Variabilidade Da Frequência Cardíaca

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA SOBRE A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL.

Ubbiali, Kelvin

Wieczorkowski, Sérgio

RESUMO

O trabalho teve como objetivo definir pontos de corte para a razão cintura/quadril (RCQ), representando um fator importante no desenlace da variabilidade da frequência cardíaca e Verificar a influencia dos valores da relação cintura/quadril sobre a variabilidade da frequência cardíaca.

Embora muitos estudos e evidências científicas tenham comprovado a importância da atividade física regular em prevenir, tratar ou evitar problemas de saúde física, psicológica ou social, que frequentemente acompanham o aumento da idade, ainda são muito incipientes os programas de saúde que incluem a atividade física como um de seus pré-requisitos. Avaliar o nível de atividade física da população é um fator crucial na preservação da saúde.

Os melhores pontos da Relação Cintura Quadril são 0,95 para homens e 0,80 para mulheres. Comparada com a razão cintura/altura e com o perímetro da cintura, a Relação Cintura/Quadril apresenta maior capacidade preditiva de hipertensão. O comportamento da Frequência Cardíaca tem sido amplamente estudado em diferentes tipos e condições associadas ao exercício. O exercício físico regular representa um importante fator para reduzir índices de mortalidade cardiovascular. Entretanto, pode haver benefícios adicionais e independentes da prática regular do exercício físico e da melhora no nível de condição aeróbica. Indivíduos com boa condição aeróbica tendem a apresentar Frequência Cardíaca de repouso mais baixa. A resposta da Frequência Cardíaca no início do exercício permite estudar a integridade da ação vagal cardíaca.

Palavras-chaves- variabilidade da frequência cardíaca; relação cintura quadril; atividade física.

1. INTRODUÇÃO

O coração não é um metrônomo e seus batimentos não possuem aregularidade de um relógio, portanto, alterações na FC, definidas como variabilidade da frequência cardíaca (VFC), são normais e esperadas e indicam a habilidade do coração em responder aos múltiplos estímulos fisiológicos e ambientais, dentre eles, respiração, exercício físico, estresse mental, alterações hemodinâmicas e metabólicas, sono e ortostatismo, bem como em compensar desordens induzidas por doenças. (RevBrasCirCardiovasc 2009; 24(2): 205-217).

A variabilidade da frequência cárdica nos mostra oscilações nos batimentos cardíacos através dos intervalos entre os batimentos contínuos, a variabilidade da frequência cardíaca fornecem um indicador sensível e antecipado do comprometimento da saúde do individuo, através das mudanças nos padrões da mesma.

Um indivíduo saudável com mecanismos autonômicos eficientes vai obter uma alta na variabilidade da frequência cardíaca sinal que o mesmo teve uma boa adaptação, já a baixa da variabilidade da frequência cardíaca pode nos informar que o individuopode indicar a presença de mau funcionamento fisiológico, necessitando de investigações adicionaispara encontrar o diagnósticoespecífico. A ampla possibilidade de uso e a facilidade para aquisição de dados caracterizam esse recurso. Destaca-se também que a apresentação de informações atuais referentes à VFC como conceitos, modelos de análise, formas de interpretação de resultados e aplicabilidade clínica, constitui um auxílio tanto para pesquisadores, quanto para clínicos que atuam nas diversas áreas da saúde.

O trabalho verificou a relação entre a influencia da relação cintura/ quadril sobre a variabilidade da frequência cardíaca, com o aumento da população com tendência a obesidade e futuros portadores de doenças cardiovasculares nossa preocupação em realizar esta pesquisa é saber se a relação da circunferência do quadril e abdominal tem alguma influencia sobre a variabilidade da frequência cardíaca dos mesmos.

Um fator de incremento nos tônus vagal com as adaptações fisiológicas ocorridas pelo aumento do trabalho cardíaco é a pratica regular da atividade física, vamos ater ao fato de ser regular, pois se for interrompido este processo ámenor chance de obter os resultados.

Com a pratica de atividade físicas regular a alguns autores afirmam que a tendência dehaver redução da circunferência do abdômen, com a perca da gordura corporal, mas porem baseada em boa dieta alimentar.

O estudo elaborado por Wolfgang revela que as mulheres com cintura fina e quadris largos são consideradas “pera” na mesma forma as de cintura grossa e quadris robustos são considerados “maça” a índice que comprovados que as mulherescom formato de pera, têm menos ataques cardíacos,enquanto as mulheres com formato de maça a maior probabilidade de ocorrer um ataque cardíaco. Nos homens é um pouco diferente a leitura é menos perceptível pela diferencia da forma anatômica da pelve.

MATERIAIS E MÉTODOS

Primeiramente foi feito contato com o Diretor pedagógico da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) de Cascavel, onde foi solicitada autorização para desenvolvimento da pesquisa no curso de Educação Física. Posteriormente os pesquisadores entraram em contato com o coordenador do Curso de Educação Física explicando os objetivos da pesquisa e solicitando autorização para realização do mesmo. Após o aceite, houve a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos universitários sendo este preenchido e assinado pelos mesmos. Após a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ao pesquisador, foram realizadas as avaliações. A presente investigação ocorreu na FAG de Cascavel, região oeste do estado do Paraná.

A população alvo deste estudo inclui universitários, de ambos os sexos, com idade entre 20a 45 anos.

Para o cálculo do tamanho da amostra, adotaram-se os procedimentos propostos por Barbetta (2003), mediante a utilização da seguinte equação:

no = 1/Eo2

n = N. no/N + no

Onde:

no = uma primeira aproximação para o tamanho da amostra;

Eo = erro amostral tolerável;

N = tamanho da população;

n tamanho da amostra.

n0= 1 / (0,12)2 = 69,44 indivíduos

n