Biografia Jean Baptiste Debreu
Pesquisas Acadêmicas: Biografia Jean Baptiste Debreu. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: campezzi • 22/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.432 Palavras (10 Páginas) • 456 Visualizações
Jean Baptiste Debret
Jean-Baptiste Debret ou Debret (Paris, 18 de abril de 1768 — Paris, 28 de junho de1848) foi um pintor e desenhista francês. Integrou a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura.
Introdução
Jean-Baptiste Debret ou Debret (Paris, 18 de abril de 1768 — Paris, 28 de junho de1848) foi um pintor e desenhista francês. Integrou a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura.
De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início doséculo XIX.
Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da atualbandeira republicana, adotada em 19 de novembro de 1889.
Juventude e início de carreira
Filho de Jacques Debret, funcionário do parlamento francês e estudioso de História Natural e Arte, e irmão de François Debret (nascido em 1777), arquiteto, membro doInstitut de France. Era parente (primo) de Jacques-Louis David (1748-1825), líder da escola neoclássica francesa. Estudou no Lycée Louis-le-Grand. Foi aluno da Escola de Belas Artes de Paris, na classe de Jacques-Louis David. Também chegaria, como seu irmão François, ao Institut de France. Obteve em 1791 o segundo prêmio de Roma, com a tela Régulus voltando a Cartago.
A Revolução Francesa necessitava de engenheiros que entendessem de fortificações; foram, então, seleccionados alguns dos alunos mais brilhantes para o curso deEngenharia. Debret foi um dos escolhidos, tendo estudado engenharia por cinco anos, seguindo a tradição familia, na École Nationale des Ponts et Chaussées.Depois de formado, em janeiro de 1795 foi contratado como desenhista de 3 classe naÉcole centrale des Travaux Publics (futura École Polytechnique) que apenas começava suas atividades Em dezembro do mesmo ano é passa a professor de desenho.. Em abril de 1796, sua vaga foi extinta e ele deixa a escola a École Polytechnique..
Apesar da carreira de engenheiro, Debret voltaria à pintura. Expôs no salon de 1798 um quadro com figuras de tamanho natural – Le général méssénien Aristomène delivré par une jeune fille, com o qual ganhou um segundo prêmio. Expõe em 1804, no salon, o quadroO médico Esístrato descobrindo a causa da moléstia do jovem Antíoco.Em 1805 muda a temática de suas pinturas, expondo Napoleão presta homenagem à coragem infeliz, que recebeu menção honrosa do Instituto de França. Debret finalmente encontrara-se com o que seria o tema principal de suas obras enquanto na França: Napoleão. Expôs no salon em 1808 o quadro Napoleão em Tilsitt condecorando com a Legião de Honra um soldado russo. Em 1810, um novo “tributo” à Napoleão fora criado – Napoleão falando às tropas; seguido por A primeira distribuição de cruzes da Legião de Honra na Igreja dos Inválidos, de 1812. Não por acaso, Napoleão era um verdadeiro mecenas para artistas como Debret e David, apoiando – inclusive financiando – a disseminação da arte neoclássica.
A Missão Artística
A derrota de Napoleão, em 1815, foi um golpe duro aos artistas neoclássicos, que perderam o principal pilar que sustentava – financeira e ideologicamente - a arte neoclássica. Isto, somado com a perda do filho único, de apenas dezenove anos, abalara muito Debret. No mesmo período, ele e o arquiteto Grandjean de Montigny foram convidados à participar de uma missão de artistas franceses que rumava para a Rússia a pedido do Czar Alexandre I da Rússia. Mas, paralelamente, se aprontava em Paris a missão ao Brasil, chefiada porJoachim Lebreton, por solicitação de Dom João VI. Debret - assim como Grandjean de Montigny - escolheu o Brasil. Embarcou em Le Havre a 22 de janeiro de 1816. Calpe, o veleiro norte-americano que trazia a Missão, aportou em território brasileiro em 26 de marçode 1816. A missão foi planejada por António de Araújo e Azevedo, o conde da Barca, que escrevera ao Marquês de Marialva, embaixador de Portugal em Paris, pedindo-lhe que cuidasse da vinda de uma missão artística, missão que, entre outros objetivos, idealizaria e organizaria a criação de uma Academia de Belas Artes.
Sua chegada, em 1816, ao Brasil coincide com a morte da então rainha de Portugal, D. Maria I, Debret é então incumbido de retratar o funeral da Rainha e a aclamação do novo monarca da Corte, o que lhe dá rápida penetração na corte. Instalou-se no Rio de Janeiro e, a partir de 1817 passa a ministrar aulas de pintura em seu ateliê, onde tem como aluno Simplício de Sá. Em 1818, colabora na decoração pública para a aclamação de D. João VI. Por volta de 1825, pinta águas-fortes, hoje confiadas à Seção de Estampas daBiblioteca Nacional.
De 1826 a 1831, é professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes alternadamente com viagens por várias cidades do país, onde retrata tipos humanos, costumes e paisagens locais. Versátil, desenhou desde uniformes e trajes de gala da corte, até iluminuras de diplomas, insígnias e cenografia de teatro. Teve como alunos Manuel de Araújo Porto-Alegre e Augusto Müller.
Em 1828, Debret passou a dirigir a Academia e em 1829, organiza a Exposição da Classe de Pintura Histórica da Imperial Academia das Bellas Artes, primeira mostra pública de arte no Brasil, com as pinturas de seus alunos. Em 1830, foi escolhido membro correspondente da Academia das Belas Artes do Instituto de França.
Deixa o Brasil em 1831, alegando problemas de saúde, e retorna a Paris com o discípulo Porto Alegre.
Viagem pitoresca e histórica ao Brasil
Em Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Debret revela sua profunda relação pessoal e emocional com o país, adquirida nos 15 anos em que ali viveu.Apesar de ter alegado motivos de saúde para retornar à França, há outras duas hipóteses para sua volta: deveria talvez querer o retorno para se reencontrar com familiares, além de organizar o primeiro volume de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Outra hipótese sugere que, como
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