Ética em cidadania
Artigo: Ética em cidadania. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 755204 • 21/5/2014 • Artigo • 376 Palavras (2 Páginas) • 173 Visualizações
Há mais de 25 anos atuando com desenvolvimento de profissionais, estou convicto que o desenvolvimento de pessoas numa empresa representa uma das melhores vias de mudança social. Esforço-me para que acatem a idéia de que empresa é local de desenvolvimento da consciência e que se o mundo é aquilo que percebemos e sobre o qual temos consciência, para mudá-lo é preciso ampliar a consciência das pessoas sobre esse mesmo mundo, facilitando o processo individual de busca de realização.
Num momento em que o paradigma da política brasileira foi colocado em discussão, fiquei intranqüilo com relação ao futuro comportamento gerencial e, por sua vez, com a formação de novos líderes empresariais. Essa preocupação decorre do fato de que no desenvolvimento das pessoas, boa parte da influência é exercida pelo modelo de conduta observado entre as autoridades de sua sociedade imediata. Preocupo-me com as conseqüências éticas que podem ser influenciadas pela existência de um partido ou grupo político que se transformou naquilo contra o qual lutou durante anos. Isso é particularmente grave devido ao provável envolvimento de pessoas de projeção nacional e que, direta ou indiretamente, influenciam as mentes de jovens que irão se tornar líderes no futuro.
Repetindo, vejo a empresa como o melhor ambiente para o desenvolvimento humano, onde a cultura humana é reforçada e produzida através do trabalho operário, onde conceitos são transformados e as inovações surgem como respostas a crises. Isso me obriga a combater de frente, no cotidiano profissional, qualquer tipo de comportamento não-ético – como o que estamos assistindo, por exemplo, na CPMI dos Correios. Nesse combate, usando a discussão e troca de idéias como armas, defendo a idéia de que os profissionais que hoje ocupam cargos de liderança em suas empresas, devem exercer vigorosamente as suas cidadanias e seus papéis políticos, pois só assim poderão assumir, também, a plena liberdade. Assim agindo, estaremos vacinando as empresas, a sociedade e os profissionais que são hoje, os modelos das gerações futuras; faremos isso discutindo e refletindo sobre o bem comum, como propõem as modernas abordagens de liderança, do uso de autoridade, da distribuição de poder na empresa, etc. É um papel reservado aos verdadeiros líderes, o de criar o espaço para que as pessoas possam agir e falar sobre o que diz respeito a todos.
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