Trabalho De ECA
Ensaios: Trabalho De ECA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 18/3/2014 • 1.505 Palavras (7 Páginas) • 534 Visualizações
ÍNDICE:
1 - Introdução
2 - Constituição
3 – Classificação
4 – Utilização
5 – Identificações do produto
6 – Dimensionamento
7 – Fadiga
INTRODUÇÃO:
A primeira utilidade de um "rolamento" que nos poderia
vir à cabeça seria servir como elemento auxiliar no
transporte (até por causa dos carrinhos de "rolimã" da
infância). E nisso os "rolamentos" são bem antigos.
Alguns historiadores situam o início do seu uso por
volta do ano 4.000 A.C., ajudando os Escandinavos a
deslizar com seus trenós. Outros historiadores
preferem apontar o seu início por volta de 3.500 A.C.,
quando os Sumérios utilizaram um cubo de roda
construído em madeira montado sobre um eixo
também de madeira, conforme uma ilustração de uma
biga usada por este povo.
Já os egípcios apresentam diversas provas do seu uso
datada de cerca de 1.800 A.C., que mostra um egípcio
na ponta da pedra entornando um lubrificante no chão.
Essa ilustração é frequentemente referida como a mais
antiga figura de um "engenho de lubrificação"
trabalhando.
Nas civilizações clássicas, Grécia e Roma, temos
grandes aplicações de "elementos rolantes". Porém é
na civilização Romana onde os mais espetaculares
desenvolvimentos são encontrados.
Com a revolução industrial, houve um grande avanço
sobre o desenvolvimento deste elemento.
Rolamentos são normalmente elementos metálicos que
apresentam forma cilíndrica compostos por vários subelementos.
São vazados em sua parte central visando
o acoplamento em um eixo. Possuem principalmente a
função de sustentar (apoio) um sistema de transmissão
de torque suportando muitas vezes esforços simples
ou combinados.
Funcionamento esquemático de um rolamento.
Este elemento apresenta uma grande variedade de
tamanhos, conseqüentemente pode ser utilizados em
diversos campos de aplicação na área industrial.
Rolamentos de pequenas dimensões
Rolamentos e mancais de tamanhos normais.
Rolamento de grande dimensão.
Sistemas que utilizam rolamentos
CONSTITUIÇÃO:
Os rolamentos também denominados mancais de
rolamento são em geral, constituídos por alguns subelementos:
Anéis,
Interno,
Externo.
Corpos rolantes,
Gaiola ou separador.
Constituição:
Os elementos girantes possuem as formas:
CLASSIFICAÇÃO:
Estes elementos são classificados principalmente
segundo a direção de carga a ser suportada:
Radial
Axial
Combinada
Rolamentos, Selados e Blindados.
Tipos de rolamentos de esfera: (a) de pista profunda; (b) de contato angular externo e interno; (c) de contato angular externo (d) autocompensador; (e) e (f) de carreira dupla; (g) axial de contato angular de esferas; (h) de escora ou axial.
Tipos de rolamentos de rolos: (a) rolos cilíndricos de uma carreira; (b) rolos cilíndricos sem gaiola de uma carreira; (c) rolos cilíndricos de duas carreiras; (d) rolos cilíndricos sem gaiola de duas carreiras; (e) de rolos cônicos; (f) de rolos cônicos de duas carreiras; (g) auto compensador; (h) axial de rolos cilíndricos; (i) axial auto compensador.
Rolamento de agulha: (a) coroa de agulha de uma carreira; (b) rolamentos de agulha de uma carreira; (c) bucha de agulhas sem fundo; (d) axial de agulhas; (e) rolamento de agulha combinado.
UTILIZAÇÃO:
Rolamentos de carreira simples composto por
elementos girantes esféricos. Exemplos de aplicações:
Motores elétricos, alternadores, ventilação industrial,
compressores, bombas de aquecimento, secadoras,
instalações frigoríficas, foto-copiadoras, carregadores
de acumuladores, máquinas têxteis, compressores de
esteiras mecânicas, motores elétricos e aparelhos
eletrodomésticos.
Rolamentos composto por elementos girantes cônicos.
Útil para aplicações em cargas combinadas. Exemplos
de aplicações: Eixos de redutores, mudança de
transmissão com pinhão cônico, bombas,
compressores, indústrias papeleiras.
Rolamentos com carreira dupla e elementos girantes
do tipo esférico. Tipo contato radial e de contato
angular. Substituem rolamentos com carreira simples
visando suportar maiores cargas radiais e cargas
axiais nos dois sentidos. Exemplos de aplicações:
Motores elétricos, aparelhos eletrodomésticos, hastes
de máquinas para madeira, redutores, material
agrícola.
