trabalho busquei analisar o porquê de tudo isso. Na revisão bibliográfica pude constatar que o comportamento do aluno é reflexo do que ela passa dentro do seu ambiente familiar, e que os conflitos que eles presenciam podem influenciar seu convívio na escola. De acordo com a experiência que tenho vivido em relação a este tema, proponho soluções que podem ajudar essas famílias, como educação integral para todos, curso profissionalizantes e condições dignas para que essas famílias possam dar a seus filhos um ambiente saudável, e assim mudar seus comportamentos.

Palavras-chave: Escola – Família – Educação – Comportamentos

INTRODUÇÃO

Na sociedade atual é nítido perceber o quanto ela tem crescido em alguns aspectos que tem prejudicado nossas crianças, como desestrutura familiar, violência, drogas, entre outros. Esses aspectos têm influenciado o comportamento dos alunos, que a cada dia tem apresentado distúrbios de comportamentos, indisciplina, agressividade, déficit de atenção, dificuldades em aprendizado, o que tem dificultado o ato de ensinar dos professores, e a relação entre eles com todo corpo docente. Famílias que tem deixado um legado de falta de amor, drogas, prostituição, violência, abandono, indiferença. Se não agirmos, a história ira se repetir durante gerações. Sempre tive o interesse em analisar os motivos que levam muitas crianças à agir fora do “padrão” esperado pelos professores, e durante a minha graduação pude presenciar nos estágios alguns casos de crianças que estavam sendo prejudicadas pelo problemas e o descaso familiar.

Percebe-se que as características analisadas são fatos bem interessantes, o que mais me constrange como futura pedagoga e como ser humano, é que se nós não agirmos para impedir, essas crianças serão no futuro aquilo que se seus pais são agora. O objetivo deste trabalho é analisar o porquê de determinado comportamentos, identificar o problema que esta afetando seu comportamento e por ultimo, levantar possíveis soluções para solucionar esses problemas sócias que afetam as crianças. Desenvolvi esse trabalho baseado nas experiências que tenho sido levada a presenciar, através da observação, discussão sobre o assunto, presenciando situações de conflito entre a família e a visão escolar, visitando as famílias em seu meio, convivendo com as crianças que na inocência expõem seus problemas familiares. Para a realização desse trabalho, recorri à pesquisa bibliográfica como entrevistas, artigos, livros entre outras fontes. Pesquisei principalmente nas fontes disponíveis na internet pela praticidade de meio. E basearei minhas reflexões a partir de depoimentos, relatos e investigação sobre o tema em um ambiente e escolar. Antes, que a criança, com seu medo, sonhos e conflitos pessoais devem ter valores para fundamentar suas ações. E, é nestes contextos que se percebe a necessidades de a escola proporciona juntamente á família às condições ideais para que a mesma possa resinificar a sua realidade construindo a sua identidade baseada em valores que permitam a sua formação sócia- econômico- politico-cultual voltada para uma sociedade mais justa e fraterna.

A escola é um lugar que complementa a família e ambas fazem com que essa se torne um lugar agradável para a convivência dos filhos e alunos. A escola e a família devem estar sempre unidas, uma depende da outra na tentativa de alcançar um melhor futuro para o filho e educando e, automaticamente, para toda a sociedade. Um ponto que faz a maior diferença nos resultados da educação nas escolas é a proximidade dos pais no esforço diário dos professores. Infelizmente, são poucas as escolas que podem se orgulhar de ter uma aproximação maior dos pais, ou de realizarem algumas ações neste sentido. Entretanto, estas ações concretas, visando atrair os pais para a escola, podem ser ótimas saídas para formar melhor os alunos dentro dos padrões de estudos esperados e no sentido da cidadania.

1 – FAMILIA: INICIO DE TUDO

1.1 Atitudes que afetam comportamentos

Segundo Tiba (1996) a disciplina deve acompanhar o ritmo biológico da criança desde seu nascimento. Oferecer o peito sempre que a criança chora acaba criando um péssimo habito, podendo no futuro se tornar um adulto que diante a um contratempo, vai procurar comida em vez de solucionar seu problema, acarretando problemas de obesidade, e até desenvolver dependência do cigarro, álcool e tudo que promove sensações na boca. Segundo o autor, a melhor disciplina é a regida pela liberdade, porém muitos pais se se perdem nela. “Liberdade é poder material e psicológico, mas só tem valor quando associada à responsabilidade”. É a educação adequada dada pelos pais que capacitará a determinar o que deve ou não ser feito, com quem, quando e onde. Porém muitos pais acham que a melhor maneira de “educar “é falar com voz grossa, paciência curta e mão pesada, mas se esse fosse o método de uma boa educação, estes saberiam como educar os próprios filhos”. Na infância até pode de alguma maneira funcionar, mas quando chegar a adolescência, tal esquema vai à falência. O adolescente começa a reproduzir atitudes familiares, agindo com indisciplina e agressividade dentro de casa e na escola. Diante disso, vale ressaltar um trecho do livro “Pais Brilhantes, Professores Fascinantes”. “Certo dia, descontente com a reação agressiva do seu pai um filho levantou-a voz para ele. O pai sentiu-se desafiado e o espancou-o. Disse-lhe que nunca deveria falar com ele daquele modo. Aos gritos, afirmou que quem mandava naquela casa era ele, que era ele que o sustentava. O pai impôs sua autoridade com violência. “Ganhou o temor do filho, mas perdeu para sempre seu amor.” (CURY, 2003, p.88) Segundo Cury, alguns pais impõem uma autoridade que sufoca lucidez dos filhos, formando pessoas que também reagirão com violência. “Os pais que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas fragilidades.” (CURY, 2003, p.89)

