Uma Visão Angular do TDAH no Âmbito Escolar e Familiar
Por: Mauro Silva • 3/6/2016 • Trabalho acadêmico • 2.934 Palavras (12 Páginas) • 397 Visualizações
UMA VISÃO ANGULAR DO TDAH NO ÂMBITO ESCOLAR E FAMILIAR
Mauro Eduardo dos Santos Silva[1]
RESUMO: No ambiente escolar as crianças portadoras de déficit de atenção possuem dificuldades com o ensino-aprendizagem. Elas não conseguem manter a atenção por muito tempo no conteúdo que está sendo trabalhado dentro da sala de aula por causa de seu comportamento hiperativo. Elas apresentam uma escrita ilegível, demonstram uma leitura defasada e uma desorganização que ajuda a comprometer o aprendizado em geral. Essas crianças encontram muitas dificuldades de concentração, pois qualquer barulho, por menor que seja, tira a atenção delas e isso acaba deixando-as mais de vagar. É de suma importância que pessoas com TDAH sejam estimuladas para desenvolver as atividades propostas sem se sentirem obrigadas a fazê-las. Quando há uma restrição da parte do aluno portador dessa deficiência para a realização das atividades é necessário estimular esse aluno de forma positiva e afetiva, sempre elogiando e mostrando a ele que seu trabalho é bom e que vale a pena ser feito. É muito importante conquistar a criança pelo lado afetivo, depois há possibilidades dela obedecer e demonstrar interesse para a realização das tarefas porque foi proposto por um professor que ela tem afinidade.
PALAVRAS-CHAVE: Déficit de Atenção. Hiperatividade. Ensino-aprendizagem. Transtorno.
- INTRODUÇÃO
Percebe-se que há muita falta de informação em relação ao TDAH tanto na área da educação quanto na área familiar para que, pais e professores, possam auxiliar no aprendizado das crianças portadoras desse déficit.
Existem muitos pais que se deparam com esse problema em sua casa e professores com várias dificuldades, nas escolas públicas e privadas, em relação às crianças portadoras de TDAH. Na maioria das vezes, não há a quem recorrer para que seja obtido um diagnóstico e tratamento adequados ao portador do transtorno, pois nem sempre os professores e pais possuem as informações necessárias e realistas do assunto. Os profissionais da área educacional não possuem capacidade e treinamento adequado para lidar com esse tipo de transtorno. O sofrimento das crianças com essa deficiência se agrava a cada dia mais por não serem analisadas adequadamente, sendo que, geram-se vários problemas no seu dia a dia com seus familiares, na escola e sociedade. Essas crianças acabam ficando frustradas por não conseguir ter o seu desenvolvimento cognitivo de forma eficaz.
Escolhi esse tema para ajudar os profissionais da área educacional em relação às dificuldades com o ensino-aprendizagem do aluno portador de TDAH e, também, para auxiliar a família a entender e possuir uma visão angular da criança que possui essa deficiência.
Minha pesquisa se baseia em como diagnosticar o TDAH em um aluno, quais são os profissionais que eu devo encaminhá-lo e quais são as ferramentas que existem para ajudar no desenvolvimento do ensino-aprendizagem da criança que possui esse transtorno dentro do contexto escolar e familiar mediante pesquisa bibliográfica. Como educador confesso que não possuía muito conhecimento sobre o assunto em questão, mas estou em busca de transpor barreiras e ultrapassar obstáculos mediante ao TDAH.
O objetivo dessa pesquisa é:
Refletir sobre possíveis soluções para tratamento de crianças que apresentem Transtorno, Déficit de Atenção e Hiperatividade dentro do contexto escolar e familiar.
Identificar o transtorno de ensino-aprendizagem que pode-se perceber atacando e atingindo as crianças nas instituições de ensino da nossa sociedade Brasileira. A hiperatividade e a falta de atenção, frequentemente, têm sido os sintomas que mais tem prejudicado os alunos em relação à aprendizagem, pois, essas dificuldades podem ser encontradas, principalmente, dentro dos âmbitos: familiar e escolar.
Buscar as possíveis soluções para o tratamento desses sintomas, com seções terapêuticas junto a pedagogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Em determinados casos se faz importante e indispensável o uso de medicamentos, dieta e mudanças de hábitos comportamentais relacionados ao horário de descanso ou tempo de duração dele e dentre outros. Mas, tudo isso só funciona com dedicação da família, com muita disciplina, para ajudar amenizar ou até mesmo curar o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) quando diagnosticado nos nossos estudantes pelos profissionais que possam dar esse laudo.
Entender que não é função do professor realizar diagnóstico das causas das dificuldades de aprendizagem, porém, este profissional precisa estar atento e provido de conhecimento sobre o distúrbio para identificar e tomar atitudes cabíveis ao discente.
- Entendendo o TDAH no âmbito escolar e familiar
Há muitas repercussões da hiperatividade no relacionamento familiar; O hiperativo é a causa de frequentes transtornos domésticos. O comportamento hiperativo pode desestabilizar a relação do casal, que deve procurar administrar, em conjunto, os desvios comportamentais apresentados pelo filho, pois as discórdias do casal têm repercussão negativa relevante sobre o comportamento emocional da criança, o que agrava a hiperatividade. A vida doméstica se torna mais difícil, os encontros não mais denotam prazer, mas justamente o oposto, ou seja, o desprazer. A vida do casal se altera, comprometendo também a sua relação afetiva e sexual, em particular. Os horários das refeições tornam-se desgastantes, quando, na realidade deveriam ter clima tranquilo, com momentos de descontração e prazer para integrar a relação familiar. Acontece exatamente o contrário, pois nestas horas é que os ânimos ficam acirrados, tornando mais evidentes as cobranças e discussões.
Sabe-se que é necessário que haja uma aproximação das famílias dos alunos portadores de TDAH com a escola, pois, segundo Coll:
A colaboração com a família é mais necessária ainda no caso dos alunos que requerem ajuda mais especificas e intensas para compensar suas dificuldades. É importante informar os pais sobre as decisões adotadas para orientá-los sobre o tipo de ajudas que podem proporcionar a seu filho e promover sua participação com relação à aprendizagem de determinados conteúdos. A colaboração da família é de vital importância para favorecer a contextualização e a generalização de determinadas aprendizagens e conseguir que estas sejam mais significativas para a criança, já que pode relacionar o que faz em casa e o que faz na escola. Em muitos casos, se poderá, além disso, propor certas modificações no meio familiar, de modo promover o adequado desenvolvimento do aluno (Coll e Cols, 1995, p. 304).
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