Consumo E Moda De Rua
Casos: Consumo E Moda De Rua. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lizma • 17/3/2015 • 1.670 Palavras (7 Páginas) • 387 Visualizações
Introdução
As novas possibilidades em relação ao consumo trouxeram mudanças. O nascimento de uma cultura de jovens será invariavelmente associado a uma cultura de modismo efêmero, trajada como símbolos por estes mesmos jovens, na tentativa de definir seu lugar no mundo. Mudando-se as condições de valor. Os jovens, como grupo, buscarão entre si, e não em seus pais, códigos de comunicação: “O poder de mercado independente tornou mais fácil para a juventude descobrir símbolos materiais ou culturas de identidades”.
Capitulo I
Após 100 anos como centro da moda, a partir dos anos 1960, Paris começaria a ver-se ameaçada por um grupo que se formava em Londres, o ter Swining London faz menção à moda de transformações culturais, abrangendo arte, música e principalmente moda. Londres era o lugar do momento, a cidade mais badalada. Era de lá que saiam as últimas tendências.
As lojas tradicionais e a formalidade da moda não atendiam à demanda por inovação e modernidade da juventude. Uma característica que pode diferenciar a geração de pais e filhos dos anos 1950 e 1960 é que estes buscam pelo traje expressar sua individualidade, ao contrário daqueles que buscam parecer para pertencer. Para esta geração que encontrava no vestir uma maneira de expressar-se, a escolha de usar uma peça fora dos padrões não queria viver uma busca de isolamento. Contrariamente, estar excluído dos padrões dominantes reforça a ideia de que os jovens buscam reconhecimento em seus pares.
Neste contexto o vestuário tem sido um meio de comunicação. A música rebelde, a minissaia ou o cabelo comprido não significavam todos os aspectos culturais que representavam, de certa forma, se não forem vistos dentro de seu contexto social, a partir do momento em que aquela sociedade estava transformando, fica ingênuo fazer uma análise de maior profundidade.
Para descrever os tipos básicos de decisões de compra de consumidores individuais, torna-se necessário, portanto, entender primeiro dois fatores subjacentes fundamentais à decisão de compra do consumidor: a busca de informação e o desenvolvimento. Esses dois fatores afetam o modo como os indivíduos meditam sobre suas compras e a maneira como os fazem, e, portanto, têm um efeito fundamental sobre o comportamento.
A busca de informação refere-se a quantidade de tempo e de energia que um individuo dedica ao processo de coleta de dados antes de formar uma decisão. Alguns consumidores buscam informações em tenacidade e demoram a decidir, já outros são menos preocupados e pouco se esforçam para obter informações. A intensidade da busca de informação varia de um individuo para o outro e depende do tipo de produto considerado para compra e da orientação do comprador para o consumo (Snenik e Bamossy, 1996)
O envolvimento é o grau de preocupação e dado o que o consumidor emprega na decisão de compra. Refere-se ao nível em que uma determinada compra está voltada ao ego ou ao seu valor.
Capítulo II
“A imagem da rua como emblema do “autentico” forma-se por um conjunto de práticas: a arte de estar no lugar certo na hora certa apenas “curtindo” com estilo, com as roupas da moda, sem lugar para ir, fazendo nada. Para participar dessa cena é necessário que o jovem tenha a atitude da rua (compartilhado por aqueles que convivem no espaço) e saiba se portar com alguém de dentro da cena, composta pela combinação certa entre o estilo e o espaço urbano, a rua então começa a figurar como o “ beco sem saída” para aqueles que não são maduros ou ricos o suficiente para chegar em algum lugar acolhedor e democrático, perfeito para os adolescentes, a rua é sentida e divulgada como “ a coisa real”.
Na ultima década, os olhos fashionistas saíram das passarelas e voltaram para as ruas das grandes cidades. O cenário “stret fashion” ganhou espaço e cada vez mais colore o cinza da cidade. Hoje as tendências nascem com as pessoas e são nelas o que os estilistas buscam como inspiração. O reflexo o dia-a-dia é o que influência homens e mulheres na hora de escolher o que vestir.
A moda e a rua serão um par constante a partir do advento da modernidade, fundada na ideia de que a rapidez, a velocidade, o tempo que transforma tornará necessárias novas formas de expressão das identidades. As transformações da relação tempo/espaço, que surgem a partir do processo de globalização, também serão contempladas por transformações nas mediações realizadas pelo consumo. Nesse sentido, os estilos de vida e as identidades que se multiplicam terão na moda uma fonte de entendimento da sua constituição.
Segundo Elias (1994), ao estudar o processo civilizador empreendido pelo homem como forma de poder conviver em sociedade, além de se também um processo de criação de distinções, o vestuário pode ser considerado como uma forma de revelar a atitude da alma e o convívio entre muitos indivíduos diferentes gera a necessidade de observar e decifrar a cada um, como forma de não ofender nem se tornar indesejável ou, até mesmo, excluído.
Entre os séculos XVII E XVIII se consolidou uma “cultura das aparências”, nos termos descritos por Daniel Roche (2007), reveladora da construção das identidades sociais, pois a lógica da roupa oferece uma maneira de compreender e um meio de estudar as transformações sociais.
A roupa, a moda e sua inclusão na vida das cidades, especialmente a partir do final do século XIX, deve ser considerada uma forma de entendimento da sociedade. No anonimato das cidades, o ser e o parecer se rompem, criando a possibilidade se cada um parecer com o que não é, ou com o que gostariam de ser. A rua, como expressão da cidade é o lugar privilegiado para o encontro dos desiguais e os diferentes. A diferença é própria da cidade, como observou Aristóteles, em “Política”, “Uma cidade é construída por diferentes tipos de homens: pessoas iguais não podem fazê-la existir “.
No século XIX, as condições para que a aparência fosse cada vez mais dissociada do ser é consolidada, pois “a aparência substituiu a realidade”. “Quem desejasse fazer parte da alta sociedade podia fazê-lo, se a sua aparência fosse autêntica”. (Wilson, 1989)
O ambiente urbano não cria condições para o conhecimento prolongado e, em razão dessa rapidez imposta aos relacionamentos,
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