ANÁLISE DAS INTERAÇÕES NO ENSINO DAS ARTES NO CONTEXTO DE UMA ESCOLA PARTICULAR: DESAFIOS E LIMITAÇÕES

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA ESCOLAR E DO DESENVOLVIMENTO

FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

ANÁLISE DAS INTERAÇÕES NO ENSINO DAS ARTES NO CONTEXTO DE UMA ESCOLA PARTICULAR: DESAFIOS E LIMITAÇÕES

Apresentação do Trabalho Prático à Universidade de Brasília para a avaliação final da disciplina Fundamentos do Desenvolvimento e Aprendizagem.

Autora:

Thaís Turial – 12/0042606

Orientadora:

Prof.ª Monica Moreno

BRASÍLIA, 2012

“A arte [...] atinge esse estado celestial que já nada guarda de pessoal nem de racional. À sua maneira, a arte diz o que dizem as crianças”

Gilles Deleuze

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

OBJETIVOS 10

METODOLOGIA 11

I - Participantes 13

II – Equipamentos e Materiais 14

III - Local 14

IV - A Escola 15

V - O Professor 16

VI - Procedimentos 16

VII – Quadro e Tabelas 17

RESULTADOS 18

1º dia - Episódios de 03 de maio de 2012 18

2º dia - Episódios de 10 de maio de 2012 21

3º dia - Episódios de 17 de maio de 2012 25

4º dia - Episódios de 24 de maio de 2012 27

Entrevista 28

I – Dados Pessoais 29

II – Motivação/Expectativa 29

III – Professor e Instituição 30

IV – O Aprendizado e as Interações 31

DISCUSSÃO 34

I – Sobre as Interações em Sala de Aula 34

• Autonomia/Resolução de Problemas 35

• Criatividade 36

• Motivação/Comunicação 37

• Contextualização / Leitura de Mundo / Experiências 38

II – Sobre as Interações: Instituição/Professor/Disciplina 40

• Desafios do Professor 40

• Artes, Disciplina Secundária? 41

• Paixão pela Arte 42

• Papel do professor 43

• Papel da Escola e dos Pais 45

• Violência/Bullying (Coordenação) 47

CONCLUSÃO 49

REFERÊNCIAS 51

ANEXOS 53

I – Diário de Campo 53

II – Roteiro para Entrevista 75

III – Transcrição da Entrevista 78

• Missão e Objetivos 85

• Objetivos do Fundamental I 86

Competências e Habilidades do Fundamental I 88

INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA

A Educação Brasileira enfrenta uma série de problemas, um dos mais sérios em minha opinião, é a desesperança que afeta os professores. Os governantes se vêem diante de uma situação que se torna necessário planejamento de ações, que buscam incentivar as pessoas a se tornarem professores, tamanha desmotivação em relação a esta profissão no Brasil. As atitudes de nossos governos no processo de gestão da educação tem sido de total influência na destruição da educação, haja vista os resultados de inúmeras pesquisas que nos mostram a situação caótica que encontra a educação deste país.

Não existe uma política séria e eficaz para a educação refletindo a falta de respeito aos educadores que acabam tendo que amargar uma desmotivação forte e que influi seriamente em sua prática pedagógica. Para o governo, os problemas educacionais são constantemente reduzidos a questões que podem ser resolvidas no âmbito do indivíduo, do esforço pessoal do professor. O professor é visto como um ser dotado de inesgotável força de vontade que deve estar permanente disposto a se superar no cumprimento de sua missão. Esquecendo que os professores hoje, chegam em sala de aula mal formados, desacreditados e desrespeitados, tanto pela sociedade quanto pela política.

O professor recebe toda a culpa pelo fracasso da educação, e para muitos, eles são únicos responsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem, tirando da sociedade e dos pais qualquer participação significativa neste processo. Somado a isso estes profissionais ainda enfrentam seus problemas diários não resolvidos pelos governantes, baixos salários, jornada exaustiva de trabalho, com números excessivos de alunos em sala e com total falta de estímulo para desenvolver trabalhos eficazes e formas coerentes e seguras de desenvolver o trabalho docente.

Dentro desta educação totalmente desestruturada, algumas situações ainda se agravam, é o caso do professor de Artes, que diante de todos estes problemas estruturais enfrentam um dos maiores desafios que é tornar a disciplina de artes reconhecida por alunos e professores dos outros componentes curriculares, já que a mesma recebe, ainda, o estigma de apêndice para as outras disciplinas na educação.

A educação em arte tem uma história cheia de preconceitos, que a faz ser considerada por muitos somente uma forma de lazer e diversão, ficando distanciada das conceituações teóricas e metodológicas. O ensino da arte com