Apts Movimentos

Os movimentos sociais e suas mudanças.

Partindo das transformações que aconteceram no mundo nas últimas décadas e que acabaram por influenciar as mudanças de focos nos movimentos sociais na América Latina, destacou- se que eles não se limitam à política, à religião ou as demandas socioeconômicas e trabalhistas.

Movimentos por reconhecimento, identitários e culturais, e por direitos socioculturais ganharam destaque, a exemplo do movimento dos indígenas, ao lado de novíssimos movimentos sociais, autodenominados como anti ou alterglobalização, com agendas de demandas e formas de articulação globais. O leque das abordagens sobre esses movimentos é amplo e diversificado. Não há uma teoria, mas várias teorias sobre os movimentos sociais. Elas buscam explicar o novo cenário de associativismo civil, principalmente no Brasil.

Políticas de identidade têm sido construídas por políticas públicas advindas de governos que ascenderam ao poder de Estado, em vários países latino-americanos, na última década. Essas políticas buscam “incluir” grupos e associações, tidos como vulneráveis. Categorias operacionais de intervenção na realidade social vêm sendo ressignificadas nos marcos de uma política de inclusão conservadora, gerando novas leituras e interpretações teóricas sobre a realidade social, também conservadoras, bem distantes das metas emancipatórias almejadas pelos movimentos sociais na década de 1980.

Nesta conjuntura pergunta-se: qual é papel dessas redes associativistas? As atuais formas de associações civis organizadas em redes são compostas por: movimentos sociais, associações comunitárias, fóruns, conselhos, etc. Também elas podem ser reunidas um três conjuntos:

Os movimentos e ações de grupos que lutam por direitos: sociais, econômicos, políticos. São movimentos de segmentos sociais excluídos, como lutas das mulheres, dos afro descendentes, dos índios. Grupos portadores de necessidades especiais, etc.

Movimentos e organizações de luta por melhores condições de vida e trabalho, no urbano e no rural, procurando aceso e condições para – terra, alimentação, saúde, transportes, lazer, emprego, salário etc.

Os movimentos globais ou globalizantes como o Fórum Social Mundial. São lutas que atuam em redes sociopolíticas e culturais, via fóruns, plenárias, colegiados, conselhos etc.

Então chegamos num ponto que hoje em dia não há mais os mesmos movimentos que víamos no passado não muito distante, por exemplo, lembramos muito bem a luta por ‘diretas já’ ou o ‘impeachment do Collor’, os movimentos e suas redes de hoje em dia são muito mais organizados, sucintos, focados na causa que eles abraçam, hoje não um rosto pintado ou uma bandeira e sim movimentos extremamente organizados com diretoria, capital, com principalmente objetivo seja social. Nisto o estado assumiu um novo papel, o de juntar-se aos movimentos, ou seja, atualmente o estado apresenta novas políticas sociais que priorizam processos de inclusão social de setores e camadas tidas como “vulneráveis ou excluídas” de condições socioeconômicas ou direitas culturais. As políticas sociais têm feito recortes no campo social, destacam os pobres e, entre esses, os miseráveis, os mais excluídos ou em situação de risco.

Preso à Liberdade.

A música ‘preso à liberdade’ do grupo Subsolo enfoca na atual realidade da sociedade com respeito aos direitos e deveres do cidadão, a questão de reclamar de tudo e nunca buscar a luta, isto é necessário lutar para conseguir que o direito de cidadão tenha valia, também faz uma critica as manifestações de movimentos sociais quando diz: ‘Pé pra que, se eu não posso caminhar?

A mão pra que será se eu não posso trabalhar?’. Nisto podemos notar que no século 21 a critica toma conta da sociedade e o estado busca ser o ‘amigo de todos’, aquele podemos contar, aquele que ajuda nos momentos difíceis, aquele que empresta dinheiro no momento de necessidade. Mas, todavia, este é papel do estado, dar condições de sobrevivência a todo cidadão, seja ele rico ou pobre, preto, branco ou amarelo, incluído ou excluído mas a letra da musica deixa claro que devemos lutar por nossos direitos quando diz ‘A liberdade está em poder escolher’, pois é escolhendo certo que podemos chegar a vitória.

Democracia.

Democracia, sistema político no qual a soberania emana do povo, isto é, do conjunto dos cidadãos, o qual exerce o governo diretamente, como na Grécia antiga (democracia direta) ou por meio de representantes livremente escolhidos de forma periódica (democracia indireta ou representativa). A democracia moderna se caracteriza também pelo respeito ás liberdades individuais e coletivas, pelo respeito aos direitos humanos, pela divisão do poder do Estado em três poderes (Executivo, Legislativo e o Judiciário), pela igualdade de todos perante a lei e pela existência de formas de controle das autoridades pelos cidadãos.

Ou seja, a democracia permite que todos os cidadãos de uma sociedade diante dos conflitos possam trabalhar ou agir politicamente na exigência de seus direitos, lutar e reivindicar pelos mesmos. Todo cidadão tem direito a liberdade, igualdade e participação no poder, como direitos civis.

Igualdade por que todos os cidadãos possuem os mesmos direitos e devem ser tratados iguais;

Liberdade por que todo o cidadão tem direito de expor suas ideias, seus interesses e suas opiniões. Liberdade de escolha de uma vida digna de moradia, educação, cônjuge, saúde, recusa de hierarquias, trabalho, transporte, lazer, cultura, etc...

Participação no poder por que garante que todo cidadão possa opinar, decidir, votar ou revogar todas as decisões hierárquicas que lhe são impostas dentro das discussões e deliberações públicas.

Sabe-se que a democracia tem porte de ser a única sociedade verdadeiramente histórica e que considera o conflito legítimo. Mesmo com os movimentos sociais e a luta pelos seus direitos, os cidadãos ainda sofrem por manterem e ampliarem a transformação da realidade capitalista em que vivem, pois a exploração ficou mais violenta para os trabalhadores e persiste também a dominação social, cultural e política. Isto porque os conflitos por interesses do capitalismo são criados pela exploração de uma classe por outra, mesmo que a ideologia afirme que todos são livres e iguais.

“Liberdade, igualdade e participação conduziram á célebre formulação da política democrática como governo do povo, pelo povo e para o povo.”

Na sociedade