Rolamentos de esferas com contato angular (oblíquo).
As pistas dos anéis internos e externos dos
rolamentos com uma carreira de esferas de contato
radial são desnivelados um em relação ao outro.
Adaptado para aplicações onde se combinam cargas
radiais e axiais. Exemplos de aplicações: Caixa de
redutores, hastes de máquinas-ferramenta
Rolamentos axiais composto por elementos girantes
esféricos, cônicos ou cilindricos. Suportam cargas
axiais muito elevadas e são pouco sensíveis aos
choques. As cargas radiais devem por sua vez ser
moderadas. Exemplos de aplicações: Eixos verticais
pesados, turbo alternadores, pivôs de gruas, parafusos
de injeção de plástico, contra-pontas, bombas de
platô.
Rolamentos composto por elementos girantes
cilíndricos. Aplicado onde as cargas radiais são
elevadas e as velocidades de rotação altas. As cargas
axiais aplicadas a estes rolamentos devem
permanecer pequenas. Exemplos de aplicações:
Motores elétricos pesados, caixas de eixos de vagões,
vagonetas de pressão, cilindros de laminadores.
Rolamentos autocompensadores composto por
elementos girantes cilindricos. Suportam cargas
radiais muito grandes, cargas axiais moderadas.
Exemplos de aplicações: Peneiras, trituradores,
moedores, gaiola de laminador, pesados redutores,
pesados ventiladores industriais, cilindros de máquinas
impressoras, máquinas de pedreiras.
Rolamentos autocompensadores composto por
elementos girantes cônicos. Suportam cargas radiais e
axiais muito grandes. Exemplos de aplicações:
equipamentos pesados.
Rolamentos autocompensadores de esferas. Dotados
de 2 fileiras de esferas e uma pista esférica sobre o
anel externo. Exemplos de aplicações: Eixos longos e
flexíveis, aplicações Industriais padrão, química,
agricultura.
Rolamentos combinado. Dotados de dois tipos de
elementos girantes. Suporte simultaneamente grandes
cargas radiais e axiais.
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO:
Para a substituição do elemento, deve-se atentar para
as seguintes características:
Fabricante,
Tipo de Rolamento,
Diâmetro do Furo,
Diâmetro Externo,
Largura.
RPM
DIMENSIONAMENTO:
Tanto para o dimensionamento quanto para a
seleção de um rolamento, é importante definir
inicialmente o tipo de solicitação ao qual este estará
submetido, podemos verificar duas situações
distintas: carga estática ou dinâmica.
Na carga estática, o rolamento encontra-se parada ou
oscila lentamente (N<10 RPM). Na carga dinâmica, o
rolamento se movimenta com N³10 RPM.
Carga Estática
Quando o rolamento estiver atuando parado ou com
baixas oscilações (N<10 RPM), o dimensionamento é
realizado por meio da capacidade de carga estática
(Co).
Capacidade de Carga Estática (Co).
É a carga atuante nos elementos rolantes e na pista.
Onde:
Co=Capacidade de carga estática (KN)
fs=Fator de esforços estáticos (Adimensional)
Po=Carga estática equivalente (KN)
Carga Estática Equivalente (Po).
É uma suposta carga resultante, determinada em
função das cargas axial e radial, que atuam
simultaneamente no rolamento.
Quando o rolamento for solicitado por uma carga
radial ou axial isoladamente, esta será a carga
equivalente.
Carga Estática Equivalente (Po).
Na atuação da simultânea das cargas axial e radial, a
carga equivalente é determinada da seguinte forma:
Onde:
Po=Carga estática equivalente (KN)
Xo=Fator radial (Adimensional)
Yo=Fator axial (Adimensional)
Fr=Carga radial (KN)
Fa=Carga axial (KN)
P X .Fr Y .Fa
0 0 0
= +
Ex.: (Rol. de esferas)
X0=0,6
Y0=0,5
Fa/Fr³0,8
Fator de Esforço Estático (fs).
É um coeficiente de segurança que preserva a
ocorrência de deformações plásticas excessivas nos
pontos de contato, entre os corpos rolantes e a pista.
Utiliza-se os seguintes valores:
1,5 £ fs £ 2,5 para exigências elevadas,
1,0 £ fs £ 1,5 para exigências normais,
0,7 £ fs £ 1,0 para exigências reduzidas.
