VERBO DIALOGAR “O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade”
Por: Brenda Garnize • 25/4/2017 • Monografia • 648 Palavras (3 Páginas) • 202 Visualizações
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM FOTOGRAFIA
BRENDA BARBOSA GARNIZE
PAMELLA FONSECA RIBEIRO
VERBO DIALOGAR
“O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade”
Vilém Flusser
Canoas
2017
Dialogar
A revolução cultural atual une dois conceitos até então distintos, a informática e a telecomunicação rotuladas pelo termo “telecomunicação”.
“Para quem olhar para trás, a distinção das duas tendências originais é surpreendente.” (FLUSSER, 2008, p.112)
Fotografias são telegrafáveis, mas as pessoas não se dão conta disso, o filme e o telefone surgiram simultaneamente e apresentava a evolução, o que ninguém se dava conta é de que os filmes são telefonáveis e o que alcançamos e temos hoje é a revolução dos dois.
Mas o que caracteriza esta revolução? É o fato de que cada vez mais as pessoas não precisarão ter um conhecimento técnico das “caixas pretas” que manejam.
“Toda criança será apta a sintetizar imagens com computador sem saber nada quanto aos processos complexos que provoca como atualmente toda criança pode fotografar sem se dar conta dos processos óticos e químicos que está provocando.” (FLUSSER, 2008, p.)
Antes os objetos exigiam que a pessoa soubesse ler, escrever, já hoje e num futuro próximo eliminam o aprendizado e se contenta com a programação das pessoas.
“O desprezo pela técnica que sustenta a nova situação cultural está inscrito no seu programa.” (FLUSSER, 2008, p.)
Essa revolução nos deixa dúvidas de como será no futuro, de suas substituições e no fim termos banalizado o armazenamento de todas as informações recebidas e produzidas em memórias indestrutíveis e de fácil manejo.
Não é difícil aprender coisas novas, difícil é pensar no desaparecimento das antigas e faço uma colocação aqui da banalização das novas memórias.
“A dificuldade da nossa imaginação é negativa.” (FLUSSER, 2008, p.)
“Toda revolução paralisa a capacidade imaginativa dos que a sofrem.” (FLUSSER, 2008, p.)
A revolução nos arrasta de maneira que não exista culpados, somos todos levados por ela, e o que assusta é de que mesmo que ela não esteja contra nós, fica o medo de não nos deixar nada para lembrar e de estarmos perdendo o contato físico, vivo.
A telemática é ligada com o diálogo, mas este diálogo é direto, a mesma mensagem atinge a todos da mesma maneira de forma idêntica, não havendo assim troca de informações e sem conversação vira um monte de papo furado.
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