A Roda Dos Prazeres De Lygia Pape
Casos: A Roda Dos Prazeres De Lygia Pape. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AndreaGodoi • 6/11/2013 • 477 Palavras (2 Páginas) • 2.619 Visualizações
PROJETO HISTÓRIA DA ARTE: ARTE
INTERNACIONAL E ARTE BRASILEIRA
“A roda dos prazeres de Lygia Pape”
Análise da obra “A roda dos prazeres”, de Lygia Pape
A roda dos prazeres proporciona a meu ver um despertar dos sentidos. Provoca
experiências inusitadas e imprevisíveis através das cores, aromas e sabores. Ao sugerir uma experimentação a artista aguça os sentidos do então espectador através do tato, do olfato, da visão, do paladar e o envolve num processo de dar significado ao que fora explorado. Consciente ou não da sua escolha o sujeito compactua com o objeto e há assim o rompimento da barreira, da distância e nasce assim a experimentação.
Há o entrelace do imaginário (aquilo que imagino ser e apenas observo) e o concreto (aquilo que sinto, provo e experimento).
Permite ao sujeito realizar conexões, novas reflexões tornando possível vê-los como um todo e não mais como algo isolado.
Conforme Cardim, 2007: A experiência do corpo faz despertar a experiência do mundo percebido, já que o corpo se encontra no mundo como o coração no organismo.
A artista propõe através das suas obras a liberdade na exploração da sua obra,
aproximando o sujeito do objeto e da sua obra, é clara a transgressão dos limites entre o real e a vida real. Ao mesmo tempo que o sujeito toca ele sente, uma abordagem mais do corpo do que da mente, mais da emoção do que da razão.
Pape precisava das mudanças para criar. Constantes mudanças permeiam a obra da artista, numa explosão de cores, sabores e sentidos, sempre na meta de romper a distância entre o sujeito e o objeto, como exemplo muitos vestiram a obra da artista. E ainda declara a própria Pape:
"Eu tento estender ao máximo o fio da expressão". Em "Roda", conta Pape,
"o olhar é seduzido por uma cor, mas o paladar pode reagir de maneira
diferente: o veneno seria uma das surpresas possíveis".
A participação do público foi de fundamental importância para que a obra se completasse, como pré-requisito para simplesmente existir. Há porém quem pegue o conta-gotas para provar o amarelo, o azul, o vermelho, etc. - e há quem não saiba o que fazer com a obra descontraída e sensorial.
O movimento neoconcreto durou apenas dois anos, mas modificou para sempre a arte brasileira e a trajetória de Lygia. Ela seguiu inclusive fazendo experimentações com vídeo, dança, performance, arquitetura, cinema (com o Cinema Novo) e design gráfico.
No neoconcretismo, a tríade é considerada a santíssima trindade dos artistas brasileiros no cenário internacional. A participação do espectador, o trabalho com a subjetividade e o rompimento da moldura são algumas dessas características, que podem ser simbolizadas pelas obras "Bichos", de Lygia Clark, "Parangolés", de Oiticica, e "O Ovo", de Pape. Esta última, tema do texto de Oiticica em "Gávea de Tocaia".
A característica principal da obra de Pape é
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