ÉTICA PROFISSIONAL E SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

MÁRCIA MARIA DO NASCIMENTO

Protocolo: 143857496

ÉTICA PROFISSIONAL E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

João pessoa

2014

MÁRCIA MARIA DO NASCIMENTO

ÉTICA PROFISSIONAL E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso Gestão em Recursos Humanos da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Sistemas de Informação; Ética, Política e Sociedade; Economia e Modelo de Gestão.

Prof. Henry T. Nonaka; Marcia Bastos; Joenice L. Santos e Mônica Maria Silva

João pessoa

2014

INTRODUÇÃO

Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido objeto de referências de muitos estudiosos, a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas.

O valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito. Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com seus funcionários e muito menos com a sociedade.

Deste modo, este trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre a questão da Ética no ambiente de trabalho, abordando assuntos relacionados a indenização que o banco HSBC deverá pagar aos seus funcionários, onde o Banco foi acusado de espionar e vasculhar a vida pessoal dos funcionários que estavam afastados por problemas de saúde.

Bem como, abordar os principais problemas e benefícios ocasionados pela sociedade da informaçaõ e conhecimento, e relacioná-lo com as questões éticas dentro de um ambiente de trabalho.

ÉTICA PROFISSIONAL E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da empresa e das relações de trabalho entre os funcionários. Auxilia no aumento do nível de produtividade, favorecendo também a criação de um ambiente harmonioso, agradável e respeitoso, gerando aumento da confiança entre empregados e empregadores.

O Banco HSBC foi condenado em 1ª Instância a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$67,5 milhões por ter espionado funcionários entre os anos de 1999 e 2003. Entre os anos de 1999 a 2003, um total de 152 funcionários do banco teria sido espionado.

Segundo o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), a sentença também proíbe o Banco de realizar investigações ou qualquer outro ato que viole o lar, a intimidade ou a vida privada de seus empregados, sob pena de pagamento de multa de R$1 milhão por investigação.

Segundo a ação que foi motivada por denuncias de entidades sindicais do Paraná, o HSBC teria contratado uma empresa especializada em investigações privadas para monitorar os seus funcionários, o motivo para tal medida seria o fato de, na avaliação da Instituição, a quantidade de pedidos de licença médica ser excessiva na época.

A empresa contratada pelos serviços supostamente seguia os trabalhadores pela cidade e informava ao banco o seu comportamento. Os investigadores abordavam os funcionários nas ruas se passando por entregadores ou pesquisadores, como também, revirava lixos das residências dos funcionários licenciados, inclusive filmando e fotografando cômodos.

Ao analisar tal fato observamos a invasão de privacidade e falta de valores éticos da empresa junto aos seus funcionários. Invadir a vida pessoal das pessoas, espioná-las, revirar lixo de suas residências, foge totalmente dos valores morais e éticos de qualquer tipo de relação, seja ela profissional ou pessoal. Eles violaram valores que são responsáveis por construir bases que guiam a conduta do homem e que determinam o seu caráter e virtudes e ensinam a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

A que ponto a sociedade capitalista chegou? Ultrapassando os valores de direito dos seres humanos, em busca de diminuição de custos e/ou maior lucratividade. Revistar funcionários na portaria da empresa, utilizar câmeras de vigilância e controlar o uso da internet, fazem parte do poder diretivo do empregador, porém, quando uma dessas formas de controle expuser o empregado a humilhações ou constrangimentos, passará de poder de direção do empregador a dever de indenizar. Isto porque, a justiça trabalhista brasileira é unânime em afirmar que, todo ato abusivo que atinja a dignidade do trabalhador extrapola o poder diretivo do empregador, sendo passível de indenização por dano moral. Deste modo, podemos auferir que o banco HSBC ultrapassou o poder diretivo e utilizou de atos abusivos a dignidade dos seus trabalhadores.

Segundo PERETTI, BRUNETTA e WERNER (2009), “Nesta sociedade tecnológica onde vivemos, a informação e o conhecimento são as novas armas no mercado, apenas as organizações com capacidade de produzir e disseminar informação de qualidade conseguirá sustentar vantagens competitivas. A mesma regra se aplica a uma pessoa dentro de uma organização, porém, como já vimos até agora, é necessário ter uma postura crítica e reflexiva frente aos avanços da tecnologia, pois freá-la é impossível”.

Tomando como base a citação acima podemos observar que ao longo da história, o homem tem criado os mais diversos meios e ferramentas para comunicar-se, e deste modo melhorar os seus padrões atuais de vida. Diante das suas criações, hoje as conclusões a tirar são complexas