Teorias e Tendências Contemporâneas da Ciência da Informação
Por: Dai Ma • 29/5/2019 • Resenha • 596 Palavras (3 Páginas) • 166 Visualizações
Resenha: Teorias e Tendências Contemporâneas da Ciência da Informação
No periódico “Teorias e Tendências Contemporâneas da Ciência da Informação” de Carlos Alberto Ávila Araújo, o autor tenta encontrar pontos em comuns nas trezes teorias, mapeado por ele, em extensas pesquisa bibliográficas, periódicos, livros e anais de eventos com os três paradigmas de Rafael Capurro, que pudessem sugerir para qual direção a ciência da informação estaria caminhando.
As teorias contemporâneas da CI mapeado pelo autor são:
Análise de domínio, com a ideia central de “comunidade discursiva”, na qual, grupos sociais que possuem determinada forma de pensar, expressar e conhecer sua realidade, geram necessidade de informação coletivas.
Altimetria, campo da ciência da informação ganhou mais dinamicidade no contexto da web 2.0, buscando avaliar o impacto das citações e medir a produtividade dos autores, das instituições e das revistas.
Cultura organizacional, pesquisa voltado para o ambiente organizacional, denominada gestão da informação e do conhecimento pela CI, estuda os desenvolvimento dos fenômenos informacionais como, necessidade, busca, compartilhamento, uso da informação, ou seja, sujeitos que desenvolvem uma forma própria de lidar com a informação partilhada nas atividades cotidianas, formando uma “cultura”.
Curadoria digital, estudo e prática dos processos de seleção, preservação, manutenção, coleção e arquivamento de dados digitais, tendo uma relevante preocupação com o todo, ou seja, com os riscos que a evolução da tecnologia pode trazer e pela fragilidade das mídias digitais.
Folksonomia e indexação social, indexações realizado em ambiente livre e compartilhado, feito pelos próprios usuários com o propósito de melhorar a recuperação da informação, tendo uma representação socialmente construídos, ou seja, são os próprios usuários que criam os significado dos documentos, as famosas tags dos blogs.
Ética intercultural da informação, busca relacionar princípios globais como os da Organização das Nações Unidas (ONU) e demanda informacionais em contexto digital dentro de diferentes culturas e regiões do mundo, esse campo também, estuda as questões de privacidade, propriedade intelectual, acesso livre, direito de expressão e da identidade digital.
Neodocumentação, essa teoria propõe trocar o termo “informação” para “documento”, pois o autores dessa área entendem informação como derivado da documentação, ou seja, as informações que estão em um documento não são apenas dados, mas a marca e o contexto de que o produziu, seja através do suporte que estão escrito, do tamanho,ou até mesmo a sua estética. Esse campo tenta reconciliar o estudo da informação e a vida social.
Humanidade digital, esse campo tenta reconciliar os métodos da ciência da humana e social no mundo digital, discutindo a preservação de patrimônio cultural nas sociedade contemporâneas.
As treze teorias conseguem destacar como a ciência da informação é uma área que tem características plurais e dinâmicos, sempre buscando entender as diferentes realidades empíricas. Assim como a obra de Capurro e outros autores, que ressaltam a ideia dos três paradigmas, sendo o primeiro o estudo da informação “físico”, ou seja como um “dado”, sem necessidade de um contexto, o segundo paradigma é voltado para o “cognitivo”, a articulação entre os dados e o conhecimento, e o terceiro e último paradigma da informação, é a utilização dos termos como “pragmático”, “intersubjetivo”, “sociocultural” usados para dizer que a informação é, além, de um objeto, também é do coletivo e da construção social. Através dos estudos das teorias e paradigmas Araújo conseguiu evidenciar cinco dimensões do fenômeno informacional (sua natureza como um dado ou construção; como algo individual ou coletivo; como cúmulo de dados ou interferência e apropriação; como algo técnico ou inserido na vida cotidiana; e como fenômeno isolado ou inserido em uma dinâmica mais ampla), conseguindo inserir as treze teorias nos aspectos dos modelo físico e cognitivo, percebendo, também suas limitações, demandando novos modelos explicativos.
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