Unidade 01 - Atividade 01
Artigos Científicos: Unidade 01 - Atividade 01. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: patricia.bianca • 14/9/2014 • 366 Palavras (2 Páginas) • 400 Visualizações
No artigo “REFLETINDO SOBRE AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES”, publicado por José Augusto Florentino da Silva, na Universidade Católica de Brasília – UCB. O autor trata sobre questões ligadas à dificuldade que alunos possuem no processo de aprendizagem da matemática e afins.
Assim destaco uma pequeno trecho do texto:
Silveira (2002), no seu estudo, diz que as opiniões dos alunos, quando falavam da disciplina, revelaram sentidos repetidos de outras vozes, como ecos de ressonância de dizeres que já foram ditos e analisados nas vozes: do professor, das sociedades a que estes professores se filiam e da mídia. A leitura da matemática, feita pelo aluno, mostra que traz subjacente, em sua fala, um outro discurso que faz parte da sua memória, mas no seu dizer revela as alterações de sentidos que produz na sua interpretação como sujeito aprendente. A autora revela que a insatisfação dos alunos é expressa por “Matemática é chata”, que é uma derivação de “não gosto de matemática”, como efeito de sentido do pré-construído “matemática é difícil”. “Matemática é difícil”, no sentido de que é “complicado”, foi reconhecido não apenas pelos alunos, como também no contexto histórico da disciplina, bem como, identificado nas atitudes de profissionais de educação que “Para despertar o prazer de aprender Matemática” propõem “a Matemática des-com-pli-ca-da”. Assim, através de seus programas querem despertar um prazer que reconhecem como inexistente com a finalidade de descomplicar o que é complicado.
Esta “fama” que deu voz a professores e alunos demonstra a forma naturalizada e inquestionável que o saber matemático está constituído na escola: a matemática é tradicionalmente a disciplina que apresenta maior dificuldade. Assim, podemos perceber o discurso que fala da dificuldade da matemática, como um discurso pré-construído (Silveira, 2002).
O aluno, que é um sujeito atravessado por estes saberes que estão aí circulando, se filia a este discurso, mas cria sentidos seus, pois ao movimentar-se nestes sentidos que foram dados à matemática, ao longo do tempo, desloca alguns e produz outros, como: importante, chata, idiota, útil, complicada, exige muita atenção e que não gosta.
A matemática da sala de aula perde sua beleza, para alguns estudantes, pois não conseguem assimilá-la. Quando têm dificuldades em entendê-la, a disciplina transforma-se num “bicho de sete cabeças”.
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