A interferência mais forte ocasionada pela família na escola aparece sob a forma de distúrbios de comportamento, ou seja, alunos com desvio de conduta, excessivamente agressivos ou ironizados, geralmente, se originam de um meio familiar hostil. Para se entender isso basta pensar que ocorrendo uma falha na linha de montagem familiar, o produto criança sai com defeito da linha de produção. Seja um problema leve (distúrbio de conduta) ou uma pesada depressão. (BALLONE, 2003, p.1). Cury (2003, p.96 e 97) diz que um aluno que tem comportamentos agressivos são ecos da agressividade recebida em casa, e toda essa experiência de violência contra si própria e seus familiares produzem zonas de conflitos na memória dessa criança. Outros problemas familiares que se manifestam na escola são arrolados por Jose e Coelho (1999, p. 187):  Separação dos pais - Pode trazer um desajustamento social muito grande para a criança, levando-a a agressividade, angústia, sentimento de abandono nos casos em que ela se sente perdida, dividida e sem saber se continua ou não sendo amada.  Morte - A morte dos pais, de um parente ou de um amigo especial pode acarretar sérias consequências para a criança, dependendo do grau de maturidade e das atitudes da família em relação ao fato. Podem também se manifestar das mais diferentes formas: uma criança torna-se irritada, agressiva, intolerante (exige a satisfação de seus desejos); outra se torna solitária e desinteressada pela vida e outra ainda pode tornar-se demasiadamente eufórica, passando a contar vantagens que não retratam a realidade.  Superproteção (filho único) - A superproteção dos pais e sobretudo da mãe ou dos avós impede a criança de tomar qualquer iniciativa, tornando-a aos poucos completamente passiva, dependente da vontade dos adultos. Além disso, a criança também pode manifestar atitudes “malcriadas” (falta de cortesia, desobediência, uso de palavrões), provenientes do excesso de mimo e liberdade dados em casa. (JOSE e COELHO, 1999, p. 187). Ainda refletindo sobre a conduta de agressividade.

José e Coelhos (199, p. 174) afirmam que:

“o comportamento agressivo é fruto de aprendizagem e a educação dada pelos pais desempenha um papel relevante na formação de uma personalidade mais ou menos agressiva.”

Além disso, grande parte do comportamento agressivo resulta de práticas sociais que o reforçam. Aquele que excede os limites socialmente aprovados pode ser uma manifestação de padrões de reação adquirida numa família, comunidade ou subcultura que encoraja tal comportamento. José e Coelho (1999, p. 174) consideram ainda que os indivíduos superagressivos e antissociais são oriundos de ambientes onde há:  Rejeição dos pais ou parentes;  Excessiva tolerância da agressividade;  Falta de supervisão dos pais ou responsáveis;  Desvios sociais dos pais e parentes;  Discórdias em família;  Tratamento incoerente (ora muito mimo, ora muita punição); Uso de punições físicas dolorosas; Ameaças de punição física. O Código Penal Brasileiro prevê diversos tipos de violência: agressão física ameaça omissão, etc. No caso da família os tipos mais comuns de violência que os pais podem cometer contra os filhos, com fins pretensamente disciplinadores, no exercício de sua função socializadora, ou com outros objetivos, pode tanto ser físicos, quando a coação se processa através de maus-tratos corporais (espancamentos, queimaduras, etc.) ou por negligência e omissão em termos de cuidados básicos (alimentação, vestuário, segurança etc.). (DELMANTO, 1998, p.215-291). Dentre as formas de violência sofrida pelas crianças, talvez umas das mais graves é a violência sexual que segundo Desmanto (1998,p.215-291) acontece quando a coação se exerce tendo em vista obter a participação em práticas eróticas. O abuso sexual é todo ato ou jogo sexual entre a criança/adolescente e um familiar seja ele seu responsável legal ou não, podendo haver contato físico e uso de força física.

Na opinião de Abalone (2002, p. 1) alguns fatores são indicativos de violência doméstica em crianças e adolescentes. Dentre os quais se podem citar:

- Doenças sexualmente transmissíveis;

- Comportamento muito ironizado para a idade cronológica;

- Medo de adultos;

- Distúrbios afetivos e distúrbios de conduta;

- Enurese noturna;

- Aparência descuidada e suja;

- Desnutrição;

- Evasão escolar e dificuldades na aprendizagem.

1.2 Educação Familiar

Em relação à educação da criança Gokhale (1980) diz que a família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem-sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, é e será a influência mais poderosa para desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. Assim, pode-se dizer que as crianças precisam sentir que fazem parte de uma família. Segundo Lançam, a importância da primeira educação é tão grande na formação da pessoa que podemos compará-la ao alicerce da construção de uma casa. Depois, ao longo da sua vida, virão novas experiências que continuarão construir a casa/indivíduo, relativizando o poder da família (LANCAM, 1980 apud BOCK, 1989, p. 143). Para aprender, necessitam-se dois personagens (ensinam-te reaprendem-te) e um vínculo que se estabelece entre ambos. (...) Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar. (FERNÁNDEZ, 1991, p. 47 e 52). O tipo de educação é o primeiro fator familiar que pode interferir na escola, gerando sérios distúrbios comportamentais. A educação familiar adequada é feita com amor, paciência e coerência, pois desenvolvem nos filhos autoconfiança é espontaneidade, que favorecem a disposição para aprender. Entretanto, é frequente encontrar adultos que “ensinam” às crianças exatamente o contrário do que fazem, isto é, são incoerentes: ensinam uma coisa e fazem outra. Em geral, as crianças aprendem o que os adultos fazem e não o que querem ensinar. (PILETTI, 1989, p.151-153) Segundo Fernández (1991, p.100) na família, os hipnotizadores-pais, foram e são por sua vez hipnotizados por seus pais, pela propaganda, etc., “e cumprem as ordens deles quando educam seus filhos para que eduquem seus filhos”... Desse modo, que inclui não se dar conta de que se está cumprindo. “instruções, já que uma das instruções é não pensar que a alguém se ordenou agir assim”. “Se eu o hipnotizo não lhe digo: ‘Ordeno que sinta frio”. Digo que faz frio. “Você imediatamente sente frio”. “É-nos dito que somos um bom menino ou uma Boa menina, e não simplesmente que devemos ser um bom menino ou uma boa menina”

