Teoria Da Contabilidade
Exames: Teoria Da Contabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cintiaprado2012 • 14/4/2013 • 2.500 Palavras (10 Páginas) • 449 Visualizações
Administração
Teoria da Contabilidade
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Professora Ma. Juliana Leite Kirchner
Rio Grande – RS
Postagem 26/11/2012
O termo Contabilidade, hoje tão sólido e reconhecido em nosso idioma é muito antigo. A História registra palavras, cada uma em cada idioma, com o sua própria forma etimológico, mas, para nós, em português, o conceito sobre esse conhecimento específico parece ter proveniência de uso da expressão na península Ibérica há cerca de meio milênio.
Há muitos milênios atrás, quando se realizavam registros em argila, na Suméria, nasceu a própria escrita que daria origem ao registro de todas as expressões.
Foi a escrita contábil que gerou a escrita comum, segundo os mais famosos historiadores e especialistas , como Goody.
A Suméria era uma região rica, de comércio intenso, existindo, pois, profissionais que se dedicavam a escriturar os fatos comerciais e industriais, inclusive, segundo descobertas arqueológicas, possuindo escolas de escrituração contábil.
Logicamente, não existiam as expressões Contador e nem Contabilidade, no sentido que hoje empregamos.
O mesmo ocorreu na Grécia e em Roma. Tudo indica, entretanto, que se ligavam as expressões pertinentes ao fato de "registrar".
O conhecimento de escriturar era uma especialidade respeitada e destacada nas sociedades antigas.
Na Suméria os contabilistas possuíam uma denominação específica e que no idioma deles se expressava por "Pa-dub-dar" para os Contadores, superiores e "dub-sar" para os escriturários ou técnicos em registros.
Os estudiosos de etimologia admitem que a expressão Contabilidade, em português, provem do francês "Comptabilité" .
Seria o termo, pois, um galicismo. Sobre isto, entretanto, tenho profundas dúvidas e não disponho de provas convincentes históricas que possam alimentar essa tese.
As obras francesas dos primeiros anos do século XVII, não nos falam da expressão "Comptabilité", mas da forma de manter livros. O mais renomeado autor francês do século XVII, protegido de Colbert, Claude Irson, em sua obra de 1678 escolhe como titulo de seu livro : "Método de bem conduzir todas as sortes de contas em partida dobrada...".
As denominações Contador, Contabilidade, não se acham em uso no idioma francês, tanto nos séculos XVII como XVIII, nos livros mais famosos de nossa (onde se empregava a expressão Guarda Livros como preferencial - "Teneur des livres". Pelos estudos e pesquisas
que realizamos entendemos que as origens do termo Contabilidade e Contador, são de berço Ibérico.
Em 2 de Novembro, de 1437, e em 30 de Novembro de 1442, o Rei Dom João II, de Espanha, emite Ordenanças onde se lê as expressões : "Contadoria" e "Contadores". O texto é muito claro : "Yo El Rey fago saber á vos los mis Contadores mayores......".
Tão distintos eram os conceitos de Contas e de Contadores, logo de Contabilidade também, que em 10 de julho de 1554, o Imperador Carlos, de Espanha, edita outra Ordenança, já adotando as expressões "Contadores de Contas", "Contadoria Geral da Fazenda", "Contadores Principais" e "Oficiais da Contadoria".
Tais termos consagrados na Espanha, com provas históricas desde 1437, não permitem dúvidas quanto ao seu uso e quando às derivações naturais que foram surgindo (uma das derivações, além das apresentadas, é a de Tribunal da Contadoria e que já surge no século XVI e se consubstancia em ordenança em 1602 e que também fala de três classes de Contadores).
Pelo emprego das palavras, pelas provas que possuímos em decorrência de nossas pesquisas, somos induzidos a crer que tudo parece contribuir para aceitar-se a origem da expressão Contabilidade como Ibérica, ou seja, na Espanha.
A contabilidade não é uma ciência exata. Ela é uma ciência social aplicada, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a contabilidade utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como sua principal ferramenta.
Outro fator que impulsionou enormemente o progresso das formas rudimentares de contabilidade (que, até o aparecimento da partida dobrada, nada mais era do que uma espécie de inventário de bens, direitos e obrigações) é o aparecimento da moeda ( em forma de moeda mesmo), como base de troca, por volta, aproximadamente, no ano 2000 a.C. (embora certos metais preciosos fossem utilizados, como moeda, desde bem antes).
Antes mesmo da partida dobrada que, como visto, somente aparecia bem mais tarde, provavelmente na Itália, a Contabilidade, em sua forma rudimentar, era capaz de avaliar bens, direitos e obrigações, periodicamente, derivar, portanto, o Patrimônio Líquido das entidades.
Luca Pacioli publicou, em Veneza, a Summa de arithmetica, geometria, proportioni ET proportionalita, em 1494, texto no qual se distingue, para a história da contabilidade o Tractatus de computis ET scripturis, talvez a primeira exposição sistemática e completa dos procedimentos contábeis as partidas dobradas de que se tem notícia.
Como se vê, aparece cerca de um trabalho de fundamental importância mais ou menos a cada cem anos, até a obra de Pacioli; e assim ocorre aproximadamente até o século XIX quando, pelo menos, uma dezena de grandes obras marca o século, tão importante para a caracterização científica da Contabilidade.
O objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da contabilidade.
Assim, as operações da entidade à qual se está aplicando a contabilidade são estudadas minuciosamente, sendo então desenhado o Plano e Manual de Contas para a contabilização sistemática das operações rotineiras da entidade, ao mesmo em tempo que são delineados os principais tipos de relatórios (Demonstrações) que devem sair do processo contábil.
Esses relatórios devem atender às necessidades:
1. dos usuários externos (bancos,
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