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ANÁLISE: MADONNA DEL PRATO x MORRO VERMELHO

Por:   •  16/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  899 Palavras (4 Páginas)  •  1.763 Visualizações

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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS

Claudia Figueiredo Silva – RA 1770540

POLO IPIRANGA

2017


OBRA: Madonna Del Prado. Rafael. Ano: 1506. Dimensões: 113 x 88 cm

Material: óleo sobre tela. Estilo: Renascimento italiano

Local: Museu Kunsthistorisches – Viena/ Áustria

ARTISTA – COMO VIVEU? ONDE?

Viveu em Florença de 1504 à 1507, nasceu na Itália em Urbino em 6 de Abril de 1483. Seu pai, Giovanni Santi, foi um pintor que o ensinou técnicas de pintura durante sua vida, porém em 1494 ele morre deixando seu ateliê como herança para o filho. Rafael então assume a responsabilidade de administrar a oficina de arte e em pouco tempo consegue ultrapassar o sucesso do pai e é reconhecido como um dos melhores artistas de sua cidade.

Em 1500 o pintor Pietro Vannuci, também conhecido como Perugino, convidou Rafael para ser seu aprendiz em Perugia. As aulas duraram 4 anos e deu oportunidade para Rafael ganhar conhecimento teórico e prático, assim construindo um estilo próprio de pintura.

Seu nome marcou a história do Renascimento com obras pautadas na religião e com aspectos de perfeição e delicadeza.

ANÁLISE DA OBRA: MADONNA DEL PRATO

A Virgem com Cristo e São João Batista representa tema religioso com o terceiro (S. João) a entregar a cruz para Cristo, esse que se inclina sobre as mãos da Madonna que usa um vestido azul e vermelho que simboliza a Igreja e a Morte de Jesus. Eram cores importantes do Renascimento e difíceis de conseguir. À sua direita há uma papoula que carrega a personificação do nascimento, morte e ressurreição de Cristo.

Os três personagens formam um triângulo que harmoniza com a paisagem preenchida com curvas ao redor dos ombros de Madonna que se curva suavemente. Rafael usou a técnica de perspectiva aérea para demonstrar a paisagem longe do espectador.

OBRA: Morro Vermelho. Lasar Segall, 1926. Óleo sobre tela: 115 X 95.

ARTISTA – COMO VIVEU? ONDE?

Nascido na Lituânia, foi um pintor, escultor, gravador e desenhista. Estudou na capital da Lituânia, em Berlim e Dresden, inspirado pelo estilo impressionista. Entrou no modernismo alemão, participando do grupo Secessão, de Derden. Havia uma forte preocupação social e cultural em suas obras, marcadas pelo seu testemunho da Segunda Guerra Mundial. Geometrização e o predomínio de cores quentes compunham seus quadros. Seus personagens são negras, pobres, prostitutas e crianças, centralizados para passar uma atmosfera de intimidade. O Museu Lasar Segall abriga 3.119 trabalhos do artista.

ANÁLISE DA OBRA: MORRO VERMELHO

Aqui a criação da Virgem é diferente: mãe negra que carrega seu filho no colo em um ambiente periférico. Ela é retratada olhando diretamente para o espectador. A paisagem também é apresentada em perspectiva de profundidade, com cores quentes e formas geométricas nas casas e nuvens formam curvas acima da cabeça da Madonna. “Morro Vermelho” poderia ser interpretado como a violência nas favelas, ou, mais ainda, a perda de filhos para a criminalidade.

ANÁLISE: MADONNA DEL PRATO x MORRO VERMELHO

“Madonna” representa um tema religioso, sagrado, enquanto em “Morro Vermelho” a mensagem é clara: uma crítica a sociedade e a violência nas favelas. As crianças são postas de maneiras diferentes: na primeira imagem Madonna segura a barriga de Jesus com as mãos nas suas costas levemente, como um gesto para apoiá-lo e não impedi-lo, enquanto o mesmo alcança a cruz com os dedos. “Em Morro Vermelho” a mãe carrega seu filho no colo com os braços ao redor de seu corpo, como um gesto de proteção, este que está dormindo no centro do quadro e a personagem olha para o espectador diretamente. A cor vermelha chama a atenção nas duas obras – é a cor do sangue, da violência e do sacrifício. Sacrificar Jesus à humanidade e perder as crianças do mundo para a criminalidade. O primeiro quadro passa sensação de calma e serenidade enquanto o segundo te provoca intimidade e impacto. O uso da geometria no primeiro quadro simboliza a Santíssima Trindade. Ambas obras são harmônicas e usam a geometria para compor a imagem.

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