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Venha Ver O Por Do Sol- Ligia Fagundes Teles

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Por:   •  11/3/2015  •  1.050 Palavras (5 Páginas)  •  650 Visualizações

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O presente trabalho tem por objetivo apresentar a análise do conto “Venha Ver o Pôr do Sol” de Lygia Fagundes Telles.

Ele por sua vez é apresentado em um lugar inusitado; esquecido pelo tempo e de difícil acesso.

“[...] - Cemitério abandonado meu anjo. Vivos e mortos desertaram todos. [...]”;

“[...] A tortuosa ladeira [...]”;

“[...] Em uma rua sem calçamento, coberta por um mato rasteiro e terrenos baldios [...]”.

O conto ocorre temporariamente em uma tarde para o anoitecer em um cemitério que se relaciona ao título “Venha Ver o Pôr do- Sol”, já que este fenômeno ocorre no momento em que o sol desaparece no horizonte.

“[...] Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo [...]”.

O tempo é breve, resumindo-se ao momento em que os dois estão no cemitério até o momento que Raquel é trancada e Ricardo vai embora.

O narrador é em terceira pessoa, é observador e heterodiegético, quando a sua relação com a história, ou seja, existe uma voz ausente do conto, que narra os eventos.

“[...] Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira [...]”.

A história conta com dois protagonistas:

Ricardo era esguio, magro e tênue, possuía um jeito jovial de estudante, tinha cabelos crescidos e desalinhados e tinha uma renda financeira baixa; outra característica de Ricardo eram suas mutações fisiológicas, as inúmeras rugazinhas que surgem ao redor de seus olhos e somem.

“[...] Esguio e magro [...]”; ”[...] Tinha um jeito jovial de estudante [...]”.

Raquel por sua vez era linda, elegante, porém fumava e ela ao contrário de Ricardo tinha uma situação financeira maior; também era menos complexa que ele, se achava esperta, era casada e tinha olhos verdes.

“[...] Elegância [...]”; ”[...] Linda [...]”; ”[...] Mas tinha uns olhos... eram assim tão verdes como os seus, parecidos com os seus... assim meio oblíquos [...]”.

A proposta do encontro foi feita pelo rapaz, na verdade, ele “implorou” pelo encontro durante “dias seguidos”. A moça está envolvida em um relacionamento com um homem “riquíssimo” e “ciumentíssimo”, de acordo com as palavras da própria personagem feminina, Raquel. Os adjetivos são empregados no grau superlativo absoluto sintético, para realçar e exacerbar as qualidades do namorado de Raquel, em matéria de riqueza e ciúme, ele não é comparável a ninguém. Ricardo, por sua vez, ficou “mais pobre ainda” do que era antes. Neste caso, foi empregado o grau comparativo de superioridade analítico do adjetivo, confrontando a situação anterior e a atual da personagem.

O flashback ocorre no momento em que Ricardo se lembra de sua prima falecida, que era apaixonada por ele e certamente parecida com Raquel.

“[...] Morreu quando completou quinze anos..., mas tinha uns olhos... Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas... penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus [...]”.

O conflito começa quando Raquel descobre que essa prima de que Ricardo falava não existia, e a suposta pessoa havia falecido há mais de cem anos.

“[...] Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! [...]”; “[...] Isto nunca foi o jazigo de sua família, seu mentiroso! [...]”.

O ponto máximo do conflito começa quando Ricardo tranca Raquel em um jazigo, deixando-a desesperada e enfurecida.

“[...] Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! [...]”.

Ao tomar consciência de sua tragédia, Raquel lança gritos “semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado”, com “uivos”, “abafados como se viessem das profundezas da terra”. Com essas expressões o narrador

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