Conflito Empresarial

Conflito empresarial

Introdução

Os conflitos estão presentes em qualquer tipo de situação e, especialmente, no ambiente de trabalho, onde as diferenças sobrepõem as semelhanças entre as pessoas. E, para as empresas brasileiras, esse cenário é um pouco mais desafiador, pois uma pesquisa recente comprovou que os brasileiros são os que mais misturam o lado pessoal com o lado profissional. Desta forma, há uma maior propensão em levar o conflito para o lado pessoal e isso pode acabar por comprometer o rendimento de toda uma equipe e até mesmo da empresa inteira.

A administração de conflitos é uma atribuição natural da liderança, isso significa que as pessoas esperam do líder a resolução dos problemas. Um líder que não trata os conflitos de maneira assertiva ou – mais grave – que acredita que eles podem se resolver sozinhos permite que sua equipe experimente momentos de insatisfação, desmotivação e insegurança.

Os verdadeiros líderes não evitam, reprimem ou negam o conflito antes de enxergá-los como uma oportunidade. Partindo desse princípio, é possível fazer algumas deduções: o líder que evita o conflito é omisso; o líder que reprime o conflito é ditador; o líder que nega o conflito é utópico; o líder que vê no conflito uma oportunidade é otimista e pode provocar mudanças verdadeiramente significativas.

Os líderes que veem o conflito como uma oportunidade podem alcançar efeitos potencialmente positivos como, por exemplo, a identificação aperfeiçoada do problema, o aumento da motivação das pessoas que se envolvem na solução e, consequentemente, a união do grupo, o aumento do conhecimento, o aperfeiçoamento da criatividade, o incentivo para o crescimento, dentre outros.

Desenvolvimento

Neste tópico irei apresentar uma problemática bastante comum nos ambientes de trabalho que é o assédio que muitos funcionários sofrem no seu ambiente de trabalho como também o caso do preconceito racial que também é muito comum mesmo nos tempos de hoje.

PERSONAGEM CARGO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CARACTERÍSTICAS PESSOAIS

Fernando Chefe titular Administrador Confiança em sua equipe de trabalho

Maria Chefe substituto Especialista em cálculo trabalhista Esforçada nas tarefas que lhes são designadas

Mauricio Promoter na área de orçamentos Informática empresarial Expansivo e brincalhão

Rosa Servidora Auxiliar administrativo Pessoa que está sempre disposta a ajudar

Gentileza ou assedio: conflito de gêneros e de raça na relação de trabalho.

Devido a problemas de saúde o chefe titular de uma repartição pública vai ter que se afastar de suas atividades profissionais por um longo prazo de tempo. Tendo em vista a competência de seus subordinados o chefe titular não está tão preocupado em deixar seu posto de trabalho porque a equipe que chefia é bem entrosada. Até mesmo Mauricio, o último a ingressar no grupo, já está à vontade com os colegas. Além disso, o chefe titular possui total confiança em Maria, a servidora que assumirá a chefia em sua ausência.

Apesar de a substituta nunca ter respondido pela equipe por período tão extenso, ela já demonstrou, em outras oportunidades, competência técnica e capacidade de gerir eventuais problemas.

Maria é a mais antiga servidora do setor e a única que possui, além da graduação, o curso de Especialização na área em que atua, diferenciais que lhe possibilitaram ocupar o cargo de chefe substituta. Junto com o cargo, Maria assume o desafio de manter em dia as atividades do setor, principalmente os relatórios de fechamento do mês – tarefa não muito fácil, em decorrência da maior lentidão na produção do setor após a troca da base de dados, o que, nessa fase de adaptação, vem suscitando dúvidas operacionais e alguns problemas técnicos.

O mais recente integrante da equipe é também o mais expansivo e brincalhão. Mauricio é considerado o supre competente, informalmente eleito para organizar os eventos sociais internos e externos do setor. Entre outras coisas, tem por hábito contar piadas e apelidar os colegas. Foi ele quem apelidou Maria de “mulata exportação”.

Após analisar o andamento dos serviços da organização, Maria convoca uma reunião com o setor e expõe a necessidade de ampliar as horas de trabalho, colocando a possibilidade de fazer um rodízio entre os servidores para agilizar o término dos relatórios. Mauricio, que utiliza as ferramentas de informática com desenvoltura e tem sido de grande ajuda para resolver alguns problemas do novo sistema, se disponibiliza para ficar com Maria após o expediente a fim de concluir os trabalhos do mês, alegando a ausência de compromissos importantes nesse período e, evitando assim, o rodízio dos demais.

Depois do expediente, Mauricio e Maria permanecem trabalhando. Sempre muito atencioso aos comentários da chefe sobre seus gostos, Mauricio passa a trazer doces e lanches que vêm acompanhados de olhares e elogios. Após uma conversa com vários colegas da equipe. Na sexta-feira, Mauricio aparece com convites para um concerto em um lugar reservado. Maria recusa apesar da insistência do colega. Na semana seguinte, os olhares e os elogios continuam, mesmo durante o expediente. Cada vez mais constrangida e desconfortável com a situação, Maria começa a evitar os momentos de conversa descontraída em que Mauricio.

Na noite de fechamento dos relatórios, Mauricio começa novamente com as investidas. Mediante a falta de interesse de Maria, Mauricio não se controla e, puxando a chefe pelo braço, beija-lhe contra sua vontade. Maria reagi e tentar se desvencilhar de Mauricio, que à força lhe mantém imobilizada em seus braços. Quando finalmente é solta, Maria muito irritada começa uma discussão com Mauricio, que a afronta afirmando que ela queria o beijo e inventa que outras pessoas do setor já haviam até notado. Ainda atordoada com toda aquela situação e sem saber como proceder, Maria opta pela discrição e nada comenta no dia seguinte.

Incomodado com as recusas de Maria, Mauricio passa a difamar a chefe entre os colegas do setor, tendo em vista sua vasta rede de relacionamentos. Passa a dizer nos encontros informais entre os colegas que Maria não é competente para assumir o cargo de chefia, tendo conseguido concluir os relatórios graças ao empenho dele, que teria feito praticamente tudo sozinho. Mauricio afirma que o curso dela não justifica o cargo de substituta e aventa a possibilidade de Maria