Texto Instrucional Receita
Por: cesaruba • 15/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.861 Palavras (8 Páginas) • 459 Visualizações
TEXTOS INSTRUCIONAIS
Ana Paula Quírico Valente
Apresentação
O presente relato demonstra o trabalho realizado com os alunos do 2º ano do ensino fundamental em uma escola da rede municipal da cidade de Ubá com trabalho interdisciplinar de ensino da Matemática com ensino da Língua Portuguesa usando o texto instrucional receita.
Através das atividades citadas neste trabalho pode–se perceber que a escola está assumindo o papel de alfabetizar letrando colocando os alunos em contato com os gêneros textuais e como participante de situações que envolvam o entendimento da função dos textos instrucionais e o ensino da matemática.
Assim, o relato apresenta consonância com os princípios centrais do desenvolvimento do trabalho pedagógico segundo a proposta do PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa).
Graduada em Pedagogia, pós-graduada em Educação Infantil, Professora da Escola Municipal Professor “Manoel Arthidoro de Castro“ do 2º ano do Ensino Fundamental, anapaulaquirico@hotmail.com
As atividades citadas nesse trabalho foram realizadas na Escola Municipal Professor “Manoel Arthidoro de Castro” situada à avenida Ruy Barbosa, número 195, bairro Dr. José Cavaliére, Ubá, Minas Gerais, funciona desde 06/02/2006 com autorização da Portaria nº 384/2007, Resolução SEE nº 170 de 29/01/2002 e Parecer CEE nº 276 de 16/03/2007 baseada em oferecer para a Comunidade Escolar uma educação de qualidade, desafiadora, prazerosa e significativa, sempre estimulando educandos e educadores.
A escola possui 221 alunos divididos em 12 turmas sendo 5 turmas funcionando no turno da manhã, 5 funcionando no turno da tarde e 2 no turno da noite. Oferecendo educação infantil, ensino fundamental do 1º ao 5º ano, EJA (Educação de Jovens e Adultos) do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio.
A instituição possui 24 professores, trabalhando 5 como professores regentes em turmas de educação infantil, 5 professores regentes em turmas de ensino fundamental e 7 professores atuando em turmas da EJA, uma diretora e duas supervisoras pedagógicas.
Participando sempre que possível e oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de cursos de capacitação e aperfeiçoamento profissional.
A Escola Municipal Professor “Manoel Arthidoro de Castro” atende educandos da Comunidade do bairro Dr. José Cavaliére e comunidades rurais de próximo acesso à Rodovia MG 124, Ubá-Divinésia. A clientela de alunos é heterogênea e o nível socioeconômico é médio e baixo, provenientes de famílias de assalariados e trabalhadores rurais. Em relação ao grau de instrução temos pais analfabetos. Alguns acompanham, mesmo com dificuldades, a vida escolar de seus filhos, mas infelizmente a grande maioria não dá assistência educacional a eles.
A turma na qual as atividades mencionadas nesse relato foram realizadas possui 19 alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental, 15 deles apresentam desenvolvimento normal considerando a faixa etária: conhecem as letras do alfabeto, diferenciam letras de números e outros símbolos, escrevem o próprio nome, participam de interações orais em sala de aula, produzem textos orais, conseguem ler pequenos textos.
Os demais alunos ainda apresentam dificuldades de aprendizagem, reconhecem as letras do alfabeto, mas, não dominam ainda a decodificação de palavras.
Fundamentação Teórica
Para elaborar o plano de ação das atividades é preciso que o professor defina os conteúdos a serem ensinados, de que maneira eles devem ser organizados e definir as formas de realização das atividades. As atividades realizadas neste relato apresentam: sequenciação de conteúdos, contextualização e atividades lúdicas uma vez que as novas concepções de alfabetizar não estão apenas em ensinar letras, sílabas, números, codificar e decodificar os símbolos.
Quando a criança está matriculada no 2º ano do ensino fundamental está em uma fase de desenvolvimento da leitura e da escrita iniciada no 1º ano, por isso, o trabalho com os diferentes gêneros textuais é muito importante para que a criança conheça para que, como e para quem escrever.
Trabalhar com os gêneros textuais e jogos desde o início da alfabetização possibilita que professor e alunos inventem e reinventem o fazer cotidiano da sala de aula.
Os jogos são grandes aliados, pois, levam as crianças a pensarem sobre o sistema de escrita sem se sentirem obrigadas a realizarem treinos cansativos e a memorizar conceitos.
Piaget (1987) dá especial atenção aos jogos de exercício no período sensório motor, fase em que a criança aprende a coordenar a visão e o movimento das mãos e dos pés, visão e audição, para perceber o mundo ao redor e começam a tomar atitudes para dele participar.
A proposta de trabalhar com texto instrucional devido a uma situação ocasional de uma aluna relatar que nunca havia experimentado uma panqueca, ao analisar, outras crianças disseram o mesmo. Houve o propósito de convidar os alunos a vivenciarem a função destes textos e, aproveitar o momento, para trabalhar a consciência fonológica, o conceito de dobro, metade, unidades de medidas não convencionais, gráficos. De acordo com os Direitos Gerais de aprendizagem de língua portuguesa as atividades realizadas abordaram os seguintes eixos:
- Leitura:
- Compreender textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos.
- Apreender assuntos/temas tratados em textos de diferentes gêneros, lidos com autonomia.
- Oralidade:
- Analisar a pertinência e a consistência de textos orais, considerando as finalidades e características dos gêneros.
- Análise linguística: discursividade, textualidade e normatividade:
- Analisar a adequação de um texto (lido, escrito ou escutado) aos interlocutores à formalidade do contexto ao qual se destina.
- Análise linguística: apropriação do Sistema de Escrita Alfabética:
- Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
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