Transformar o Exótico no Familiar
Por: gabrielfraga09 • 7/3/2018 • Trabalho acadêmico • 761 Palavras (4 Páginas) • 1.077 Visualizações
Atividade avaliativa de Antropologia
Tema: (a) transformar o exótico no familiar e/ou (b) transformar o familiar no exótico
Aluno: Gabriel Xavier Fraga de oliveira
Em todos os lugares que frequentamos, podemos nos sentir confortável, tanto como desconfortável, isso se deve aos costumes pessoais que se dá ao local em que vivemos que se forma pela cultura local. Os antropólogos por sua vez, ao estudar esses locais, tanto o familiar “a sociedade em que vivemos”, como o exótico “diferente do que estamos acostumados”, faz uma pesquisa de campo para poder estudar a cultura do local, os habitantes e seus costumes, assim podendo começar a se familiarizar pela cultura do local em que irá pesquisar, transformando o que era exótico em familiar, ou ao contrário, muitas vezes por já estar acostumado com uma cultura familiarizada, ele se distancia de sua própria sociedade, para obter uma visão universal, e não particularista.
Roberto da Matta no livro “O ofício do etnólogo, ou como ter anthropological blues” nos faz pensar trabalho no seu sentido sentimental. Ele disse ainda que sentimento e a emoção, possivelmente, insinuam o trabalho de campo. A partir do momento em que você concede novos conhecimentos, você busca compartilhar com outras pessoas. Relação entre a descoberta e a emoção. Ele começa falando que em Etnologia, como nos ritos de passagem, há três fases presentes para a realização do trabalho de campo. Primeiro, a nossa cabeça se enche de especulações sobre como é o lugar e como são as pessoas que iremos encontrar. Essa fase pode ser nomeada como teórico intelectual. Logo depois, vem o que pode ser denominado de período prático, que é o momento em que o pesquisador decidirá quais materiais levar, quais perguntas fazer. Seria a preparação para o campo. A terceira fase é chamada pelo autor de plano existencial, o qual fala das lições que deve tirar da experiência, não sendo mais uma teoria.
Quando o etnólogo faz uma viajem afim de obter conhecimento da outra cultura, ele ao estudar a cultura na qual irá pesquisar fara analises em vários pontos nos quais considera mais importante, um desses é a língua local, onde se faz necessário ter alguém com conhecimento para poder se comunicar e fazer entrevistas, quando você entra em outra sociedade, e pratica os costumes locais, facilita a pesquisa e o convívio com a sociedade estudada, entre vários outros aspectos que o estudo de campo facilitara a pesquisa de uma sociedade exótica.
Já quando faz um estudo de uma sociedade a qual pertence, é de extrema importância ter uma visão universal, sem que suas particularidades atrapalhem a pesquisa, procurar as estranhezas naquilo em que parecia comum ao seu convívio, fazendo uma análise do outro, em sua própria sociedade.
Porém, nem sempre o exótico estará em uma outra sociedade, como o familiarizado estará na qual vivemos, muitas vezes por mais que uma pessoa conviva em uma mesma sociedade da sua, conviva com os mesmos costumes e praticas, ela será familiarizada a você. Aspectos biológicos e pessoais, podem por mais que na mesma sociedade, diferenciar as pessoas. Gilberto velho em seu livro “Observando o familiar”, mostra por exemplos, em que em uma sociedade familiarizada, muitas vezes você acha estranhamentos maior, do que em uma sociedade exótica, provocadas pelas descontinuidades existente na sociedade. Ele também cita, um exemplo na qual foi fazer um intercâmbio em uma faculdade estrangeira, e em um momento especifico, sentou-se a mesa em que existia pessoas de vários locais diferentes, e que por mais que nunca tivessem visto ou conversado antes, rapidamente e sem delongas, surgiu um diálogo entre eles, em que por mais que pertencessem a outra cultura, o fato de ter assuntos em comum, tornou-se familiarizado com as pessoas do local.
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