2 – FAMÍLIA E ESCOLA UMA PROPOSTA DE PARCERIA

2:1 Como a escola deve agir

O problema de aprendizagem que constitui um “sintoma” ou uma “inibição” toma forma em um indivíduo afetando a dinâmica de articulação entre os níveis de inteligência, o desejo, o organismo e o corpo, redundando em um aprisionamento da inteligência e da corporeidade por parte da estrutura simbólica inconsciente. Para entender seu significado, devemos descobrir a funcionalidade do sintoma dentro da estrutura familiar e aproximar-nos da historia individual do sujeito da observação de tais níveis operando. Para procurar remissão dessa problemática, devemos apelar a um tratamento psicopedagógico clínico que busque libertar a inteligência e mobilizar a circulação patológica do conhecimento em seu grupo familiar. (Fernández 1991, p. 82) Ainda sobre o autor, há quem coloque que nas escolas dão-se muitos conhecimentos matemáticos, científicos e pouca expressão corporal e plástica, tenta-se juntar a uma mesma modalidade de ensino novas matérias, caindo na mesma armadilha com diferentes aspectos, pois não se modifica o principal: o espaço da aprendizagem. O espaço educativo deve ser um espaço de confiança, de liberdade, de jogo. (1991, p. 60) Segundo Vitor Paro ([s.d.]), a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir comprometido com a melhoria da qualidade escolar eco o desenvolvimento de seu filho como ser humano. Se alguém não se investiu de amor, não poderá dá-lo a outro. Portanto, temos que olhar os pais de uma maneira afetuosa para conseguir que afeto circule. E podemos fazê-lo, já que estamos em um lugar privilegiado. Dar primeiro empurrão no afeto que está estancado. Em geral, há muito mais amor do que os terapeutas acreditam. O amor estará travado, estancado, mas existe, e preciso fazê-lo circular; a criança tem que senti-lo da parte da mãe e do pai, eles de parte de seus filhos. Quando o amor começar a circular, a aprendizagem também começará a circular. (Fernández 1991, p. 230)

Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua visão aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento ou habilidade. Tanto quanto possível, aquilo que aprendido precisa ser significativo para ele. Uma aprendizagem mecânica, que não vai além da simples retenção não tem significado para o aluno. Para ser significativa, é necessário que a aprendizagem envolva raciocínio, análise, imaginação e o relacionamento entre ideias, coisas acontecimentos. (José e Coelho 1995, p.11 e 12) Na escola, o professor deve estar sempre atento ás etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem alçando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Como afirma Rogers, “ele deverá estabelecer com seus alunos uma relação de ajuda, atento paras atitudes de quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado”. É de suma importância, portanto, que o professor conheça processo da aprendizagem e esteja interessado nas crianças como seres humanos em desenvolvimento. Ele precisa saber o que seus alunos são fora da escola como são suas famílias. Quando um educador respeita a dignidade do aluno e trata-o com compreensão e ajuda construtiva, ele desenvolve na criança a capacidade de procurar dentro de si mesma as respostas para os seus problemas, tornando-a responsável e, consequentemente, agente do seu próprio processo de aprendizagem. (José e Coelho 1995, p. 12 e 13). À medida que a criança cresce seu autoconceito e o conhecimento que ela tem de si mesma vão se estabelecendo. A maneira pela qual ela se vê, o jeito pelo qual ela se sente, irá influir muito em tudo que ela faz e, basicamente, em sua capacidade de aprendizagem. Se ela não tiver fé em si mesma, julgar-se inferior aos outros, não terá motivação para aprender. Não conseguirá interessar-se por nada, achando de antemão que irá fracassar. Com medo do fracasso, a criança nem tenta um novo comportamento; ou então toma atitudes inadequadas, num esforço de mostrar aos outros que é alguém. (José e Coelho 1995, p. 15) Ainda sobre José e Coelho, eles afirmam que a atitude do professor para com os alunos pode influenciar de maneira decisiva a construção da autoimagem deles, de sua maneira de ver a si mesmos. Seu método de ensinar, suas atitudes, o jeito de se relacionar com cada aluno, e até mesmo a frequência com quer ela fala com cada um, o interesse e o carinho que demonstra até sem querer, estariam influenciando todo o desenvolvimento afetivo das crianças. Desenvolvimento do autoconceito positivo das crianças deve ser uma preocupação central do professor. Só se tiver uma autoimagem positiva a criança terá necessária motivação para aprender e poderá ir adquirindo um comportamento independente. Essa é a melhor forma de prepara o aluno para sair-se bem nas situações novas com que se defronta. Para que a criança se desenvolva bem ela precisa de um ambiente afetivamente equilibrado, onde ela receba amor autêntico e onde lhe permitam satisfazer as necessidades próprias do seu estado infantil. De acordo com Mielina, “a situação problemática abrange especialmente o relacionamento difícil com o meio e as pessoas”. Na criança, ela se manifesta em dificuldades emocionais, super-sensibilidade, sentimento de rejeição, sensação de pânico em determinadas circunstâncias, ansiedade, regressão ou infantilização. Quando essas reações apresentam agravamento, deve-se considerar o quadro como tendendo a anormal ou patológico. Nesse caso, a criança passa apresentar atitudes destrutivas de maneira compulsiva, medo excessivo de tudo, extrema agitação, desintegração ou mesmo ausência de relacionamento pessoal. O comportamento anormal ou patológico pode ter origem na própria criança (fator genético) ou no ambiente (fator social). Para caracteriza-lo devem ser considerados os seguintes fatores:

● idade;

●constituição física;

●desenvolvimento (período em que a criança se encontra);

●ambiente cultural;

●conduta e personalidade dos pais e irmãos;

●tensões e traumas da vida cotidiana aos qual a criança fica exposta;

●tendências internas e defesas psíquicas do ego infantil;

●influência de pressões externas e internas;

●meios de adaptação a essas pressões;

●processos envolvidos na maturação da personalidade infantil.

Quando o professor detecta alguma anormalidade após a verificação de todos esses fatores, é necessário, ainda que ele faça análise a respeito da permanência das características apresentadas. Vale ressaltar ainda que o professor pode ajudar o aluno a superar alguns momentos difíceis, como o da entrada na escola, do nascimento de irmãos, da superação ou morte dos pais e do início da adolescência. (José e Coelho 1995, p.21e 22)

2.2. Como a família deve agir

Em seu livro “Problemas de Aprendizagem”, José e Coelho (1995, p.12), diz que é a família quem primeiro proporciona experiências educacionais a criança, no sentido de orienta-la e dirigi-la. Tais experiências resume-se num treino que, algumas vezes, acontece sem que os pais tenham consciência de que estão tentando influir sobre o comportamento dos filhos.

Como afirma Lindarem (1977),

“este tipo de aprendizagem e ensinem diferentes níveis de consciência dá-se durante todo o tempo, dentro ou fora escola. Os pais e os professores estão sempre ensinados simultaneamente em diferentes níveis de consciência, e as crianças estão sempre aprendendo em diferentes níveis. as coisas ensinadas ou aprendidas conscientemente podem ou não ser importantes e podem ou não fixar-se”. Ainda segundo esse autor, “o que é ensinado e aprendido inconscientemente tem mais probabilidade de permanecer”.

