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Auto da Barca do Inferno

Por:   •  11/9/2016  •  Ensaio  •  2.738 Palavras (11 Páginas)  •  442 Visualizações

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ETEC ALBERTO SANTOS DUMONT

Nome: Gabriel Pedrosa Nunes/ N°:10/ 1m3

ADAPTAÇÃO DO “AUTO DA BARCA DO INFERNO”

DE GIL VICENTE

GUARUJÁ

2015

ETEC ALBERTO SANTOS DUMONT

Nome: Gabriel Pedrosa Nunes/ N°:10/ 1m3

ADAPTAÇÃO DO “AUTO DA BARCA DO INFERNO”

DE GIL VICENTE

Trabalho bimestral de adaptação para a disciplina de Língua Portuguesa do curso Ensino Médio na instituição de ensino Etec Alberto Santos Dumont.

Prof°: Eduardo de Oliveira

GUARUJÁ

2015

AUTO DA BARCA DO INFERNO

DE GIL VICENTE

(ADAPTADO)

A peça é composta por Gil Vicente, e foi apresentada a rainha Lianor e ao rei, Dom Manuel I.

Introdução

A peca começa num rio, no qual devem ser atravessadas uma das duas barcas, uma para o céu, com o barqueiro anjo, e uma para o inferno, com o barqueiro infernal e seu companheiro.

Um fidalgo aparece, e o barqueiro infernal( diabo) e seu companheiro começam  a tentá-lo.

Diabo- Venha, Venha!  Temos uma maravilhosa maré, entre no barco.

Companheiro- Isso mesmo, vá até lá, e sente naquele banco. Arrumemos tudo para as outras pessoas que já vem.

Vamos! Já é tempo de partir e louvar ao grande Belzebu!

Diabo- O que está fazendo? Ande logo!

Companheiro- Ei, poderoso Dom Henrique, entre aqui.

Fidalgo se dirige a barca do inferno:

Fidalgo- O que é isso? Esta barca leva para onde?

Diabo- Vai para a ilha dos perdidos, e irá partir logo.

Fidalgo- Para lá vão?

 

Diabo-Sim, e estamos a teu serviço, vossa senhoria.

Fidalgo- Isso me parece um barco velho...um cortiço.

Diabo- Um cortiço porque o vê por fora.

Fidalgo-E...me diga uma coisa, o que seria a ilha dos perdidos?

Diabo- Seria o inferno, meu senhor! Hihihehehaha.

Fidalgo-Não! Não quero ir para esta terra sem graça.

Diabo- O que? Acha que pode zombar aqui?

Vejo em sua feição, que é perfeito para ir ao nosso porto.

Fidalgo- Mas...O que!?

Existem pessoas que neste exato momento, em minha outra vida,  devem estar rezando por mim.

Diabo- Hihihihehaha. Rezando por você? Viveu aos teus prazeres e acha que estando aqui alguém lá reza  por ti?

Essa foi sua escolha, contente-se com o inferno.

Venha logo...Embarque! Tenho a mesma cadeira que seu pai sentou quando veio aqui.

 

Fidalgo- Mas...não há outro barco por aqui?

Diabo- Para você meu querido? Não.

Você já até pagou a passagem! Hihehehaha.

Fidalgo-Impossível, irei para outra barca.

Fidalgo corre até a barca do paraíso:

Ei da catraia! Para onde vai?

Ahh...não me ouve?

Me responda! Olá...Oi!

...

 Por Deus, me perdoe, já morri, e isso já é horrível!

Me ajude, Salvador!

Anjo- O que deseja aqui?

Fidalgo-Que me diga, pois morri tão inesperadamente, se essa barca em que você navega, é a que leva ao paraíso.

Anjo-Sim, mas por  que?

Fidalgo-Eu gostaria de embarcar. Sou um nobre fidalgo, é seu dever me deixar ingressar ai.

Anjo-Não se embarca tirania nesta catraia divina.

Fidalgo-Não sei o que fiz, para não poder entrar ai.

Anjo- Para você, é muito estreita esta barca.

Fidalgo- Para mim, não há cortesia? Leve-me daqui, por favor!

Anjo

-Você não morreu de forma que pudesse adentrar a este navio. O outro é mais apropriado a você, seu rabo caberá na cadeira. Você desprezou os pequenos, mais aqui, você é menos que eles.

Diabo- Venha logo. Hihihehaha.

Oh, que maré perfeita! Uma brisa que mata os valentes remadores do barco.

Diabo começa a cantar:

-Me venerem, me venerem!

Fidalgo -Ao inferno irei? É só o que me resta? Em minha vida não me preparei, e muito pequei.

Adorava ser adorado. Me perdi em meu status.

Irei, irei! Irei nesta barca de tristeza.

Diabo-Embarque logo, que aqui nos acertamos.

Pegue um par de remos, reme, e, chegando ao cais, eternamente me servirá.

Fidalgo- Espere, não posso ir ainda...aguardarei minha esposa, que agora sem mim, deve estar prestes a se matar por mim, coitada.

Diabo- Se matar por você? Hihihehaha.

Fidalgo- Disto tenho absoluta convicção.

Diabo- O seu chifre já cresceu, sua mulher você perdeu.

Hihihehehaha, grandes chifres!

Fidalgo-Como pode? Ela me escrevera palavras de amor.

Diabo-Lia muitas mentiras, e tu...foi enganado!

Fidalgo- Será que no fim de minha vida, nada de bom tenho eu?

Diabo- Foi sua escolha. Viveu como queria.

Hoje quando sua mulher rezou, agradeceu infinitas vezes pela sua morte.

Fidalgo- Mas, ela não chorou?

Diabo-Só se for de alegria. Hihihehahaha.

...

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