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Ética Preparação para a profissão de jornalista

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Por:   •  2/11/2013  •  Resenha  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  191 Visualizações

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É compreensível (e necessária) a formação especifica do jornalista para que a profissão não seja manchada pelos maus profissionais. O ensino tecnicista é importante para habilitar um futuro jornalista, mas apenas a formação não o constitui de todo. O jornalista antes de tudo tem um compromisso: compromisso com a verdade, com a ética, com o público. É um mediador, que seleciona um fato, o legitima, se responsabiliza por ele, para levá-lo ao conhecimento do público, sob pena de perder sua credibilidade ou o da empresa que representa. Porém, nem todos se preocupam com a ética jornalística. A pressão das redações por “fatos quentes” associado ao pouco tempo de apuração de uma noticia (para não perdê-la para a concorrência) leva o jornalista a cometer erros que comprometem a veracidade de um fato e a confiança de quem a publicou. Um bom exemplo a ser dado é o do caso das bicicletas, que envolvia Alceni Guerra. Em 1991,Alceni era ministro da saúde do então presidente Collor. Nesse mesmo ano, o país (mais especificamente as regiões Norte e Nordeste) sofreu uma epidemia de cólera. Foi proposto então que agentes de saúde visitassem as casas para verificação e prevenção da doença. O ministério da saúde abriu uma concorrência pública para determinar a empresa que forneceria os equipamentos necessários para suprir os equipamentos que seriam usados pelos agentes públicos. A vencedora dentre as empresas participantes foi a Loja do Pedro, de Curitiba. O Correio Brasiliense publicou uma matéria dizendo que a FNS (Fundação Nacional de Saúde) efetuou a compra de 22.500 bicicletas por Cr$ 3 bilhões, 307 milhões e 500 mil cruzeiros (cada bicicleta saia a Cr$ 147 mil cruzeiros) enquanto em Brasília, a concessionária Caloi (modelo usado na compra) estava vendendo cada modelo por Cr$ 99 mil. O governo poderia ter economizado mais de Cr$ 1 bilhão se efetuasse a compra em Brasilia. Não deu outra.Alceni foi massacrado pela imprensa por suspeitas de superfaturação pela compra das bicicletas. O estopim de sua queda foi a reportagem que o jornal O Globo publicou com a imagem do ministro e seu filho andando de bicicleta no Parque da Cidade, em Brasília. No outro dia, uma charge do mesmo jornal mostrou Alceni e seu filho guiando uma bicicleta dupla (detalhe: seu filho estava vendado, dando a entender que ele fosse um menor infrator). O ministro pediu demissão ao presidente no dia 23 de janeiro de 1992. Em outubro daquele ano, o caso foi arquivado por falta de provas. Não é possível descrever com palavras a humilhação e a repudia que Alcine sofreu. Um depoimento do ex- ministro pode simplificar a situação:

”O tempo passa, mas o veneno da destruição de minha imagem insiste em continuar ativo, aniquilando-me como político, devastando-me como homem, torturando-me como pai, amargurando-me como marido e assombrando-me como cidadão. Será que é preciso dar fim à minha vida para chamar a atenção para o que aconteceu comigo? Por que a mídia, que como um todo ajudou a destruir minha vida, como um todo também não pode abreviar a purgação? Faz uma década que subi ao patíbulo: já não é tempo de exumar minha inocência? Ardi um ano inteiro na fogueira de uma megaexposição negativa. Será que só aos meus netos será facultada a dignidade de compulsar o verbete que me retratará como vítima de uma série inacreditável de atropelos? Estarei condenado a nunca mais enxergar o Alceni

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