Visão Sistêmica Sobre A Gestão E A Expansão Do Negócio
Ensaios: Visão Sistêmica Sobre A Gestão E A Expansão Do Negócio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danymoura123 • 12/11/2014 • 3.297 Palavras (14 Páginas) • 273 Visualizações
O objetivo deste trabalho é analisar como o mercado de franquias tem sido erroneamente uma opção para algumas empresas que desejam expandir e não possuem, principalmente, recursos financeiros suficientes. Em geral essas empresas encaram os franqueados como parceiros para divulgação e consolidação da sua marca. Já os franqueados encaram a entrada numa rede de franquia como maior chance de obter sucesso na vida empresarial, sem precisar consumir tempo em pesquisa e planejamento para iniciar um negócio, uma vez que o franqueador oferece todo o estudo de mercado necessário.
Porém é comum franqueado e franqueador desconsiderarem que o sistema requer um árduo trabalho operacional e de controle. Ignorando na maioria das vezes sinais visíveis de alerta em relação ao funcionamento diário da rede e detalhes essenciais para que a permanência no negócio seja permanentemente crescente. Este artigo aponta alguns aspectos responsáveis pelo fracasso ou sucesso de algumas unidades, quando não, da própria franqueadora.
A escolha do tema em questão para apresentação desta monografia é justamente tentar entender o conflito de franqueadores e franqueados que escolheram este segmento para atuar buscando seus crescimentos profissionais e financeiros num modelo empresarial inovador e dinâmico. Para tanto foram utilizadas pesquisas e analises de casos já vivenciados em algumas redes estabelecidas no mercado brasileiro.
1 – DEFINIÇÃO DE FRANCHISING
Para compreender esse mercado particular que tem por essência a determinação de padronizar o funcionamento de um negócio, Cherto (1996) define: “Franchising é um sistema estratégico para distribuição de bens e serviços pelo qual uma empresa - chamada franqueadora - cede o direito de uso de seu nome, seu logotipo, know-how e tecnologia, mediante pagamento de taxas a um terceiro – o franqueado - conforme termos e condições pré-estabelecidos em comum acordo, durante certo período de tempo, numa área ou região específica. É um negócio já formatado que engloba todos os aspectos do funcionamento organizacional”.
Antes que a franquia comece a funcionar o franqueado recebe treinamento, orientação e manuais para garantir a padronização – este é o aspecto mais relevante do sistema de franquia e que oferece a garantia do seu sucesso. Suas principais características são:
Comercialização de produtos ou serviços padronizados
Métodos iguais de atendimento e funcionamento
Visuais idênticos
Mesmo modo de gestão
Domínio de um segmento de mercado específico
2 - COMO SURGIU
O Franchising surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1850, quando a Singer Sewing Machine Company, em NY, resolveu outorgar umas tantas franquias a comerciantes independentes, interessados em revender seus produtos. Na época, esses comerciantes adquiriram apenas o direito de usar a marca Singer na fachada de suas lojas. Alguns anos depois foi a General Motors e logo depois a Coca-cola.
Assim, a partir do início do século XX, o uso do franchising começou a se difundir. Em 1917, surgiram as primeiras franquias de mercearias (grocery stores), concedidas pela Piggly Wiggli. Em 1921, foi a vez da primeira franquia locadora de veículos, a Hertz, que até hoje é considerada a maior rede de seu ramo no mundo. Em 1925, surgiu a primeira franquia de fast-food, a A&W e em 1935 as primeiras franquias da Roto-Rooter, especializadas em desentupimento de tubulações. A década de 50 deu a vez para a Burger King, McDonald’s, Dunkin’ Donuts entre outros.
Plá, (1991) afirmava que “a grande explosão do franchising só viria a ocorrer após a 2ª guerra mundial, quando milhares de americanos, ex-combatentes, voltaram para seu país determinados a se tornar seus próprios patrões. Esses homens eram empreendedores, esforçados, dispostos a trabalhar duro, possuindo talentos valiosos e, para tanto, o franchising se tornou uma ótima saída. Naquela época a Small Business Administration, uma espécie de SEBRAE americano, facilitava o financiamento em condições bastante favoráveis. Desde essa época o franchising não parou mais de crescer”. No Brasil, apesar do surgimento de algumas formas rudimentares na década de 40 e da marca de escola de idiomas Yázigi implantar este sistema desde os anos 60, o franchising só ganhou força a partir dos anos 70, consolidando-se na década de 80.
Hoje há, pelo menos, 39 países onde existem Associações de Franchising. Aqui no Brasil a ABF – Associação Brasileira de Franchising é a instituição oficial. E para formalizar a parceria, a Lei 8.955 foi elaborada. Mas “a atual Lei de Franquias pode sofrer alterações, caso o Projeto de Lei n° 4319/98 seja aprovado. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados e poderá acrescer um parágrafo único estabelecendo que a empresa franqueadora deverá ter, no mínimo, doze meses de existência e funcionamento antes de iniciar o seu sistema de franquia” (KURITA, 2009).
3 - MODALIDADES DE FRANQUIAS
As principais modalidades de franquias se distinguem pelos seguintes aspectos apresentadas por autores como: Angioletti, 2004, Cherto, 1998, Mendez, 1991:
3.1- Modalidades do Negócio
3.1.1- Franquia Individual
“A modalidade individual não divide espaços com outras franquias” (ANGIOLETTI, 2004). É a mais usual, por manter o conceito adequado de franquia. Funciona num ponto comercial especificamente escolhido para o negócio, independente do ramo de atividade anteriormente existente no local.
3.1.2 - Franquia de Conversão
Na franquia de conversão, a experiência empresarial e investimentos do franqueado revertem para o franqueador, num mesmo ramo de negócios. Inclui os fracassos ou sucessos do empreendimento, com adaptação às normas gerais da respectiva franquia, como se fosse uma forma de troca de conhecimentos sobre o negócio. “Nesta modalidade o empresário independente transfere sua tecnologia de negócio isolado para o franqueador; também aproveita e valoriza o ponto comercial já existente, visando maior rentabilidade e menor investimento entre as partes” (ANGIOLETTI, 2004).
3.1.3
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