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Teoria E Pratica

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Por:   •  5/1/2014  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  290 Visualizações

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Teoria e prática

Pistrak reconhece que as questões que interessam aos docentes são as práticas e que para com a teoria estes são indiferentes, pois afirma:

Estudando centenas de perguntas feitas por escrito aos relatores em diferentes lugares, percebe-se facilmente que a massa dos professores se apaixona principalmente por questões práticas; mas a teoria deixa os professores indiferentes, frios, para não falar de estados de espírito ainda menos receptivos. (p.17).

Para ele a maioria dos professores russos ainda não tinha compreendido que a pedagogia marxista é uma pedagogia social que está ligada, aos fenômenos sociais dados e interpretados do ponto de vista marxista. Sendo assim, o trabalho desta pedagogia é destruir as bases da antiga escola autoritária burguesa, que se dizia apolítica e neutra, mas que na verdade estava a serviço da classe dominante. Nesta perspectiva, nenhum problema escolar pode ser tratado desvinculado das questões políticas gerais.

Também não é possível manter as teorias herdadas do regime pré-revolucionário aceitando-as como corretas e apenas adaptando-as de forma prática as necessidades revolucionárias.

A escola do trabalho na fase de transição

Como não acreditava em uma educação neutra, o autor afirma que “A escola sempre foi uma arma nas mãos da classe dirigentes”. (p.23). Como arma esta deveria ser usada agora a serviço da Revolução, e que esta é uma poderosa arma ideológica com os objetivos de instruir as massas de trabalhadores, conscientizando-os da natureza da luta revolucionária, seu papel nesta luta. E desta forma torna-los conscientes de sua realidade e que possam construir sua realidade social com base na coletividade.

Penetrar na atualidade para estudá-la e compreendê-la compõe o objetivo fundamental do aparato escolar. Pistrak acreditava que o estudo da atualidade só seria possível se a escola mudasse também seu conteúdo, propõe então, que se abandonem as tendências clássicas dos antigos liceus e que estas sejam substituídas envolvendo uma concepção marxista dos fenômenos sociais, um programa de História que possibilite a compreensão e explicação da realidade, das ciências econômicas, das bases da técnica e dos elementos da organização do trabalho, como também uma readequação das ciências Naturais, da Física, Química e da Matemática com base nos novos objetivos. (p.34)

Para assegurar que estes conteúdos possam ser desenvolvidos dentro do método marxista o autor propõe não só a adoção do principio da dialética, mas também a noção de totalidade condensada no que ele intitulou de complexo. Os complexos seriam grupos unificados de fenômenos constituídos em objetos de estudo, ou seja, unidades temáticas unificadas nunca isoladas, mas constituintes de novas unidades ainda mais abrangentes.(p.35)

A questão dos conteúdos e dos complexos em Pistrak é definida da seguinte forma em TRAGTEMBERG (2003, p.2):

O estudo dos fenômenos naturais e da sua utilização na indústria deve buscar a superação da antiga atitude contemplativa ante as ciências naturais; a realidade deve ser estudada como processo em desenvolvimento, como um processo dialético. Em conseqüência, Pistrak prega o ensino pelo “método dos complexos”, pelo qual se estudam os fenômenos agrupados, enfatizando a interdependência transformadora, essência do método dialético. Isso o leva a enfatizar o princípio ativo e a aplicação do princípio da

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