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A Arte Romântica

Por:   •  4/10/2016  •  Resenha  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  427 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

CAVALCANTI, Carlos. A arte romântica. In: História das artes. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 1970.

Nesta resenha falaremos sobre A Arte Romântica, descrita no livro História das artes de Carlos Cavalcanti. Neste capítulo o autor começa falando sobre o predomínio do romantismo, nas artes europeias que foi entre 1820 e 1850, a partir desta data, começará ele a ser substituído pelo realismo. E afirma que o romantismo surgira em oposição ao neoclassicismo.

Para o autor uma das características marcantes do romantismo havia sido também do barroco, com o qual ele revela várias analogias técnicas e expressivas, a predominância na criação artística dos valores emocionais sobre os valores intelectuais.

Os românticos literários e artísticos eram contra as convenções e preceitos neoclássicos, o romantismo sempre vai se opor ao neoclassicismo. Em lugar da imitação das obras da antiguidade clássica, erigiram o sentimento e a imaginação como fontes artísticas criadoras.

Ao lado do emocionalismo, da intensidade na expressão do sentimento, o individualismo, isto é, a plena afirmação ou exacerbação da personalidade do artista será a segunda característica mais geral do romantismo segundo Cavalcanti. Em virtude de seu individualismo, os românticos negavam o belo ideal, eterno, universal e, portanto impessoal, que os neoclássicos haviam formulado e adotado.

De acordo com o autor ao lado do emocionalismo e do individualismo, as artes românticas apresentam ainda outras características. Essas novas características gerais são o realismo, o sentimento de contemporaneidade, o nacionalismo e o culto da beleza.

Apesar de terem considerado a imaginação a rainha das faculdades e intensificarem a expressão do sentimento, os escultores, pintores românticos procuram marcar de veracidade as suas criações. Animam-se de sentimentos realistas. Em consequência do realismo, será também muito vivo entre os românticos o sentido de contemporaneidade, que produzirá, nos tempos modernos, os primeiros artistas conscientemente imbuídos de ideias políticas e sociais.

O melhor exemplo do sentimento de contemporaneidade entre os românticos de acordo com Cavalcanti está no culto que também devotavam à Grécia. Era a Grécia, contemporânea e viva, que na época lutava heroicamente para se libertar do domínio turco.

Os românticos distinguem-se ainda pela vivacidade dos sentimentos nacionalistas. Datam do romantismo os cuidados dos governos com a restauração e a conservação dos monumentos históricos e artísticos do passado nacional. O nacionalismo romântico, no entender de muitos, seria reflexo do aumento de riqueza e de poder da burguesia.

Segundo o autor a volta do homem à natureza parece o último aspecto definidor da sensibilidade romântica. A paisagem, que durante o rococó e o neoclassicismo fora considerada simples cenário das ações humanas, adquire o prestigio de gênero de pintura independente, torna-se meio adequado e eloquente de expressão dos sentimentos e ideias do artista.

O romantismo tem no entanto, aspectos contraditórios. Apesar do realismo e do sentimento de contemporaneidade, caracteriza-se ainda como arte eminentemente de evasão. Quando se evadem no espaço buscam os seus temas nas regiões e populações exóticas e pitorescas, sobretudo no Oriente. Desse modo, na literatura e na pintura romântica, nasce o que depois chamaria orientalismo. Quando se evadem no tempo buscam de preferência os temas nacionais da antiguidade medieval. Outra forma de evasão, reveladora de contradições no romantismo, foi o conceito de arte pura, arte isenta das contingencias históricas e sociais

Entre os românticos voltamos a encontrar o gosto do exótico, do mórbido e do macabro.

De acordo com Cavalcanti a arquitetura romântica distingue-se, inicialmente, por verdadeira restauração do gótico e preferência por estilos exóticos, chineses, árabes, hindus, combinados num ecletismo em que as preocupações de efeitos decorativos tem mais importância do que as finalidades práticas do edifício e a lógica de sua estrutura.

Característica mais geral da arquitetura romântica é certamente a ressurreição do gótico. O gótico impunha-se aos românticos não por seus princípios estruturais, mas pelos poderes evocativos e sugestões decorativas, a par do sentimento nacionalista que despertava.

Segundo o autor a moda romântica do gótico nascera na Inglaterra, país de precoces e fortes tradições clássicas na arquitetura. Empregado em edifícios públicos, os ingleses também utilizavam o gótico em igrejas residenciais urbanas e campestres, e nas artes decorativas.

Na França corria também o gótico, cuja paixão se manifestava na restauração e preservação de monumentos, como as catedrais.

Na Alemanha, onde também se reavivavam os sentimentos nacionalistas, dizia-se ser o gótico o estilo nacional por excelência.

Nos países norte e centro europeus, o gótico também impera. Mas, na Itália, conforme sabemos, as tradições góticas eram fracas.

Para o autor os arquitetos românticos mais importantes na Inglaterra foram Augustus Welley Pugin, Charles Barry e Gilbert Scott. Na França Jean-Baptist Antoine Lossus e Eugéne Emmanuel Viollet-le-Due. Na Alemanha Karl Friedrich Schinkel, Friedrich von Gartner e Franz Christin Gau.

A características gerais da escultura romântica são substancialmente as mesmas da barroca. Segundo Cavalcanti acentuam-se o realismo, e por outro lado, como ocorrerá na literatura, no teatro e na pintura, o sentimento do contemporâneo. Os animalismos, realista e dramático, está na melhor linha da temática e da inspiração romântica, porque denuncia o desejo de captar algo de elementar e vital na natureza, isento de refinamentos intelectuais.

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