A ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
Por: borabahea • 22/3/2021 • Projeto de pesquisa • 1.710 Palavras (7 Páginas) • 162 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
DEPARTAMENTO DE MÚSICA (CMU)
O MOVIMENTO ARMORIAL SOB A PERSPECTIVA DA MUSICALIDADE
Francisco Mattos Bittencourt
8456132
CV: http://lattes.cnpq.br/7364687426014596
São Paulo
Outubro/ 2017
SUMÁRIO
TÍTULO..............................................................................................................1
SUMÁRIO..........................................................................................................2
RESUMO...........................................................................................................3
INTRODUÇÃO...................................................................................................3
PROBLEMA.......................................................................................................4
JUSTIFICATIVA.................................................................................................4
OBJETIVOS......................................................................................................5
HIPÓTESES......................................................................................................4
METODOLOGIA................................................................................................4
CRONOGRAMA................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................7
RESUMO
Este projeto tem por objetivo propor uma discussão sobre o Movimento Armorial, destacando sua importância artística e cultural na busca de uma identidade nacional.
O Movimento, além de propor um resgate das raízes populares nordestinas, combate a descaracterização e desvalorização da cultura popular no país, unindo a cultura oral e popular com a escrita e erudita, interligando a música, pintura, teatro e literatura. O presente projeto tem como interesse promover uma reflexão, com base na musicalidade, de como as manifestações populares são fonte inesgotável de inspiração e demonstrar como estas tem um grande poder representativo.
- INTRODUÇÃO
Atualmente o numero de trabalhos acadêmicos produzidos sobre o Movimento Armorial pode ser considerado pequeno se comparado ao volume de trabalhos sobre música de concerto escritos no Brasil. Dentre os principais trabalhos produzidos sobre este tema podemos destacar: “A MÚSICA NO MOVIMENTO ARMORIAL”, de Ariana Perazzo da Nóbrega1 e “PREMISSAS ESTÉTICAS E IDEOLÓGICAS DA MÚSICA
ARMORIAL”, de Carlos Eduardo Amaral2. Estes trabalhos serviram como base para a presente pesquisa, destacando o regionalismo tradicional e o nacionalismo musical presente neste movimento.
O Movimento Armorial, encabeçado pelo dramaturgo e escritor Ariano Suassuna (1927-2014) surgiu na década de 70, em Recife, numa apresentação da Orquestra Armorial junto a uma exposição de artes plásticas. Tinha como premissa realizar uma arte nacional erudita a partir das raízes populares de nossa cultura, pois afirmava Ariano que a cultura nacional estava sofrendo um envenenamento pelos países norteamericanos através da globalização. A fonte principal que envolveu as pesquisas em
1
Violista graduada pela Universidade Federal da Paraíba e Mestra pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora de Viola do Departamento de Música da UFPB.
² Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
torno do Movimento Armorial foi o folheto de cordel, que usava versos para dialogar com a literatura, as rimas para a música, a declamação para o teatro e as gravuras para as artes plásticas. No jornal da semana de 20 a 26/05/73, CPM, Ariano Suassuna explica:
O folheto possui três tipos de arte ligadas a ele. Em primeiro, a arte plástica que é a gravura da capa. Por aí a gente achava que a gravura popular fornecia o caminho para a pintura, talha, gravura, cerâmica e tapeçaria. Então, era o primeiro tipo de arte. Depois, tinha a poesia narrativa, que foi de abrir caminho para a literatura e para outras artes narrativas como o cinema e o teatro. Do mesmo jeito que me baseei no Enterro de Cachorro que era um soneto. E ainda tinha outra, que era a música. Então, nós todos considerávamos o folheto como canto e por aí é que se liga à tradição do violeiro, do repentista que nem sempre toca viola.
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