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A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA E A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL 

Por:   •  2/6/2020  •  Resenha  •  1.490 Palavras (6 Páginas)  •  641 Visualizações

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A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA E A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL 

Nomes: Ana Carolline Ferreira da Silva e Wenderson Campos

Prof.: Alexandra

                 A arquitetura buscou modelos do classicismo.

A arquitetura, na atualidade, veio de produção avançada tecnologicamente para produção de obras artísticas, o que é um paradoxo aparente, fruto de tecnologia. Na Itália, pôs guerra, ARGAN interpreta a obra de arte como um argumento crítico à produção industrial. Por outro lado, GRASSI deveria ter conservado o caráter artesanal, usando recursos racionais. Os italianos produziam esboços arquitetônicos no mercado de arte em galerias.[pic 2]

Neste século, GOMBRICH citava a arquitetura em um contexto psicológico, afirmando que a arte não existe, apenas se tem artistas. Buscou-se saída para a desigualdade à arte, tudo para verificar relação entre arte e produção industrial. No final dos anos 60, criou-se a “escultura ambiental”, inovadora, como consequência das crises dos projetos de produção. O prestígio da obra de arte é a maneira artesanal. O artista inovado se aproximou da realidade, buscando autenticidade, distanciando da produção industrial feitos sobre a ditadura da indústria (em série). Busca-se aproximar da arquitetura da arte simples. FRANK GEHRY notou artesanalmente formas geológicas simples, aproximando a arquitetura e a arte, com matérias simples, valorizando as texturas e as cores. O que o aproximou da arte, tendo como exemplo a convenção de armazéns em museus, um alojamento de criação com base na arquitetura e surrealismo.[pic 3]

O grupo COOP HIMMEBLAU desenvolveu esculturas e performances, surrealista, arquitetura livre, sem ser pré-concebidas, próxima das peças aeronáuticas e tecnológicas.

[pic 4]

Superstudio e Nataliani – Projetos que se apoiou em artes plásticas, evoluiu de propostas radicas, para uma arquitetura tecnológica, conceitual, crítica, artesanal, pessoal, criticando a arquitetura capitalista. Exemplos espanhóis também buscam singularidade, recriando obras clássicas, como síntese entre a máquina e a obra de arte. O texto cita outros casos de destaque, que tem influencias contraditórias, com diálogos entre artificial e natural, conceitual e simbólico. Cita diversidade de estratégias como tipologia arquitetônica singular, mencionando o espaço arquitetônico e a arte, visando a experimentação contínua como capacidade de desenvolvimento, com valores próximos ao pessoal, com o risco de arquitetura se converter em futilidade (decorativa).  A arte e a arquitetura tocam influencias; A estratégia minimalista se baseia no contraste de expressão das formas básicas. A nova abstração formal, por sua vez, baseia no hedonismo formal, com arquitetura oposta a concepção de que o que vale e o local onde está o projeto, foi ditado como “nova abstração formal” tendência de desconstruções de padrões, na qual a relação com a tradição e a ficção.

                         XVII. A nova abstração formal

Pode-se identificar duas correntes nos anos 70, uma voltada ao estatuto da obra de arte e outra voltada a abstração formal. Em relação a primeira, Oswald Mathias Ungers, arquiteto alemão, concebe uma síntese do repertório tipológico de Rossi, e da nova disciplina da autonomia e onipresença da geometria defendida por Eisenman. Essa arquitetura é batizada como nova abstração formal. Esta diz respeito mais de temas atuais, da desordem do mundo contemporâneo. Desta maneira, partindo da premissa da consciência da condição efêmera do homem moderno há o esquecimento do social, ou seja, a renúncia da arquitetura comunicativa. Tal pensamento se faz presente no livro de Peter Eisenman, “o fim do classicismo” o qual faz crítica ao realismo e funcionalismo possuindo formas abstratas e conceitos que facilitam a ruptura para uma nova época. O autor discorre sobre o fim das ficções presentes na arquitetura desde o renascimento. São elas: ficção da razão, da representação e da história.

Tendo como premissa o trabalho em equipe e a experimentação radical, Rem Koolhaas e Elia Zenghelis criam o OMA. O que destacou os primeiros desenhos do escritório foi seu entusiasmo pelas possibilidades das propostas das vanguardas, sua admiração pela estética das estruturas modernas e sua fascinação pela densidade e ecletismo do universo metropolitano. A relação da arquitetura de Koolhaas com as grandes cidades é simultaneamente de crítica e admiração. Descreve uma cidade genérica, sem uma única identidade, por este motivo, surgem os edifícios gigantescos, os quais abrigam de forma simples uma diversidade de funções, formas e circulações. Tempos depois, na fase em que suas obras passaram a ter grande importância, formou o próprio escritório, o AMO. O que mais importa para Koolhaas é o acontecimento e não mais a arquitetura. Assim, apresenta o corte e as perspectivas de seus projetos de maneira lúdica a fim de indicar o que acontecerá no espaço projetado.

Bernard Tschumi e o parque de La Villette, em Paris.

O concurso para o projeto desse parque popular foi lançado em 1982 e tornou-se foco de atenções devido a expectativa de ele se tornar um parque modelo do século XXI. Além disso, era uma grande oportunidade para os arquitetos mostrarem sua nova disciplina compositiva baseada na abstração formal. Bernard Tschumi foi o vencedor, derrotando outros arquitetos como Rem Koolhaas e Zaha Hadid.[pic 5][pic 6]

O arquiteto já possuía tendência para o caminho das apropriações e contaminações figurativas. Teve como principais fontes de inspiração a literatura e o cinema, sendo a última mais forte, por ser considerada a mais significativa da vanguarda. Procurando aproximar os dois mundos (arquitetura e cinema), Tschumi procura retratar a preocupação com a velocidade, o movimento e o dinamismo; tais elementos são melhores expressos através da descontinuidade, dos fragmentos e o choque entre eles. O autor de La Vilette também possuía como inspiração os projetos de Peter Eisenmann. Influenciado por essas diversas vertentes, Tschumi projeta o parque a partir da superposição de três tipos de tramas: pontos (representados pelos folies), linhas (corredores lineares) e superfícies (plataformas e volumes). As diversas relações criadas entre essas tramas (sejam de conflito ou de sobreposição) construíram a forma do parque, extremamente geométrico. A revolução de Tschumi ao projetar esse parque levanta uma questão muito importante até atualmente: como deveria ser um parque na era contemporânea? As opiniões dividem-se em: local que atua como refúgio da vida urbana ou um projeto que recrie as tensões vividas na metrópole, como o de La Vilette.

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