Arte na pré história
Por: LauraDionzio • 19/9/2016 • Dissertação • 1.295 Palavras (6 Páginas) • 325 Visualizações
ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
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Arte no Paleolítico
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(do surgimento do ser humano até cerca de 12.000 a.C.)
. Idade da pedra lascada.
. A produção e o valor simbólico das imagens e o domínio da realidade.
. Desenhos em cavernas: naturalismo.
. Mão em negativo.
. Pinturas de animais, cenas de caças.
. Esculturas femininas.
As obras mais impressionantes, por sua técnica e por seu realismo, estão em
Altamira, na Espanha, e em Lascaux, na França.
As primeiras expressões artísticas eram muito simples. Consistiam em traços feitos nas
paredes das cavernas, ou nas mãos em negativos.
Somente muito tempo depois de dominar a técnica das mãos em negativo é que o
homem da pré-história começou a desenhar e a pintar animais.
Pintura em Gruta de Lascaux, França (17.000 e 16.000 a.C.).
Pintura de mão em negativo em
caverna na França.
A principal característica dos desenhos e pinturas do período é o naturalismo: o
artista do paleolítico representava os seres de modo como os via de determinada
perspectiva, isto é, reproduzia a natureza tal qual sua visão captava.
Essas pinturas, chamadas rupestres, mostram representações de animais na pedra
dos interiores das cavernas. Bisões, veados, bovinos, cavalos, são representados com
grande perícia e impressionam pelo traçado firme e vigoroso e pelos matizes que dão
volume aos seus corpos.
Alguns são apenas esboçados em preto, outros inteiramente pintados em cores
vivas, todos expressando um misterioso sentido de vida.
Eram utilizados nessas pinturas óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão, vegetais
e sangue de animais. Os elementos sólidos eram esmagados e dissolvidos na gordura
dos animais caçados. Como pincel, era utilizado inicialmente o dedo, mas há indícios
também do emprego de pincéis rudimentares, com penas e pelos.
A preservação dessas pinturas deveu-se a sua localização, pois, situavam-se nos
recantos mais profundos das cavernas. Uma das explicações mais frequentes que
levaram o homem pré-histórico a fazer as pinturas em locais tão inacessíveis, é que
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seriam obras de caçadores, como parte de rituais de magia. Talvez o pintor-caçador
acreditasse que se representasse o animal mortalmente ferido no desenho,
aprisionando a imagem do animal, teria poder sobre ele e conseguiria abatê-lo na
vida real.
Alguns pesquisadores acreditam que esses homens não faziam muita distinção
entre realidade e representação, e que atribuindo poderes às imagens estavam
tentando racionalizar a realidade, ou seja, o mundo natural, selvagem e perigoso,
procurando, assim, ordená-lo, compreendê-lo e dominá-lo.
Outro aspecto que chama a atenção nas pinturas rupestres é a capacidade do
artista de interpretar a natureza. Assim, ele utilizava imagens carregadas de traços
fortes que expressavam a ideia de vigor para representar os animais que temia, ou os
grandes animais que caçava.
O artista do paleolítico fez também esculturas. Nelas, nota-se o predomínio das
figuras femininas, e a ausência de figuras masculinas. Dentre esses trabalhos, destaca-
se a Vênus de Willendorf. Esta pequena escultura de 11 cm de altura foi encontrada
na Áustria, e data de aproximadamente 24.000 a.C.
Sua cabeça estilizada pouco tem a ver com a realidade,
os pés e braços são inexistentes. Os seios são fartos e o ventre
protuberante. Sugere abundância e, provavelmente, fora um
amuleto relacionado à fertilidade.
Esculturas como essa parecem ter nascido da atribuição
de semelhanças a pedras com animais ou figuras humanas.
A Vênus de Willendorf possivelmente foi talhada numa rocha
que sugerisse suas formas.
Os valores atribuídos à imagem em nada se relacionavam
à decoração ou à contemplação estética, mas à magia.
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