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Técnicas Argumentativas

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Por:   •  5/4/2014  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  827 Visualizações

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Técnicas Argumentativas

Introdução:

Ao se observar a convivência em sociedade há de se perceber a dificuldade encontrada na relação entre as pessoas.

Essa afirmação pode ser comprovada quando observamos que existe uma busca lauta a justiça, até em causas e menor importância.

Isso pode demonstrar uma ausência completa e argumentação efetiva que leve a um entendimento e, não a uma lide.

Em meados do século XX são publicadas obras, com destaque para Perelman,Toulmin e Viehweg no sentido da rejeição da lógica formal como suficiente para analisar o raciocínio jurídico.Assim os chamados pós-positivistas, buscam através da Teoria da Argumentação Jurídica, as respostas da melhor adequação, da melhor interpretação, tendo como centro, o equilíbrio entre justiça e segurança jurídica, considerando os princípios constitucionais.

O escritor Antônio Suarez Abreu explica que “Argumentar é a arte de convencer e persuadir”

Etimologicamente, segundo o mesmo autor, significa vencer junto com o outro(com+vencer) e não contra o outro.

Com uma análise voltada para o mundo jurídico, Vitor Gabriel Rodrigues afirma:

“No Direito, nada se faz sem explicação. Não se formula um pedido a um juiz sem que se explique o porquê dele, caso contrário diz-se que o pedido é desarrazoado. Da mesma forma, nenhum juiz pode proferir uma decisão sem explicar os motivos dela, e para isso constrói raciocínio argumentativo. Sem argumentação, o Direito é inerte e inoperante”.

A argumentação tem como um de seus objetivos, levantar os diferentes argumentos em torno de uma tomada de decisão, colaborando para a decisão interpretativa e possibilitando a sua justificação.

No Direito, os argumentos são pluridimensionais, podem ser construídos com base no contexto histórico-social, ou ainda com base em aspectos da língua, direcionando a interpretação para elementos do texto, etc.

TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS

As técnicas argumentativas são consideradas por Prelman e Tyteca como as mais relevantes aos raciocínios dialéticos.

Como premissa inicial, a argumentação pretende convencer seu auditório com base naquilo que já é desejado ou conhecido por ele.Entretanto a diversidade ou pluralidade do auditório inviabiliza uma adaptação ideal do orador e,em face dessa igualdade, o autor da nova retórica propõe as técnicas argumentativas que se constituem em modos de desenvolvimento de raciocínios( PERELMAN,2000,P.211-574).

A) Argumentos quase-lógicos

B) Argumentos baseados na estrutura do Real

C) Argumentos que fundam a estrutura do real

D) Argumentos por dissociação

A) Argumentos quase-lógicos:

A.1- Lógicos

A.2-Contradição

A.3-Identidade Completa:Definição

A.4-Identidade parcial

A.5- Matemáticos

A.6- A pari, a contrário

A.7- De comparação

A.8-Probabilidades

B) Argumentos baseados na estrutura do real:

B.1- Uniões de sucessão: Baseados no nexo causal

B.2- Argumentos pragmático

B.3- Relação fato-consequência e meio-fim

B.4- Argumento meio-fim

B.5- Argumentação por etapas

B.6- Argumentação por esbanjamento

B.7-Argumento da direção

B.8-Argumentação por uniões de coexistência

B.9-Relação ato-pessoa:argumento de autoridade

B.10-Relação indivíduo-grupo

B.11- Relação simbólica

B.12-Dupla Hierarquizada

B.13-Diferenças de grau e de ordem

C) Argumentos que fundam a estrutura do real:

C.1- Argumentação pelo caso particular

C.2- Exemplo

C.3- Ilustração

C.4-Modelo

C.5-Raciocínio por analogia

D) Argumentos por dissociação

A) Argumentos quase-lógicos

Os argumentos quase lógicos são aqueles que lembram os raciocínios formais, dedutivos, no entanto, pelo fato de empregarem a linguagem natural, isto é, ordinária, vulgar, são suscetíveis de interpretações variadas, o que não é possível com a linguagem formal que é unívoca.

Os argumentos quase lógicos são aqueles que, por sua estrutura, lembram os raciocínios formais.

Os raciocínios formais parecem ser o resultado de um esforço de precisão e de formalização ao qual teriam sido submetidos os argumentos quase lógicos. Assim:

RACIOCÍNIO FORMAL = ARGUMENTO QUASE LÓGICO - PRECISÃO E FORMALIZAÇÃO

A linguagem vulgar, que é a da argumentação, é suscetível de interpretações variadas, e uma palavra repetida duas vezes numa mesma proposição pode ser tomada, se tal for necessário, em dois sentidos diferentes.

Exemplo de Heráclito: entramos e não entramos duas vezes no mesmo rio

Certos enunciados, como crianças são crianças , simples tautologias, aplicações de um princípio incontestado, o principio da identidade, tornam-se ao mesmo tempo significativos e contestáveis, se a mesma palavra é tomada em dois sentidos diferentes.

A linguagem

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