Segundo José e Coelho (1995, p. 12) na família ocorrem o mesmo. A criança retém definitivamente os sentimentos que seus pais têm em relação a ela à vida em geral. Esses sentimentos serão a base para o conceito que ela formará de si própria (autoconceito) e do mundo. Uma criança que é desprezada aprende a desprezar-se; uma criança que é amada e aceita tenderá desenvolver atitudes positivas para a formação do seu autoconceito. Alice Fernández em seu livro “A inteligência Aprisionada” (1991, p.99) cita David Cooper que assinala que o tipo de organização familiar atual torna seus membros anônimos. Lancam disse que do sujeito definido exclusivamente pela família, fica somente o nome escrito sobre uma lápide. Manzoni afirma que “os pais inconscientemente deixam a seu filho a carga de refazer sua história, mas refazê-la de tal maneira que nada deveria mudar, apesar de tudo”. O paradoxo em que a criança está presa produz logo efeitos violentos; com efeito, raramente há oportunidade de que a criança se realize mexeu próprio nome “As maneiras de os pais criarem seus filhos têm enormes influencias sobre seu desenvolvimento e sobre o tipo de pessoa em que se transformarão”. Os pais devem, através de seu próprio comportamento e dos valores nos quais se baseiam apontar uma direção para seus filhos. Mas é preciso que se livrem da ideia de que existem métodos infalíveis que, quando bem aplicados, produzirão certos resultados previsíveis. O que quer que seja que façamos por nossos filhos deve fluir da compreensão que temos deles e da nossa percepção da situação especifica e da relação que desejamos que existamos entre nossos filhos e nós. Seguir indicações ou instruções nos impede de nos sentirmos criativos em relação ao que estamos fazendo. Isto, do ponto de vista da experiência humana, significa uma perda muito maior do que o que ganhamos quando instruções precisas facilitam nosso trabalho de montar coisas; assim, mesmo quando tudo que estamos fazendo é montar um objeto, o sentimento com que nos dedicamos a nossa tarefa faz uma diferença enorme na satisfação que podemos ter com isso. É difícil sentirmo-nos realmente bem conosco mesmos e nosso filho, quando utilizamos em nossas interações conselhos dados por alguém de fora. Isso priva a interação da espontaneidade que gera experiências significativas do ponto de vista humano e, consequentemente, verdadeiramente satisfatórias. (BETTELHEIM, 1988, P. 13-15) Retelhei (1988, p.31 e 32) diz que a crença de que pode haver regras para lidar com nossos filhos é incompatível com a atitude de compreensão empática, que só pode decorrer de nossas próprias experiências, tão únicas para nós quanto as de nosso filho para ele. Confiar em regras nos poupa trabalho de ter que refletir sobre cada situação problemática e nos sentimos responsáveis por sua solução satisfatória. Além disso, à medida que todas as regras se baseiam em generalização, elas desconsideram o que individual Fazendo-nos, portanto, passar por cima do que é único em nosso filho em nossa relação com ele. Uma vez formuladas e mais ou menos obedecidas ela criança, elas roubam ao pai e ao filho o real prazer que ambos experimentam quando o filho espontaneamente se oferece para executar determinada tarefa porque deseja nos ser útil, ou apenas nos mostrar, por meio da retribuição, o quanto aprecia o que fazemos por ele. Regras entre pai e filho, não importa sua procedência, objetivam mecanizam o que deveria ser a mais pessoal, a mais essencialmente humana, ama espontânea das relações – aquela que nos pode proporcionar novos prazeres a cada dia.

Piloti (1989, p. 279) diz que:

“Os pais que se amam tendem a amar também os filhos. Estes se sentem confiantes, seguros, amantes da vida. Amar não significa da liberdade absoluta. Existem limites para a ação individual, limites estabelecidos pelas ações dos outros. Isto é: eu sou livre, mas o outro também é livre; se vivemos juntos, devemos estabelecer conjuntamente as regras da nossa convivência”.

Qualquer gesto, palavra ou ação positiva de qualquer membro da família pode motivá-la, porém, qualquer palavra ou ação que tenha uma conotação negativa pode gerar um bloqueio no aprendizado. É claro que, como qualquer ser humano, ele precisa de limites, e que não pode fazer tudo que quiser, porém os limites devem ser dados de maneira clara, sem o uso de palavras rudes, que agridam ou desqualifiquem-no.

3-Novas configurações e novos conceitos de família

3.1 Falar de família nos nossos dias é muito complexo, pois não encontramos mais aquele modelo de família onde existi o pai que mantém a casa, e a mãe que cuida dos filhos, o que podemos notar hoje são diversas configurações de famílias. Não podemos tratar das configurações familiares, relacionando a uma ideia única e correta, visto que são vários os conceitos que lhe são atribuídos. Com o passar dos anos esses arranjos familiares passaram por mudanças, atualmente vem perdendo o sentido de que família é aquela que é constituída unicamente por casamento formal. Elas variam em diversas formas, entre uniões de casais heterossexuais (casais de pessoas do sexo oposto) e homossexuais (casais de pessoas do mesmo sexo) mesmo não sendo reconhecido por lei.

Convivemos com famílias das mais variadas composições:

Famílias em processo de separação;

Famílias monoparentais (compostas por mãe e filhos/as ou pai e filhos/as); famílias extensas (compostas pelo casal, familiares distantes e agregados); famílias constituídas por casal homossexual (homem-homem; mulher-mulher);

Famílias constituídas com filhas e filhos adotivos/as;

Famílias constituídas por mães e pais separados/as, que trazem para a nova relação filhas e filhos de outros casamentos quando há filhos/as desta relação, produz-se a presença do meio-irmão/;

As famílias constituídas mediante novas técnicas de reprodução (que tornam tecnicamente possível a criança ter um total de cinco pais – três tipos de mãe a genética, a gestacional e a de criação e dois pais o da genética e o de criação; família intacta que não sofreu separação). (Xavier p 21)

Segundo os estudos dos arranjos domiciliares no Brasil mostram que as duas constituições que mais crescem são as caracterizadas por “famílias sem casais”, em que mulheres ou homens são as pessoas de referência (famílias chamadas de monoparentais) e as unidades unipessoais (pessoa morando só). A família constituída como modelo, nos últimos anos, foi denominada “nuclear burguesa”. Segundo Almeida, (1987), a família nuclear burguesa refere-se á família intimista, agindo e circulando no espaço delimitado do privado, que se opõe ao espaço do público destinado a produção.

