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A Sexualidade na Educação infantil

Por:   •  17/3/2017  •  Monografia  •  4.269 Palavras (18 Páginas)  •  510 Visualizações

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UNIP

Universidade Paulista

Pedagogia

Sexualidade na Educação infantil

Pratica docente

São Paulo – SP

2016

UNIP

Universidade Paulista

Pedagogia

Sexualidade na Educação infantil

Prática docente

                                                                                                                       Trabalho de conclusão de Curso. Apresentação à banca examinadora da Universidade Paulista Unip campus Anchieta, para a obtenção do grau de licenciatura em Pedagogia sobe a orientação da professora M[a]a. Luciana Leme.

São Paulo – SP

2016

SUMÁRIO

Sumário

Introdução 1

Objetivos 2

Desenvolvimento da sexualidade infantil3

Abordagem histórica 4

Parâmetros curricular nacional 5

Tema Transversais 6

1 Introdução 

           Durante muito tempo, a sexualidade foi ocultada, tida como um assunto proibido, um ato ligado somente à perpetuação da espécie, e que não existia na infância. [b][c]A sexualidade só surgiria após a puberdade, quando o organismo se encontrava preparado para a reprodução.
As escolas assumiam o papel de repressoras, impedindo qualquer manifestação sexual das crianças. Somente no século XIX, foi possível derrubar essa concepção biológica, após estudos realizados por Freud na psicanálise. Revelando que a sexualidade é parte integrante do ser humano e que se apresentam durante todas as etapas da vida (SCHIAVO; SILVA, 1997).
 sabido que a escola tem papel determinante no comportamento dos jovens, por isso ela precisa oferecer um espaço afetivo para que ocorram debates sobre saúde reprodutiva e sexualidade de uma forma continuada. Cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenças existentes na sociedade para auxiliar o aluno a construir um ponto de auto referência por meio da reflexão[d]. Nesse sentido o trabalho de Educação Sexual realizado pela escola não substitui a função da família, mas a orienta[e]. O trabalho de Educação Sexual se faz problematizando, questionando e ampliando o leque de conhecimentos e de opções para que o próprio aluno escolha seu caminho. A escola tem muito a oferecer aos estudantes, pois ela deve procurar dar informações corretas ou esclarecimentos sobre as questões trazidas pelos alunos, para que os mesmos tenham maior consciência de seu próprio corpo, evitando dessa forma a gravidez precoce, e prevenindo-se das doenças sexualmente transmissíveis e de situações de violência sexual.

A sexualidade se manifesta na escola principalmente nos anos finais do ensino básico, com curiosidades exploração do corpo, situações das quais os educadores[f] têm encontrado dificuldades em lidar com essas questões, sendo necessária à orientação sexual ser realizada na escola para que sejam bem orientadas suas curiosidades e descobertas que serão levadas para a vida adulta. O que faz deste tema relevante, à medida que se discute a respeito da sexualidade, e da importância da educação sexual na escola.

O trabalho está organizado em três partes, no primeiro capítulo, trata se do desenvolvimento da sexualidade infantil na visão de alguns teóricos no capitulo 1.1 traça se de maneira geral um histórico da Educação Sexual, mostrando os progressos e retrocessos pelos quais passou essa importante abordagem, bem como as rotas que ela percorreu até serem contempladas nas escolas.
No segundo capítulo abordamos os P
cns e temas transversais sua historia e sua importância No último capítulo, à investigação concentra-se na questão de como ocorre nas 5ª séries a orientação Sexual na percepção dos autores que fazem a Escola.··.

2 Objetivos[g]

Este estudo tem como objetivo explorar e compreender os assuntos nos que diz respeito à sexualidade infantil no âmbito escolar visando identificar as práticas pedagógicas, com alunos na faixa etária de 10 anos do 5° ano do ensino fundamental como o professor atua frente a estas questões com seus alunos e investigar se a orientação sexual que ocorre na escola está de acordo com o que está determinado nos PCN´s (Parâmetros Curricular nacional) onde esta foi constituída como tema transversal.

