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Teoria Classica Da Administração

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Por:   •  2/11/2014  •  1.655 Palavras (7 Páginas)  •  552 Visualizações

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TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Surgiu na França em 1916 fundada por Henri Fayol (1841 – 1925), buscava também atingir e garantir a eficiência na administração, partindo de um todo organizacional e de sua estrutura em relação a todas as partes envolvidas, órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocupantes de cargos e executores de tarefas), ou seja, uma abordagem sintética, global e universal da empresa inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural.

Fayol procurou demonstrar que com previsão cientifica e métodos adequados de gerência, resultados positivos viriam acontecer.

1. Seis funções básicas da empresa:

1.1 Funções técnicas: Produção de bens ou serviços da empresa

1.2 Funções comerciais: Compra, venda, e permutação.

1.3 Funções financeiras: Procura e gerencia de capital.

1.4 Funções de segurança: Proteção e preservação dos bens e das pessoas.

1.5 Funções contábeis: Inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

1.6 Funções administrativas: Coordenar as demais funções.

2. Conceito de Administração:

2.1 Prever: Visualizar o futuro e traça o programa de ação.

2.2 Organizar: Constituir o duplo organismo material e social da empresa

2.3 Comandar: Dirigir e orientar o pessoal.

2.4 Coordenar: Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.

2.5 Controlar: Verificar para que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas.

Para Fayol esses elementos da administração formam o processo administrativo e estão presentes no trabalho do administrador e em todas as áreas da empresa, sendo que as forças administrativas diferem das outras cinco funções essenciais.

3. Proporcionalidade das funções administrativas:

Para Fayol, as funções administrativas não ficam exclusivamente no topo da empresa e nem é privilegio dos diretores, ela é distribuída proporcionalmente em todos os níveis hierárquicos.

Segundo Fayol todos os tipos de empresa, a capacidade essencial das pessoas que estão nos níveis inferiores é a capacidade profissional característica da área ou da empresa e a capacidade dos grandes chefes é a capacidade administrativa

4. Diferença entre administração e organização:

Para Fayol, a administração é um todo do qual a organização é uma das partes, administração abrange aspectos que a organização por si só não envolveria, tais como: de previsão, comando e controle. Já a organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma sendo dai estática e ilimitada.

Fayol então passa a definir a palavra organização como dois significados diferentes: Organização, como entidade social, na qual as pessoas interagem ente si para alcançar objetivos específicos e organização como função administrativa e parte do processo administrativo (previsão, comando, coordenação e controle).

5. Princípios gerais da administração:

1. Divisão do trabalho

2. Autoridade e responsabilidade

3. Disciplina

4. Unidade de comando

5. Unidade de direção

6. Subordinação dos interesses individuais

7. Remuneração do pessoal

8. Centralização

9. Cadeia escalar

10. Ordem

11. Equidade

12. Estabilidade do pessoal

13. Iniciativa

14. Espirito de equipe

Dai com esses princípios gerais, Fayol buscou um enfoque prescritivo e normativo para indicar como o administrador deve proceder no seu trabalho.

TEORIA DA ORGANIZAÇÃO

1. Administração como Ciência:

Para Fayol, sendo a administração uma ciência como as demais, o seu ensino nas escolas e nas universidades, era sim, possível e necessário.

2. A teoria da organização

A teoria clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma, e disposição das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre essas partes.

A estrutura organizacional caracteriza-se por uma cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e especifica a quem se subordina. A cadeia de comando (baseia-se no principio da unidade de comando), cada empregado deve se reportar a um só superior.

Segundo Fayol, na sua teoria clássica os aspectos organizacionais são vistos de cima para baixo (da direção para execução) e de um todo para as partes ( da síntese para a analise)

3. A divisão do trabalho e a especialização:

Para Gulick, a divisão do trabalho conduz a especialização e a diferenciação das tarefas. Na teoria clássica se preocupa com a divisão do trabalho ao nível dos órgãos que compõem a organização (departamentos, divisões, seções, unidades).

Para Teoria Clássica a divisão do trabalho se da:

• Verticalmente: Segundo níveis de autoridade e responsabilidade, em toda organização deve haver uma escala hierárquica de autoridade.

• Horizontalmente: Segundo diferentes tipos de atividades desenvolvidas na organização (especialização de Fayol) ou principio de homogeneidade de Gulick.

Segundo “Urwick” É impossível definir qualquer atividade em qualquer organização sem enquadra-la nesses dois sentidos. Da mesma maneira que é impossível fixar um ponto no mapa ou numa carta a não ser em termos de coordenadas.

Já para Gulick, a homogeneidade na organização é obtida quando são reunidas, na mesma unidade, todos os que estiverem todos os que estiverem executando o mesmo trabalho, pelo mesmo processo, para mesma clientela no mesmo lugar. Quando qualquer um desses quatro fatores (função, processo, clientela, localização) varia, tornam se necessário uma seleção para determinar a qual deles deve se dar precedência na definição do que é, ou não, homogêneo. Dai a homogeneidade é obtida por departamentalização, por função exercida, por processo, por clientela, ou localização geográfica.