A família intimista, fechada para si, reduzida ao pai, mãe e alguns filhos que vivem sós, sem criados, agregados e parentes na casa, eis o modelo de modernidade no limiar do século XIX. A mulher “rainha do lar”, mãe por instinto abnegada e vivendo em osmose com os bebês, sendo ela o canal da relação entre eles e o pai, que só e fará presente para exercer a autoridade. (ALMEIDA, 1987, p.61).

Percebe-se que esta família intimista, citada por Almeida, está presente nos dias atuais apesar de inúmeras transformações nos arranjos familiares, ainda é possível existir essa postura marxista dos pais de não se envolver nas funções domesticas e com os cuidados de seus filhos.

Como se pode observar são vários os prismas que abordam essas questões familiares. Apesar de esses arranjos familiares terem caráter polissêmico, a família é vista como espaço de socialização da criança, como espaço de cuidado e proteção. O Que podemos notar na sociedade é um modelo predominante de família, onde expressam a família ideal como àquele que é composta por um pai uma mãe e apenas dois filhos, transmitindo a ideia de que aquele modelo é correto e os outros modelos passam a ser chamado de família desestruturada ou anormal.

Diante disso procuramos fazer um paralelo entre essas questões familiares na contemporaneidade, relacionando com o papel dos educadores nas instituições de educação infantil. Sabemos que não é tarefa fácil principalmente por parte dos educadores de lhe dar com esses conflitos na qual a criança convive, pois a mesma ao presenciar isso dentro de casa influenciará de forma negativa no seu processo de ensino e aprendizagem. Lembrando que, isso se torna um desafio quando a escola e seus profissionais buscam conhecer a realidade da criança, pois é a partir dessa investigação, desse comprometimento que possibilitará a tomada de decisões em busca de minimizar esses problemas. Por outro lado em muita às vezes isso não é possível, pois é muito mais fácil fazer de conta que está tudo bem, fechar os olhos para os comportamentos estranhos apresentados pela criança, sem se preocupar em refletir sua pratica.

4 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Historia de uma vida Real

“Nós últimos três anos tenho vivido a experiência de poder conhecer a realidade de uma sala de aula”. Descobri uma realidade triste, que a maioria acha que não tem esperança de haver alguma solução. Convivo com crianças que são afetadas pela maneira que são criadas, ou não. Crianças que vivem em um ambiente de conflitos, violência, drogas, prostituição e miséria. Podemos analisar o quanto é diferente os comportamentos de crianças que vivem nessas situações. Na maioria das vezes são agressivas, desobedecem a regras, comportamentos eróticos precoces usam de palavras de baixo calão entre os tipos de comportamentos. Fazendo parte de um projeto, pude ter a oportunidade de, juntamente com uma psicopedagoga, visitar a casa de alguns alunos que vivem em uma periferia. A cada casa de eu entrava, era visível o porquê do comportamento deles. Casas que muitas das vezes estava em condições desumanas. Pais ausentes, analfabetos, drogados, traficantes ou presos. Cada comportamento “inadequado” é consequência de alguma atitude de seus pais, porque eu tenho observado isso em meu ambiente de trabalho. Muitas crianças não têm limites, ou respeito pelas pessoas, pois são marcadas pelo abandono e são criadas por outras pessoas; outras que tem atitudes exageradamente iotizada, pois em sua casa dormem todos em um mesmo quarto, sendo normal presenciar relações sexuais; algumas são estupradas por parentes, vizinhos e até irmãos, pois não tem quem possam guarda-las; crianças que suas brincadeiras são agressivas refletindo atitudes de violência em sua casa; crianças que são obrigadas a conviver com esses comportamentos, e inconscientemente aprendem e reproduzem. É muito comum presenciar em brigas entre alunos, trocas de ameaças, falando que ira chamar o irmão para matar, dar um tiro na cabeça. Eles acham que tudo tem uma solução se eles tiverem em sua família alguém que tenha uma arma. É difícil achar alguma criança que não tenha algum desses problemas em casa, pois por mais educada que ela Apresente, conhecendo sua realidade podemos perceber algum problema familiar que pode afetar suas vidas. Tenho presenciado varias situações que os problemas familiares são diretamente confrontados na escola. Presenciei uma conversa da diretora da escola onde trabalho e uma mãe. A diretora chamou a mãe, pois o aluno havia roubado uma professora e que seu comportamento era muito agressivo com todos. Fiquei surpresa quando a mãe começou a falar, ela dizia que não podia fazer nada relação ao comportamento de seu filho, pois ele estava fazendo aquilo que elevai seu pai fazer, e que sua agressividade era porque o menino presenciava o pai bater nela frequentemente. Este não foi a primeira vez que a diretora chamou a mãe para conversar, na vez anterior o menino confidenciou a uma professora que era estuprada por um vizinho a mais de um ano. Fiquei sem reação diante disso, pois a mãe havia desistido de tomar uma providencia em relação a sua realidade, parecia que estava com as mãos-atadas, parecia ter se conformado em ver em seu filho crescer com o mesmo “legado” do pai. Muitas das vezes ensinamos valores aos alunos, mas sem nenhum sucesso, pois não é a realidade que eles vivem, e a escola sozinha não poderá ensinar o caminho certo se a própria família não sabe educar. Às vezes a criança até recebe algum tipo de valores em casa, mais pela necessidade, os pais trabalham muito e não tem um momento de qualidade com seus filhos, que na maioria das vezes ficam em casa sozinha ou nas ruas. Os pais só percebem que foram ausentes quando seus filhos se mostram violentos e começam a se envolver com drogas, por exemplo. Algumas crianças não recebem nenhum tipo de educação em casa, pois na maioria das vezes seus pais são ausentes assim não lhes põe limites. Mas existem crianças que recebem de alguma forma uma educação, seus pais são preocupados com seu comportamento, com seu desempenho escolar, mas acaba faltando o amor que lhes são necessários, acredito que todo comportamento. Agressivo ou inadequado no modo geral é o reflexo que essa criança precisa desatenção, de carinho. Todo o estágio que realizei em escolas de periferia pôde perceber que o que eles mais querem receber é o carinho de alguém, seja ele quem for.”

