A Experiencia Para Joan Scot

A autora discute, através do conceito de experiência, o método se define enquanto uma categoria explicativa de análise crítica, e vem sendo utilizado por historiadores para dar ouvidos aos seus relatos esquecidos, resgatando o discurso desses sujeitos subalternos, e inserindo-os numa historiografia tradicional, que segundo a autora, por muito tempo tentou ignorar essa inserção no campo da história.

O termo experiência, se baseia na ideia e na contraposição, do relato do indivíduo que vivenciou algo, ou da experiência do historiador, sobre algo já imposto de maneira naturalizada pela história tradicional, sendo usado por historiadores para dar ouvido aos esquecidos, desconstruindo visões e explicações empíricas, impostas pela história tradicional, com base em novas problemáticas, quando estas são encontradas.

A história, em sua maior parte, tem um discurso fundamentalista e legitimador.  Portanto, a experiência faz parte dos fundamentos reintegrados à escrita da história, no campo crítico ao empírico, ou seja, é usado para resolver problemas de explicações empíricas, à história tradicional, baseada na construção desses sujeitos esquecidos.

A autora ressalta que, entre historiadores feministas, experiência tem ajudado a legitimar uma crítica à falsa objetividade dos relatos históricos tradicionais, ou seja, uma ruptura da história fundamentalista. É através desse método de experiência, que estudos voltados à mulher tem seus objetivos alcançados, questionando interpretações existentes, mas que não consideram o gênero em consideração.

Judith Newton diz que o feminismo é negligenciado por teóricos críticos da contemporaneidade. E essa crítica feminista parece ter surgido justamente dessa experiência das mulheres.

A experiência também age no objeto de investigador, o historiador, que produz conhecimento, com base em outras culturas, baseado na sua experiência como observador, defendendo sua autonomia, originalidade fundamenta a identidade do pesquisador.

A experiência, para Collinwood, é uma fonte confiável de conhecimentos, pois se baseia na percepção do historiador e sua realidade.

O uso da experiência é usada na obra de Thompson, com influência mediadora entre estrutura social e consciência social. Para o autor, experiência era as realidades vividas na vida social. O sentimento, para Thompson, é passado culturalmente por normas, obrigações familiares, de parentesco, valores dentro da arte e da crença religiosa.

A autora diz que, são questões evitadas como discursos, diferenças e subjetividade, assim como a experiência, permite aos historiadores à refletir criticamente sobre a história que escrevemos, ao invés de basearmos nossa história nela.

Mas como a experiência se historiciza? A experiência é um evento linguístico, sendo ela coletiva ou individual. Ela é a história do sujeito e a linguagem o local onde a história é encenada, e não devem ser separadas.

A experiência faz parte da linguagem cotidiana, e está ligado à nossas falas, narrativas, servindo como forma de falar o acontecido, de estabelecer diferenças e semelhanças, de defender um conhecimento irrefutável.

Mas tornar visível a experiencia de grupos diferentes, expõe a existência de mecanismos repressores, mas não sua forma de funcionamento e lógica.

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A ideia da autora é refletir sobre o uso da experiência como evidencia histórica, especialmente na história das diferenças, completando registros do passado, incorporando termos silenciados como história das mulheres, negros, minorias e etc, que foram rejeitados pela história tradicional.

Dessa forma, a experiência é usada como estratégia para historiadores, permitindo questionar narrativas empíricas, quando novas formas de problemas são encontrados

Dessa forma, a experiencia tem sido usada como estratégia bem sucedida e limitada aos historiadores, permitindo questionar narrativas, quando novas formas de problemas são encontrados, com base na ideia do relato do individio sobre determinado acontecimento.