4. A coordenação:

Para Mooney, a coordenação baseava-se numa distribuição ordenada do esforço do grupo para obter unidade de ação na consecução de um fio comum. Já segundo Fayol deve-se buscar a coordenação para unificação e a harmonização de toda a atividade esforço.

5. Conceito de linha e de staff:

Fayol baseou-se na organização linear para formular os seguintes princípios:

a) Unidade de comando ou supervisão única: Cada individuo tem um único chefe

b) Unidade de direção: Todos os planos devem se integrar a planos maiores que levem

c) Centralização da autoridade: Autoridade máxima de uma organização centrada no topo

d) Cadeia escalar: Autoridades deve estar em um hierarquia, em escalões hierárquicos sob autoridade de comando.

Para Fayol os órgãos prestadores de serviços (órgãos de staff) dão aos órgãos de linha de serviço: conselhos, recomendações, assessoria e consultorias, que estes órgãos não tem condições por si próprios. Tais serviços e assessorias não podem ser impostas obrigatoriamente nos órgãos de linha, dai os órgãos de staff não obedecem ao principio escalar e nem ao principio de comando em relação aos órgãos de linha, são só especialistas e não autoridades de comando.

Autoridade de linha: Os gerentes tem poder formal de dirigir e controlar os subordinados imediatos.

Autoridade de staff: Autoridade dos especialistas de staff em sua área de atuação e prestação de serviço. Incluindo: aconselhamentos, recomendações, orientações.

ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Cada autor clássico define de modo um pouco diferente os elementos da administração, mas não diferem muito da concepção Fayoliana.

1. Elementos da administração para Urwick:

• Investigação

• Previsão

• Planejamento

• Organização

• Coordenação

• Comando

• Controle

2. Elementos da administração para Gulick:

a. Planejamento: é a tarefa de traçar as linhas gerais das coisas que devem ser feitas e dos métodos de fazê-las, a fim de atingir os objetivos da empresa

b. Organização: é o estabelecimento da estrutura formal de autoridade da qual as subdivisões de trabalho são entregados, definidas objetivos em vista.

c. Assessoria: é a função de prepara e treinar o pessoal e manter condições favoráveis de trabalho.

d. Direção: é a tarefa continua de tomar decisões e incorpora-las em ordens e instruções especificas e gerais.

e. Coordenação: é o dever de estabelecer redação entre as varias partes do trabalho.

f. Informação: é o esforço de se manter informados, a respeito do que se passa, aqueles perante que um chefe é responsável.

g. Orçamento: é a função inclusiva de tudo o que diz respeito a elaboração, execução e fiscalização orçamentarias.

PRINCIPIOS DE ADMNISTRAÇÃO

1. Princípios de administração para Urwick:

a. Principio da especialização: cada pessoa deve preencher uma só função

ou seja uma divisão especializada do trabalho. Este principio dá origem a organização de linha a de staff. A coordenação deve ser feita por especialistas de staff.

b. Principio de autoridade: deve haver uma linha de autoridade definida, conhecida e reconhecida por todos.

c. Princípios da amplitude administrativa: cada superior não deve ter mais que um certo número de subordinados. O numero ótimo de subordinados varia conforme o nível e a natureza dos cargos, a complexidade e a viabilidade do trabalho e o preparo dos subordinados.

d. Principio da definição: os deveres, autoridade e responsabilidade de cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser definidos por escrito e comunicados a todos.

APRECIAÇÃO CRITICA DA TEORIA CLÁSSICA

1. Abordagem simplificada da organização formal:

Os autores clássicos adotavam os princípios gerais da administração, como: A divisão do trabalho, especialização, a unidade de comando e a amplitude de controle, faz com que haja uma organização formal da empresa gerando com isto uma máxima eficiência possível. Tratar-se de uma abordagem muito simplificada da organização formal.

2. Ausência de trabalhos experimentais:

Os clássicos se caracterizam pela falta de um método rigorosamente cientifico, não confrontam a teoria com elementos de prova. As afirmações dos clássicos se dissolvem quando postas em experimentação.

3. O extremo racionalismo na concepção da administração:

Os autores clássicos se preocupavam de maneira extrema com forma racional e logica das suas proposições, sacrificando mesmo a clareza das suas ideias. O pragmatismo do seu sistema leva-o a apelar a experiência direta e não-representativa para obter soluções aplicáveis de modo imediato.

4. “Teoria da maquina ’’

Os clássicos consideram a organização sob o prisma do comportamento mecânico de uma maquina. A organização deve ser arranjada tal como uma maquina.

5. Abordagem incompleta da organização:

Para os clássicos, utilizam uma abordagem, exageradamente simplificada e incompleta, pois não consideram o comportamento humano dentro da organização.

6. Abordagem de sistema fechado:

A teoria clássica trata a organização como se ela fosse um sistema fechado, formado por algumas poucas variáveis perfeitamente conhecidas e previsíveis e de alguns poucos aspectos que podem ser manipulados por meio de princípios gerais e universais de administração.

JEAN ERLON DA SILVA MARANHAO – EC0713472

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