Muito autor tem falado da importância da união da escola com família para poder formar um cidadão pleno em todas as suas facetas, e que os maus comportamentos deles é o reflexo de que algo não está bom com a criança. E na realidade é exatamente isso que temos percebido. É triste de olhar essas crianças e pensar que muitos deles terão mesma realidade de seus pais. Aquelas crianças que são filhas de mães solteiras, muitas serão mães na adolescência também, filhos de pais violentos serão maridos que batem em suas esposas. É uma herança que essas famílias têm deixado para seus filhos, uma herança que consiste em droga, prostituição, violência, miséria entre outras coisas. A escola nessa realidade tem mais responsabilidades, pois acaba sobre seus ombros o dever de assegurar que essas crianças tenham seus diretos cumpridos, tenham o amor que lhes faltam e a esperança que suas vidas podem ser diferentes. Que se eles realmente acreditarem em seu potencial, e se esforçarem poderão ser tudo aquilo que eles quiserem.

4.1 Família-Escola: Seu papel social

A família independente de como ela se encontra estruturada, também pode ser vista como um espaço indispensável e responsável em garantir a criança e seus membros um ambiente protetor, possibilitando a elas princípios e valores necessários para a sua formação. Desse modo não depende de quem são esses componentes que constituem essa família, mas se estes possuem capital psicológico, isto é, capacidade de interagir, proteger, orientar seres em situação peculiar de desenvolvimento possibilitando estas se interagir na sociedade.

Quando nos referimos a família não estamos aqui tratando de quem são os personagens que formam essa família, mais se estes possuem realmente os princípios e valores que possa garantir à criança uma boa formação e, além disso, que possa lhe garantir um ambiente seguro, protetor e confortável.

A criança depende inteiramente da família para a sua sobrevivência na sociedade. Dessa forma não podemos considerar que toda a representação de família possa garantir a criança esses cuidados necessários para a sua convivência social como, por exemplo, um lar, saúde, lazer e educação que é o direito que toda criança tem assegurado.

4.2 No Brasil, a Constituição Federal (1988) preconiza, em seu Art. 277, que:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Pois não depende se esta família na qual a criança convive é constituída por pais biológicos ou não, irmãos, tios ou outro parente, mais de que maneira essa criança é tratada e acolhida nesse lar.

Portanto a família torna-se essencial no desenvolvimento da criança, pois é através desta convivência que a criança herda princípios e valores, preparando-se para interagir na sociedade. Para Damasceno, Terto e Silva, (2003) A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do individuo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influencias cultura. Silva (2008) destaca que a família funciona como um suporte que toda Criança precisa. É o sustentáculo que vai ajudar a criança a desenvolver o conhecimento ajustado de si mesma e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

Sendo assim, o ambiente familiar por ser o primeiro contato social da criança, torna-se essencial na formação de princípios e valores da mesma, porém se essa base familiar não possuir esses valores éticos e morais afetará diretamente nas suas relações sociais.

Diante tudo isso, percebemos o quanto é fundamental para a criança, conviver em um ambiente familiar bem estruturado, que possa realmente lhe garantir a proteção e os valores necessários para a sua formação. Vale ressaltar que além da família, há outras instituições sociais que em sua parceria exerce um papel de suma importância para a formação da criança, a escola.

A escola e a família compartilham funções sociais, politicas, e educacionais, na medida em que contribuem e influenciam a formação do cidadão. (Rego, 2003). Ambas são responsáveis pela transmissão e construção do conhecimento culturalmente organizado, modificando as formas de funcionamento psicológico, de acordo com as expectativas de cada ambiente.

Entendemos que o ambiente no qual a criança se desenvolve nesse caso o seu lar, representa para a criança o primeiro contato com a vida e por isso a participação dos pais deve ser de maneira constante e permanente para assim poder construir o caráter dos filhos e por mais que o lar passe por transformações, ele ainda continuará sendo para a criança a principal fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da mesma.

Segundo Cunha (2002), às pré-escolas foram atribuídas as funções educativas, organizadas em instituições de caráter escolar, com funcionamento em turno parcial, regidas por professores. A concretização de objetivos comuns, tanto para as creches como para as pré-escolas, terá ainda longo caminho a ser percorrido, pois a creche busca aspectos relativos aos cuidados básicos da criança, como higiene, alimentação e sono, enquanto a pré-escola se preocupa em elaborar propostas pedagógicas educativas e articuladas aos cuidados básicos, que devem ser realizados por profissionais de educação, ou seja, professores.

Segundo Novaes, a escola é um lugar onde se cria conhecimento, onde existe o envolvimento com um grande número de pessoas com características diferenciadas. È nesse espaço físico, social e cultural que a criança se desenvolve globalmente, mediante atividades diversas realizadas dentro do contexto escolar. A escola possui um contexto diverso de desenvolvimento que abrange vários conhecimentos e aprendizados, estabelecendo assim regras e valores, gerando desafios em conviver com as diferenças sociais, culturais e raciais.

É justamente por existir essa diversidade cultural que a criança a cada dia, vai ganhando mais e mais conhecimento, trocando experiências e principalmente aprendendo a conviver desde cedo com as diferenças, respeitando assim as especificidades de cada um. E também, é dentro deste espaço que o ela aos poucos vai compreendendo que é necessário seguir algumas regras que são estabelecidas durante a realização das atividades, mantendo assim a organização do grupo.

4.3 A importância da parceria Família- Escola

Notamos o quanto é importante para a formação da criança, que a escola (creches ou pré-escolas) mantenha sempre uma relação amigável e comunicativa com os pais, fazendo com que esta se sinta mais confiante e segura nas suas ações, além de propiciar um ambiente escolar favorável a todos os pequenos que estão inseridos nesse contexto, é nessa fase que os pequenos conhecem e aprender. Historicamente as escolas e creches surgiram pela necessidade das famílias de se ausentarem dos seus lares com o advento da modernidade, ambas possuem a função de cuidar e educar as crianças. Na verdade a escola passou a ter essa responsabilidade devido à ausência da família no comprimento de tal tarefa, porém os cuidados oferecidos pela escola eram diferenciados daqueles oferecidos pela família.

A discussão sobre a relação família e escola não é recente há décadas que se vem refletindo sobre como envolver a família, promover a corresponsabilidade e torná-la parte do processo educativo dos seus filhos. Sem duvida essa tarefa não tem sido fácil, pois se busca essa aproximação sem que os pais responsabilizem a escola e a escola por sua vez a família.

