Vivenciando A Gestão No Espaço Educativo

INTRODUÇÃO

A indisciplina escolar é um fator que vem cada dia mais tomando conta das salas de aula e dificultando o trabalho do professor. Todos os dias chega uma notícia de indisciplina até a direção, quando não é do mesmo aluno, é de outro que apresentava comportamento normal e que agora está se mostrando rebelde.

Essa é uma reação em cadeia. Onde o indivíduo indisciplinado chama toda a atenção para si, e isso resulta na indisciplina dos demais, que também cogitam a mesma atenção.

É nesse ponto que o trabalho do professor sai totalmente prejudicado, uma vez que o mesmo precisa controlar essa indisciplina para que não tome conta de toda a sala de aula. E nessa medida de controle ele perde boa parte de sua aula, e quem se prejudica totalmente com isso é o aluno, pois se vê diante de uma situação revoltante, onde ele quer aprender e não consegue, já que o professor está controlando a indisciplina.

Responsabilizar somente a escola pela indisciplina é uma atitude totalmente erronia. A sociedade e a família também têm suas parcelas de responsabilidade, uma vez que a falta de carinho da família e de compreensão da sociedade se tornam destruidores na vida pessoal, social e escolar do individuo. E que provavelmente irá prejudicá-lo por toda a sua vida adulta.

1. PROBLEMA LEVANTADO NO CONTEXTO DA ESCOLA

O que causa a indisciplina na escola?

Muitos podem ser os fatores. Entre eles social, familiar, pessoal, entre outros.

A falta de atenção e carinho da criança em casa pode ser facilmente refletida nas suas atitudes na escola. A agressividade, a rebeldia, a falta de paciência para com os demais colegas, com o professor e demais funcionários da escola e a falta de concentração, são sintomas de que algo de errado está acontecendo na vida familiar ou social desse aluno.

Um aluno indisciplinado não prejudica somente a ele. Prejudica toda uma sala de aula, todo um quadro de docência e todo um planejamento de aula. Pois toda vez que ele se revolta, o professor precisa interromper a sua aula para chamar sua atenção. Os demais alunos se sentem prejudicados com isso e ficam estressados, pois estão perdendo o conteúdo que o professor estaria passando e não está, porque tem que controlar a rebeldia de um ou mais determinados alunos.

A sociedade com suas regras severas, seus julgamentos muitas vezes sem fundamentos ou sem necessidade, prejudica e muito a vida desse aluno. Muitas vezes erros que podem ser facilmente compreendidos e perdoados, são rigidamente punidos e muitas vezes injustiças são cometidas.

Todos esses fatores são mais do que suficiente para causar a indisciplina na escola.

E essa indisciplina prejudica não só o próprio aluno, mas também toda uma turma e até mesmo, dependendo do grau da indisciplinariedade, toda uma escola.

2. REFERENCIALTÉORICO

2.1 INDISCIPLINA

A indisciplina é dos fatores que ocorrem no ambiente escolar dificultando a aprendizagem do aluno, deste modo atrapalha o desenvolvimento das aulas onde o professor é o mediador.

Alunos que não querem aprender ou que possuem dificuldades e perdem o interesse em aprender o que o professor procura lhes transmitir, a cada dia o profissional necessita de auxílio da equipe pedagógica para compreender o que levou estes alunos a ter essas dificuldades.

O ambiente escolar é um lugar onde proporciona a aprendizagem fazendo com que o aluno sinta gosto em aprender, mas existem algumas contravenções. Os profissionais estão tendo dificuldades, pois a falta de ajuda da família faz com que este processo demore a acontecer. Como relata Franco (2012, p. 162) “A escola não pode ser espaço da negação, pois ela mesma nunca estará pronta. A escola, enquanto instituição social, sempre estará inacabada, assim como o ser humano”.

2.1.1 Dificuldades de Aprendizagem

A escola é um lugar onde crianças são inseridas para que possam aprender constantemente, deste modo muitos pais pensam que os profissionais de educação são responsáveis por suprir todas e quaisquer dificuldades dos alunos. Compreende que a dificuldade de aprendizagem começa na infância, através de observação de professores, a defasagem acontece quando a criança passa por alguns problemas familiares.

Aprendizagem concebida como a capacidade de processar, armazenar e usar a informação, ao ponto de estruturar em condições de intervenção e investigação aplicada, para daí se obter dados que impliquem a melhoria, o progresso, a compreensão e fundamentalmente, a prevenção e a intervenção no âmbito das DA (FONSECA, 1995, p. 6).

Para Fonseca “a aprendizagem é percebida de diversas formas, sendo processadas e armazenadas as informações obtidas. A aprendizagem serve para que a pessoa possa decodificar os códigos da alfabetização, nota-se que muitas crianças conseguem esta capacidade de armazenar apenas no ambiente escolar, por isto é importante a interação entre a escola e a família.”

Mas esta interação na maioria das vezes só acontece com as mães, pois são elas que estão presentes em reuniões escolares e acompanhando o desenvolvimento de seus filhos, pois, pais estão ausentes e alguns não dão muita importância ao que acontece no ambiente escolar, sendo os últimos a saber, o que ocorreu com seus filhos.

Pai e mãe são diferentes também em outro aspecto. É quase impossível deixar de ser mãe. No entanto, deixar-se de ser pai com grande facilidade. Na mitologia grega, há história em que pais masculinos matam seus filhos masculinos pela disputa do poder (TIBA, 2009, p. 84).

Já para Tiba o pai e mãe são completamente diferentes, pois cada um possui dentro de si condutas e éticas específicas, a mãe age por sentimentos sendo mais sentimental que o pai. Há muito tempo que existe esta disputa, como comenta o autor, como na história da mitologia grega onde o pai mata o próprio filho por causa do poder.

Diversas famílias começam de formas desestruturadas onde os filhos desenvolvem alguns tipos de defasagem, devido à falta de tempo acabam por terem que sustentar seus filhos, não proporciona o afeto necessário para que a criança aprenda com qualidade.

Como esclarece Franco (2012, p. 162) “Contudo, é preciso superar o discurso das dificuldades e pensar na caminhada que se vem realizando e na história