Carga Dinâmica
Quando o rolamento atuar com movimento N³10
RPM, este é dimensionado por meio da capacidade
de carga dinâmica (C).
Capacidade de Carga Dinâmica (C).
Podemos calcular a capacidade de carga dinâmica
utilizando a seguinte relação:
Onde:
C=Capacidade dinâmica equivalente (KN)
fe=Fator de esforços dinâmicos (Adimensional)
fn=Fator de rotação (Adimensional)
P=Carga dinâmica equivalente (KN)
Fator de esforços dinâmicos (fe)
Este fator está associado a aplicação do
equipamento e as condições usuais de carga. A
literatura relata diversos valores, estes já tabelados.
Exemplos:
Máquinas leves fe=1 a 2
Máquinas médias fe=2 a 3,5
Máquinas pesadas fe=3,5 a 6
Fator de rotação (fn)
Este fator está associado a velocidade com o qual o
rolamento gira, outra questão é quanto o tipo de
elemento.
Exemplos:
Esferas N=50-fn=0,874 N=500-fn=0,405 N=1600-fn=0,275
Rolos N=50-fn=0,885 N=500-fn=0,444 N=1600-fn=0,313
Capacidade de Carga Dinâmica (C).
A capacidade de carga dinâmica dos diversos tipos
de rolamento é encontrada nas tabelas que compõem
os catálogos.
Carga Dinâmica Equivalente (P).
Determina-se a carga dinâmica equivalente quando
houver a atuação simultânea de cargas radial e axial
no rolamento.
Carga Dinâmica Equivalente (P).
Esta carga constitui-se de uma suposta carga
resultante, sendo definida por meio de:
Onde:
P=Carga dinâmica equivalente (KN)
Fr=Carga radial (KN)
Fa=Carga axial (KN)
x=Fator radial (Adimensional)
y=Fator axial (Adimensional)
P = x.Fr + y.Fa
Ex.: (Rol. de esferas)
x=0,4
y=0,8
Fa/Fr³0,8
Rolamentos expostos a altas temperaturas.
Nestas situações, torna-se necessário considerar um
fator de temperatura (ft). Para se calcular a
capacidade de carga dinâmica, utiliza-se:
Onde:
C=Capacidade dinâmica equivalente (KN)
fe=Fator de esforços dinâmicos (Adimensional)
fn=Fator de rotação (Adimensional)
ft=Fator de temperatura (Adimensional)
P=Carga dinâmica equivalente (KN)
Fator de Temperatura (ft).
Temp. Máx. de Serviço (ºC) 150 200 250 300
Fator de temperatura (Ft) 1,0 0,73 0,42 0,22
Vida Útil do Rolamento.
A vida útil do rolamento compreende o período no
qual ele desempenha corretamente a sua função. A
vida útil termina quando ocorre o desgaste causado
pela fadiga do material.
Vida Útil do Rolamento.
Temos que:
Lna = a1.a2.a3.Lh
Onde:
Lna=Duração até a fadiga (h)
a1=Fator de probabilidade (Adimensional)
a2=Fator de matéria prima (Adimensional)
a3=Fator das condições de serviço (Adimensional)
Lh=Vida nominal do rolamento (h) – Entre 10000 a 100000 horas
Prob. de Falha (%) 1 2 3 4 5 10
Fator a1 1,0 0,62 0,53 0,44 0,33 0,21
Vida Útil do Rolamento.
a2=Fator de matéria prima
Este fator considera as características da matéria
prima e o respectivo tratamento térmico.
Para aços de qualidade:
a2=1
O fator se altera para materiais tratados
termicamente:
a2=1,2
Vida Útil do Rolamento.
a3=Fator das condições de serviço
As condições de serviço influenciam diretamente na
vida útil do rolamento. A duração é prolongada
quando o ambiente de trabalho é limpo, a lubrificação
é adequada e a carga atuante não é excessiva. O
término da vida útil do rolamento ocorre quando há
formação de “pittings” (erosão por cavitação),
originada na superfície das pistas.
Condições ideais – a3=1
Condições drásticas – a3=0,6
FADIGA:
Elementos que normalmente falham:
Fadiga em partes constituintes de um rolamento
Lubrificação.
Um filme de óleo muito fino formado entre os corpos
rolantes e as pistas de um rolamento em
funcionamento, impede o contato metálico direto e
possui uma espessura típica de 0,001 mm.
Esse filme bastante fino é a diferença entre o sucesso
e a catástrofe - sem ele, o rolamento apresentaria
falha precoce.
Fonte: SKF e Yesachei
Consultar: http://www.yesachei.com
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