Muitas crianças passam a maior parte do dia nas creches e pré escola isso faz com que os profissionais que lidam com elas sejam responsáveis com o trabalho a ser desenvolvido. Mas sobre tudo é necessário chamar os pais a escola, fazendo com que eduquem seus filhos com maior segurança e sintam suas responsabilidades divididas. Com relação á participação dos pais na instituição educacional das crianças pequenas não ocorre frequentemente quando comparecem, são nos momentos de festas e comemorações, já quando o assunto esta relacionado às questões pedagógicas do filho não se fazem presentes. Embora muitos acreditem que a educação infantil constitui uma função importante no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, outros, porém acreditam que a educação infantil serve apenas para passar o tempo da criança enquanto trabalham.

Os projetos educacionais elaborados nestas instituições são baseados no Referencial Curricular Nacional para a educação infantil que tem como um dos objetivos gerais a formação pessoal e social da criança, bem como sua identidade e autonomia, e isso contribui ainda mais para as concepções dos pais de que a educação infantil, não é apenas um espaço que acolhe e cuida da criança enquanto a mãe trabalha. Por mais que este espaço seja valorizado ainda sim, essa valorização esta direcionada ao desempenho escolar dos seus filhos, ou seja, grande parte dos pais espera que os educadores trabalhem em prol de alfabetizar já desde a educação infantil. Por isso a necessidade desses profissionais nessa modalidade de ensino, de cada vez mais chamar a atenção da comunidade em geral para a importância do trabalho pedagógico de contribuir para o desenvolvimento global da criança nessa etapa.

Em resumo, o que se espera de uma instituição de educação infantil é que, através das brincadeiras e situações do cotidiano, estimule o desenvolvimento geral do aluno: dos cinco sentidos, do raciocínio lógico, da capacidade de comunicação e de socialização com os colegas e adultos. É a fase certa para incentivar autoconfiança e criatividade, e passar uma noção de limites e respeito ao próximo. É a hora de ensinar-lhe a ajudar, cooperar e participar de um grupo. É o momento adequado para que aprenda a respeitar o meio-ambiente, através de regras bem simples como não maltratar animais, ou sempre jogar papéis usados na cesta de lixo. (relação família e escola)

O objetivo prioritário da colaboração entre professores e pais é o de ajudar a desenvolver todas as capacidades das crianças. É preciso buscar meios nos quais possam envolver os pais e educadores, que permitam incentivar ao máximo essas capacidades na criança. Particularmente na etapa da educação infantil, é importante uma boa comunicação entre a escola e a família para facilitar a adaptação das crianças aos novos contextos e, em consequência, às novas demandas, exigências e possíveis dificuldades. A comunicação entre as famílias e a escola normalmente é estabelecida através das entrevistas pessoais, os informes, as reuniões das turmas de cada ciclo, os escritos informativos, a celebração de atividades e de festas conjuntas e a colaboração nas tarefas educativas.

A creche é um dos contextos onde acontece o desenvolvimento da criança, logo se torna de grande importância o envolvimento com a família, visto que essa primeira fase da vida refletira em toda sua historia, é necessário que haja uma parceria entre família e educadores, compartilhando o processo de cuidar e educar a criança em sua etapa de vida contribuindo para o seu desenvolvimento saudável. Segundo Preuss (1986), trabalhos realizados em relação à decisão das mães que trabalham, em deixar seus filhos com babás ou na creche, revelaram vários receios exteriorizados pela mãe em relação à creche, como os seguintes: medo de separar a criança do convívio da família, privando-a de cuidados individualizados; receio de a criança contrair doenças no contato com outras crianças; temor de que o seu filho se afeiçoe mais à educadora do que à própria mãe. Porém entendemos que a criança não esta isenta dessas questões estando sobre cuidados da babá. Mas a ligação que existe entre a mãe e a babá faz com que ela se sinta mais despreocupada e segura em deixar seu filho sobre o esse cuidado. Vale ressaltar aqui a importância da parceria entre família e escola, pois através do bom relacionamento entre ambas as inquietações e angustias das mães podem minimizar visto que na medida em que a mãe conhece a escola do seu filho, suas rotinas, objetivos, estrutura físicas e funcionais, sentem se mais seguras pela instituição.

Para se estabelecer uma parceria entre escola e família é preciso haver um preparo tanto dos profissionais como também das famílias, iniciando uma Inter-relação no cotidiano das partes, onde o dialogo seja bastante valorizado, visando a construção de uma relação continua, pois durante essa relação ocorre alguns conflitos devido a mãe se sentir insegura em perceber que o educador participa mais intensamente das conquistas realizadas por seu filho como os primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro dentinho, gerando sentimentos negativos como raiva , ciúmes e medo de que seu filho se afeiçoe mais a educadora do que a mãe, gerando conflito interior e sentimento de culpa. Outro ponto negativo que gera insegurança por parte da família é achar que o educador cuida melhor de outra criança do que de seu filho, e a mãe passa a agir de forma negativa com o educador.

São fundamental que o educador tenha uma postura profissional junto os pais, e que estes por sua vez assumam seu papel nessa parceria com responsabilidade, mantendo um relacionamento estreito com a escola de educação infantil.

É importante que haja uma harmonia entre família e educando, que estejam interligados, visando beneficiar o trabalho a ser realizado, para que as crianças tenham um bom desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e intelectual. Isso é de suma importância devido a ser nessa fase que se inicia a socialização da criança com o mundo objetivo de uma sociedade, isso exige que haja mediadores entre o mundo físico, social e a criança, pessoas que irão prepará-las e educá-las para viver em sociedade Atualmente o processo de socialização nas creches e pré-escolas encontram-se mais complicado, uma vez que a criança é colocada em instituições como berçários e creches na idade em que gerações anteriores permaneciam em casa. Por isso a creche não pode excluir a família do processo de educação da criança, pois é a família que faz a primeira inserção da criança n o mundo social e objetivo, promovendo a aprendizagem da linguagem, de hábitos, costumes, valores, padrões de comportamento e atitudes, ou seja, é a família que promove a formação das estruturas básicas da personalidade e identidade. Portanto, quanto maior a continuidade deste processo no decorrer da socialização secundária, maior será a facilidade que a criança terá para aprender novos conteúdos, novas atitudes e, principalmente, novas maneiras de aprender a aprender. Isto demonstra a importância da interação harmônica que deve existir entre creche e família, objeto de deste estudo. (CRISTINA 2004, p 27)

De 0 aos 6 anos, a faixa atendida pelas escolas de educação infantil, a tarefa dos professores esta relacionada aos cuidados que a criança exige. Nos primeiros anos de sua vida a criança aprende através de vínculos afetivos e emocionais, que cria pelas pessoas que esta ao seu redor, isso gera na criança uma segurança. Essas condições são importantes para ajudar a criança no mundo do conhecimento, da cultura e regras.

