Vila Economizadora
Ensaios: Vila Economizadora. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maayaaraa • 17/11/2014 • 1.688 Palavras (7 Páginas) • 697 Visualizações
Introdução
No início do Séc. XX houve a proliferação dos bairros operários na cidade de São Paulo, esses espaços (Vilas) foram construídos para facilitar os operários se locomoverem para seus distintos serviços nas indústrias, onde muitos deles vivem até hoje com suas famílias. Essas Vilas são lugares reservados que na época em que foram desenvolvidas, os moradores tiram um vinculo entre eles, que com o tempo isso foi se perdendo. Hoje algumas residências existentes nas Vilas são utilizadas como pequenas fabricas de tecidos. A Vila Economizadora localizada na Luz é um ótimo exemplo desses bairros, construída pelo empreiteiro italiano Antonio Bocchini, entre os anos de 1908 e 1915, originalmente ela foi construída com 134 unidades habitacionais, e a Vila Maria Zélia no Belém, hoje monumentos tombados.
1. Contexto – político, social, econômico e geográfico (virada do século XIX para o XX e início do século XX)
No início do Séc. XIX o crescimento da cidade era lento e muito desorganizado, tendo assim muitas ruas irregulares e devido à cidade ser próximo de vários rios, dois deles Pinheiros e Tietê havia muitos alagamentos, mas isso não impediu a cidade de crescer mais, ocupando as margens desses rios, que até hoje continuam alagando. Na época da marcha do café em meados do Séc. XIX foram implantadas ferrovias para a melhor locomoção da produção do café, fazendo com que a economia crescesse. No auge do surto de urbanização no final do Séc. XIX para o Séc. XX São Paulo tem um crescimento urbano de quase 200 mil habitantes, sendo imigrantes espanhóis, portugueses e principalmente italianos, vendo esse aumento de pessoas foram construídas as primeiras vilas, tendo também as destinadas para os operários que geralmente se localizavam em grandes bairros industriais da época. São Paulo teve um crescimento capital muito grande porque o mercado imobiliário teve grande interesse nessas vilas, tendo um alto investimento na produção de casas para aluguel, posteriormente São Paulo se tornaria a capital do Estado e uma das mais ricas do Brasil. Descontentes com o trabalho quase escravo nas lavouras de café os imigrantes se mudaram para a capital onde se instalaram inicialmente no bairro do Brás, fazendo com que as vilas tivessem um crescimento, entre estas estavam o Bairro do Ipiranga; a Água Branca e a Lapa; na Zona Oeste; a Vila Prudente; os bairros da Mooca, Brás, Pari, Belém e Bom Retiro. Com as más condições em que os bairros operários eram formados, em 1917 ocorre uma greve geral dos operários, ao contrario dos bairros ricos que tinham uma ótima qualidade de vida. Jorge Street investiu nesses bairros trazendo melhorias com todos os materiais sendo importados, trazendo também junto a ele escolas, igrejas, praça, armazéns tudo implantadas nas próprias vilas. Com a "crise de 29" EUA quebra afetando financeiramente Jorge Street perdendo as vilas para o INSS.
Perímetro urbano da Cidade de São Paulo – 1900
Mapa de São Paulo em meados do século XX
2. Quadro da habitação social em São Paulo no inicio do séc. X
A metrópole paulistana sempre teve parte de sua população vivendo em condições precárias de habitação. Considerando-se a habitação não somente em relação às condições do imóvel em si, mas também no que se refere a seu entorno e ao que ele disponibiliza em termos equipamentos de saúde, educação e cultura, lazer, transportes, vemos que a precariedade habitacional abrange contingentes ainda maiores da população. No início da formação da São Paulo moderna, a precariedade atingia sobretudo a população mais pobre.
No início do séc. XX, a cidade de São Paulo não era mais tão habitada em uma só região, tendo assim, muitos habitantes distribuídos pelas grandes regiões.
A partir desses problemas o poder público incentivou as construções de Vilas Operárias que iria proporcionar melhoria de vida ao trabalhador, resolveria os problemas públicos de higiene e seria um empreendimento barato para os investidores.
Com o grande numero de imigrantes, portugueses, espanhóis e principalmente italianos na vindo para São Paulo, tinha uma grande procura de empregos nas indústrias que estavam sendo erguidas na época, mas com essa demanda muito grande de empregados as indústrias não tinham como fornecerem moradias adequadas para os operários.
3. A inserção da Vila Operária como opção de moradia e suas principais características e exemplos
Na década de XX iniciativas foram tomadas por algumas empresas privadas, tendo o intuito de construírem habitações populares, exigindo moradias baratas e próximas, ou na capital para habitar o grande número de trabalhadores das fabricas ali localizadas.
As Vilas proporcionaram as primeiras experiências de massificação tanto pelas plantas arquitetônicas quanto pela uniformidade do entorno desses blocos. Devido à localização afastada dessas áreas onde eram construídas, era necessárias obras de infra-estrutura como rede de esgoto, luz e água, com a intenção não apenas de atrair a classe operária, mas também visando o desenvolvimento dessas regiões menos habitadas.
Com a chegada dos europeus no Brasil um grande passo foi dado, tendo uma crise habitacional, tendo como solução o aumento das taxas de ocupação das moradias. As vilas Operárias e Ferroviárias eram modelo de produção de habitação. A ferrovia está na maioria das cidades paulistas e também as vilas que foram destinadas aos trabalhadores.
Ainda hoje existem a permanência de vilas nos bairros operários nas cidades, a própria fábrica constroem e aluga para o morador.
Em algumas vilas existem certos bens, para os moradores, ex: escolas, postos de saúde, creches. Em algumas casas foram feitos comércios. Já em outras vilas não existem certos “bens”.
Temos como bom exemplo a Vila Maria Zélia, a primeira vila operaria a ser construída no Brasil na sua proporção, construída pelo arquiteto francês Pedarieux, por ser construída em um local afastado e escondido em meios às fabricas e as linhas férreas, a vila foi planejada com todos os suportes de saúde, educação, alimentação e
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