Sendo que seus objetivos específicos busca verificar junto à direção/professores se está havendo Educação Sexual na escola e se há um planejamento para que isso ocorra, assim como, quais as dificuldades mais comuns enfrentadas pelos docentes em sua prática profissional, no que diz respeito à Educação Sexual de seus alunos e também identificar que ações políticas [h]curriculares são traçadas pela escola. É uma pesquisa do tipo qualitativa descritiva uma vez que buscará investigar como o tema sexualidade está sendo trabalhada pelos educadores, a fim de permitir uma compreensão mais esclarecedora do objeto estudado.

3 DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE INFANTIL

É interessante pensarmos que Freud, considerado o pai da psicanálise, no século passado, chocava com suas concepções relativas ao desenvolvimento sexual desde o nascimento dos bebês. Na sua concepção, a sexualidade não deveria ser pensada como um impulso que só se aflora na puberdade, como normalmente se acredita, pelo contrário, desde os primeiros dias de vida o bebê sente prazer, uma vez que o prazer não significa estar diretamente relacionado ao ato sexual. Ainda hoje, os adultos (inclusive aqueles atuantes na escola) têm muitas dificuldades em compreender e aceitar as manifestações da sexualidade infantil.[i] Várias podem ser as razões que levam a isso, dentre elas, o próprio processo de educação sexual que, com a maior parte das pessoas, aconteceu de forma repressiva e silenciosa. Mas é importante destacar a importância da família na construção da vida sexual da criança, que pode e deve ser de maneira amiga e natural, gerando segurança facilitando o encontro da identidade pessoal. De acordo com Vygotsky (1989), a sexualidade infantil é constituída através da interação entre os indivíduos e as estruturas sociais, o desenvolvimento pleno da sexualidade é essencial para o bem-estar individual, interpessoal e social do sujeito. “É a própria evolução da sociedade que determina os padrões sexuais e, consequentemente, a educação do indivíduo”. (CARNEIL, apud RIBEIRO, ET AL 1990, p. 79). Parto [j]do princípio de que a sexualidade é uma construção histórica e cultural e que cada criança desenvolverá sua sexualidade de acordo com o tempo e o meio em que está inserida. A educação sexual é um processo de vida inteira que se inicia em casa com a orientação dos pais e/ou familiares, tem continuidade na escola, estende-se pela adolescência na troca com os amigos e permanece na vida adulta. É na exploração do próprio corpo, na observação do corpo do outro, e a partir das relações familiares que a criança se descobre num corpo sexuado de menino ou menina. Preocupa-se, então, mais intensamente com as diferenças entre os sexos, não só com as diferenças do corpo, mas com todas as expressões que caracterizam o homem e a mulher. A construção do que é pertencer a um ou outro sexo se dá pelo tratamento diferenciado para meninos e meninas, inclusive nas expressões diretamente ligadas à sexualidade, e pelos padrões socialmente estabelecidos de feminino e masculino. representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos, e transmitidas através da educação, o que atualmente recebe a denominação de “relações de gênero”. Essas representações internalizadas são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança. Os pais normalmente sentem-se inseguros com relação à educação sexual dos filhos, não sabendo exatamente qual o momento oportuno para esclarecer as dúvidas das crianças, até onde pode ir, se devem ser claros ou dar meias respostas. A orientação dos psicólogos é que as respostas sejam sempre claras, não havendo, porém, a necessidade de responder além do que as crianças questionam. De acordo com o Camargo (1999): A criança tem o direito de sentir que seu corpo é adorável e bom e que é somente dela e apenas ela poderá decidir quem pode vê-lo ou tocá-lo. Há muito que fazer para aumentar seu sentimento de autoconfiança, considerando a proximidade, a intimidade, o amor e os sentimentos. É desafiador fornecer informações precisas, confiáveis, sem preconceitos para o estabelecimento da confiança mútua. (p. 59). A confiança mútua entre pais e filhos oportunizará com que os pequenos se sintam a vontade em perguntar sobre suas curiosidades relativas à sexualidade, alertando-os para uma série de riscos, como o abuso sexual, as doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo uma gravidez indesejada.  

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