No entanto a junção e a responsabilidade da família e da escola na formação do caráter e na educação das crianças se completam. Pois a participação da família na educação escolar deve ser constante, já que só através dessa conscientização é que a criança realmente recebera a base que necessita para o seu desenvolvimento. Deste modo os pais e educadores não podem perder de vista que, necessariamente é a família que constrói toda a base estrutural da criança, não se esquecendo de que a escola representa pontos de apoio e sustentação para que marque a sua existência.

Como destaca vários autores a família é o suporte que vai ajudar a criança a desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança para agir co-perseverança na busca de conhecimentos e no exercício da cidadania.

No entanto não é só através da família que a criança tem a oportunidade de receber todas essas experiências, na escola e em outros contextos ela também tende a adquirir experiências para ampliar seu repertorio como sujeito de si próprio.

Através da creche ou pré-escola a criança tem o seu primeiro contato escolar, sendo a fase mais importante do desenvolvimento cognitivo, pois é nela que a criança começa se desenvolver. E nesta fase que ela aprende desde pequenas a conviver e se relacionar com as diferenças, por meio de brincadeiras, atividades lúdicas, materiais didáticos, sendo significativa a participação dos pais no acompanhamento dessas atividades.

[...] educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, de respeito e de confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23).

Dessa forma o que se espera desses espaços é que os professores utilizem na sua metodologia atividades que despertem na criança a curiosidade e criatividade estimulando o desenvolvimento geral do aluno, trazendo as vivencias de seu cotidiano. Pois é na fase entre 0 a 6 anos que a autoconfiança precisa ser incentivada, levando a compreender as regras e limites que lhe são impostas pelos adultos e principalmente o respeito ao próximo.

Além disso, à ausência dos pais na escola durante reuniões, comemorações e eventos, acaba desestimulando a criança, levando-a perder o interesse em participar desses acontecimentos, a mesma passa a perceber também que o espaço no qual ela convive boa parte de seu tempo aprendendo coisas novas, não tem importância e nem significado para seus pais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acredito que este problema levantado neste trabalho vai muito além do que pensamos e a solução dele não depende apenas da escola e da família. Esses problemas familiares são reflexos da falta de condições que essas famílias enfrentam, como desemprego, moradia precária, falta de segurança, falta de oportunidades para seus filhos entre outros. Muitos jovens entram na marginalidade pois não veem oportunidades de aprender um ofício, ou até mesmo pela discriminação na hora de pedir emprego para alguém. Essas famílias acabam em periferias pois não têm condições para comprar uma casa, e tendo que trabalhar muito, acabam não tendo tempo para educar seus filhos. Essas crianças acabam ficando a mercê do mundo, fazendo aquilo que querem, pois não tem seus pais próximos para supervisioná-los. Creio que para mudar essa realidade o governo, a escola e a família devem trabalhar juntos para que essas crianças tenham um futuro melhor. Uma ideia que poderá ajudar é a educação em período integral em todas as escolas, podendo o aluno estudar e aprender uma profissão no outro turno, evitando que as crianças fiquem nas ruas se envolvendo com a marginalidade. Posteriormente junto com o órgão responsável, criar projetos para que esses alunos continuem tendo cursos profissionalizantes e oportunidade de emprego depois da conclusão do mesmo. Implantar nas escolas projetos com palestras para os pais sobre planejamento familiar, criação de filhos, entre outros assuntos de seus interesses com uma psicopedagoga e o corpo docente da escola podendo ajudar a esclarecer algumas dúvidas em relação a educação de seus filhos. Assim a família criará um vínculo com a escola que juntos poderão ter novas soluções para determinados problemas pertinentes ao aluno. Para que essas crianças possam se desenvolver plenamente, devemos pensar onde elas estão vivendo, ao seja, em suas moradias. Não há como uma criança aprender se o ambiente que ela se encontra não for no mínimo seguro, sem ter que se preocupar se a casa vai cair com uma tempestade. O governo junto com o órgão responsável devem proporcionar condições a essas famílias de ter uma boa moradia ou de regularizar a que já possui. Acredito que se essas famílias tiverem todos seus direito atendidos plenamente, moradia digna, bom emprego, profissionalização de seus filhos, muitos problemas poderão ser evitados. Se disponibilizarmos as condições necessárias a essas famílias, muitas delas não optarão em viver na marginalidade. Devemos dar oportunidade para que haja mudança À escola não pode ver a criança apenas como aluno, a criança devesse compreendida no todo que ela é. E mesmo que sua realidade seja cruel, nosso dever com educadores é de proporcionar à elas a opção de querer mudar seu meio através da educação. Muitas famílias desistem de educar seus filhos, nós, porém, jamais devemos desistir de um aluno, pois essas crianças poderão ter seus futuros mudados se perceberem que acreditamos em suas capacidades. Nós educadores devemos educar com amor e a esperança de que todos os alunos podem chegar muito além do que eles podem imaginar que eles sempre serão capazes de mudar seu meio e se tornar um cidadão crítico e realizado em todas as áreas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

GOKHALE, S. D. A família desaparecerá? In: Revista Debates Sociais. Nº 30, Ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.

PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. [s.l.]: Xamã. 126 p.TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996.

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro, 2003.

FERNANDÉZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas. 1991.

BALLONE, G.J.; Transtornos de Conduta. In. Psiqweb, Internet, disponível emhttp://sites.uol.com.br/gballone/infantil/depinfantil.html

PILETTI, N. Psicologia educacional. São Paulo, Ática, 1989.

JOSÉ, E. A; COELHO, M.T. Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Ática. 1995.

DELMANTO, R. Código Penal Comentado. 4ª edição. São Paulo: Renovar, 1998.

BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho. Rio de Janeiro: Campus 1988

MIELNIK, Isaac. O comportamento infantil; técnicas e métodos para entender crianças. São Paulo, Ibrasa 1982

LINDGREN, Henry Clay. Psicologia na sala de aula; o aluno e o processo de aprendizagem. Rio de Janeiro 1987.

...

Baixar como  txt (61.9 Kb)  
Continuar por mais 39 páginas »