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Por:   •  23/2/2014  •  7.801 Palavras (32 Páginas)  •  1.044 Visualizações

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O que os artigos científicos estão apontando sobre a relação entre avaliação formativa e o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP?

Maura Cristina Martinez

Orientador – Caio Alves

Redefor

Novembro/2011

Ficha catalográfica (será disponibilizado o modelo na plataforma).

Resumo

As leis do país sobre educação e as propostas curriculares atuais preocupam-se em indicar uma avaliação contínua, formativa e individualizada, tornando-a mais um elemento do processo educativo e não o fim dele. Muitas instituições escolares, tem buscado a melhoria na qualidade da avaliação, mas o que realmente se percebe, na prática, é que este trabalho muitas vezes é emperrado pela burocracia das instituições e pela falta de preparo do professor, que é um especialista e muitas vezes não sabe como transformar a avaliação que aprendeu nas carteiras escolares, como aluno, numa avaliação de efetivo resultado. Assim, conhecer o processo avaliativo e o que a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo tem feito para avaliar os alunos da rede pública através do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP é o objetivo deste trabalho.

Palavras-chave: Avaliação - Avaliação Formativa - SARESP.

Introdução

Todo ser humano procura conhecer a realidade a todo custo e torna essa busca um objetivo, uma meta a ser alcançada, mas para chegar a essa meta, durante sua vida, usa vários mecanismos, sendo que o mais apropriado é a pesquisa cientifica. (MARTINS, 1994)

A avaliação de uma maneira geral, mas principalmente do aluno sempre foi foco de pesquisa e tem desafiado e estimulado os educadores, na busca de um indicador ou receita que mostre uma maneira de se entender o aprendizado do educando. Uma das definições que mais bem retrata o que vem ser a avaliação, é a apresentada por Bloom, Hastings e Madaus apud Vianna:

Avaliação é a coleta sistemática de evidências por meio das quais se determinam mudanças que ocorrem nos alunos e como elas ocorreram. Inclui uma grande variedade de evidências que vão além do tradicional exame final de lápis e papel. É um sistema de controle de qualidade pelo qual pode ser determinada, em certa etapa do processo ensino-aprendizagem, a efetividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças precisam ser feitas para assegurar sua efetividade antes que seja tarde. (BLOOM, HASTINGS e MADAUS (1971) apud VIANNA, 2000, p. 57)

Ao se abordar o tema de avaliação formativa ou continuada no ensino em todos os níveis está se entendendo que é possível ao professor criar instrumentos avaliativos que não classifiquem ou selecionem os alunos, mas que busquem entender e conhecer este aluno como um ser global, que seja entendido em todos os aspectos que o formam como: o afetivo, o cognitivo, o social e o motor, proporcionando a ele aprendizagens realmente significativas e funcionais, que podem ser aplicadas nos diversos contextos em que está inserido, principalmente no profissional.

Cabe ao professor de todos os níveis elaborar instrumentos avaliativos que possibilitem ao aluno fazer parte do processo, tornando-o ativo e atuante no seu processo de ensino aprendizagem, para que ele aprenda a ter compromisso com o seu conhecimento e com o mundo em que vai atuar como profissional e como pessoa.

Assim, este trabalho tem como objetivo levantar os diversos olhares e conceitos sobre avaliação do SARESP no ensino fundamental. Assim, tem-se como tema para essa pesquisa científica: O que os artigos científicos estão apontando sobre a relação entre avaliação formativa e o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP?

Ao se abordar o tema de avaliação formativa em relação com a que é feita através do SARESP, está-se buscando entender como formas avaliativas aparentemente contrastantes, possam convergir de modo que revele novas ações pedagógicas, levantando reflexões sobre as possibilidades do professor criar instrumentos avaliativos que não classifiquem ou selecionem os alunos, mas que busquem entender e conhecer este aluno como um ser global, que seja entendido em todos os aspectos que o formam como: o afetivo, o cognitivo, o social e o motor, proporcionando a ele aprendizagens realmente significativas e funcionais, que podem ser aplicadas nos diversos contextos em que está inserido, principalmente no profissional.

Vários são os tipos de avaliação, pois o enfoque principal de avaliação continuada é o de avaliar o que se ensina. Apenas através desta máxima será possível conceber uma avaliação diagnóstica ou inicial, onde se vai conhecer o aluno e a bagagem cultural de conhecimentos que traz com ele, e uma avaliação somatória ou final, onde se avalia o processo educativo para encerrá-lo, tudo isso interligado, do princípio ao fim, de maneira organizada e coesa, entendendo que é um processo contínuo e crescente, de idas e vindas, mas nunca estanque.

Para Haydt:

A avaliação formativa permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas. Representa o principal meio através do qual o estudante passa a conhecer seus erros e acertos, assim, maior estímulo para um estudo sistemático dos conteúdos. (HAYDT, 2002: 17)

Quando a avaliação contribui para o desenvolvimento das capacidades e habilidades dos alunos, ela se transforma numa ferramenta pedagógica de grande utilidade, colaborando efetivamente na melhoria da qualidade de ensino e do que realmente o aluno assimila e aprende. (VIANA, 2000)

Professores que ainda resistem a esta tendência educacional e ficam estanques numa avaliação tradicional e entendem a avaliação como uma garantia de um ensino de qualidade através dessa prática, avalia seus alunos de maneira fragmentada, classificatória e impede a interação entre os componentes desse processo, professores e alunos, onde um se sente detentor do poder de dizer quem passa ou não, e o outro se sente acuado e engessado, num critério avaliativo que ele não entende e assim não pode expressar seu real conhecimento sobre determinado

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